quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Deus da Cabala

O Deus da Cabala é mais um ser de gênero neutro do que "ele". É o "Infinito" (En-Sof, ou Ain Soph: as transliterações do hebraico variam mais uma vez). É uma divindade oculta, desconhecida e inexplicável. Não se pode dizer que seja "boa", ou "misericordiosa", ou "justa", ou mesmo que seja "real" ou "viva", como tampouco se pode dizer que não seja tudo isso. Pode ser chamada de "NADA" (Ayin ou Ain), pois não se pode atribuir-lhe nenhuma qualidade, mas é igualmente "TUDO". Também pode ser chamada de "Luz Infinita" (En-Sof ou Ain Soph Aur), uma ilimitada radiação divina. O processo pelo qual a divindade desconhecida se faz conhecida começa com a radiação divina emanando alguma coisa de si mesma - muitas vezes descrita como a luz de um raio - e dessa se originam outras emanações, ou luzes, até formarem dez ao todo. Essas emanações são chamadas Sefiroth e, na típica linguagem paradoxal, o Zohar explica o seguinte: "O Velho dos Velhos", o Desconhecido dos Desconhecidos, tem forma mas não tem forma. Tem uma forma pela qual o universo é preservado, mas não tem forma porque não pode ser compreendido. Quando assumiu pela primeira vez a forma (da primeira emanação), fez com que emanassem dela nove luzes esplêndidas, que, brilhando através dela, difundiram uma luz brilhante em todas as direções. Assim é o "Santo Velho" uma luz absoluta mas em si mesmo oculto e incompreensível. Só podemos abrangê-lo através dessas emanações luminosas, que também são em parte visíveis e em parte ocultas. Essas constituem o "sagrado nome de Deus". Fonte: http://pt.scribd.com/doc/57792875/Cabala-a-Divindade-E-a-Arvore-Da-...