quarta-feira, 23 de março de 2011

ALCOOLISMO

Postado por Kamadon

O que é ser viciado em bebida? O que é parar de bar em bar e beber? Um carma... É uma situação de vida que é o resultado do gênero de provação pedido pelo espírito antes da encarnação.

Este acontecimento é um carma, mas não é oriundo de um castigo. Ele é a expressão da provação de um gênero de provação e, portanto, serve como instrumento para a elevação espiritual. Aquele que vivencia o alcoolismo como carma bebe, fica grogue, cai, dá vexame e os outros riem dele para ver se este ser muda a sua escolha sentimental. Portanto, é um ato de amor...

Participante: E quando a pessoa não consegue enxergar isso por mais que a famílias e as pessoas ao seu redor tentem ajudá-la?

Desculpe, mas a família do bêbado não age desta forma porque é viciada em querer que ele pare de beber...

Participante: Tá difícil...

Está sim, porque vocês querem colocar culpas onde não há. Os seres humanizados não entendem que quando eles acusam o outro pelo vício do álcool não observam que eles são viciados no não beber...

Lembre-se que o amor universal parte da igualdade e por isso deve dar ao próximo o direito de ser bêbado...

Todas as coisas só acontecem no mundo interno de cada um, ou seja, é problema da pessoa com ela mesma. Agora, quem está de fora, este está lá por que tem o carma de estar e, neste caso, aquele que bebe é apenas instrumento do carma do outro. Sendo assim, afirmo que ele não provoca ferimento em ninguém que não merecesse e precisasse passar por aquilo.

Participante: A bebida vicia o espírito?

Não, não vicia nada. O que vicia é o sentimento e não a coisa material.

A bebida é uma coisa material e por isso não pode agir sobre o espírito. Como diz o Espírito da Verdade é o espírito que age sobre a matéria e não ao contrário.

Um espírito viciado em individualismo, em vaidade, em soberba e que passa pelas provas para vencer estas sensações e não consegue, ou seja, não deixa de sentir estas coisas, pode merecer o carma de se tornar um alcoólatra que vive jogado na sarjeta para ver se este ser vence estas sensações.

Agora, se você é a esposa de um homem e não merece pela sua ação carmática ser casada com um bêbado, pode ter certeza que ou se casará com outro ou irá se separar antes que ele caia no vício. Mas, sendo esposa de um bêbado e convivendo com ele, pode ter certeza que é seu carma vivenciar aquilo. Mas, não basta apenas vivenciar: é preciso amar o bêbado...

Estou falando assim porque a humanidade quando vê alguém no estado de alcoólatra só sabe criticar. Só sabe dizer que é errado, que é feio, que é o alcoolismo dele que está lhe prejudicando e acabando com a família. Onde está o amor nesta forma de agir? Cristo ensinou amar a todos e não apenas os sóbrios.

Amar a todos é amar o sóbrio e o bêbado. É amar a bebedeira, as conseqüências dela, a ausência dele para beber. É amar a tudo...

Participante: Podemos dizer, então, que um viciado em drogas que já não tem mais dinheiro para comprar drogas e por isso rouba a família o vizinho e o seu próximo de um modo geral, além de ter o seu próprio carma é instrumento do carma dos outros quando faz estas coisas?

Todo mundo que faz alguma coisa frente a você é instrumento do seu carma. Se você precisa ser roubado, Deus providenciará um que mereça ser ladrão.

Participante: Mas há uma dependência química?

Desculpe não concordar com você, mas acredito que Deus é Causa Primária de todas as Coisas. Sendo assim, não existe dependência química. Veja este trecho de O Livro dos Espíritos...

07. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas? Mas, então, qual seria a causa primária dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

Então veja. Não é o álcool que embriaga, pois a propriedade de embriaguez do álcool está sujeita a Deus. É por isso que tem seres humanizados que toma muitas cervejas e não fica bêbado enquanto que outros tomam meio copo e ficam.

Tem gente que toma cerveja todo dia, mas não é viciado, ou seja, se não tomar não sofre. Agora tem seres humanizados que toma uma vez por semana, mas se não tomar naquele dia ele sofre. Este é o viciado e não aquele que faz uso diariamente.

O vício não se caracteriza pela quantidade de bebida ou pela rotina de ingerir álcool. Ele é determinado pela dependência, ou seja, a capacidade de não ser feliz quando não tem aquilo que quer. Isso é dependência.

Participante: Gostaria que o senhor nos explicasse como funciona uma coisa. Os vícios, de um modo geral,são uma dependência espiritual, mas para aqueles que vivenciam o vício, Deus dá através do corpo uma reação à falta do elemento pelo qual se é viciado. Como funciona isso?

Como você disse, Deus dá uma reação ao corpo. Mas, ao mesmo tempo em que faz isso, lhe diz que essa reação é motivada pela falta da droga.

Participante: Mas estas reações são iguais para todas as pessoas...

Quem disse que são? Você está julgando, achando...

Veja: nós não podemos generalizar nada... Isso porque qualquer generalização que fizermos será sempre fruto de uma achar individual e não de uma verdade Absoluta,

Na sua pergunta você havia falado dentro da realidade universal. O ser humanizado tem um vício porque tem um carma de ser viciado. A esses, no carma da abstinência, existe a idéia de sentir falta do objeto do vício. Vocês humanos dizem que isso é causado pelo objeto do vício, mas neste momento saiu da realidade universal. A falta não é sentida por causa do objeto do vício, mas porque Deus dá esta idéia ao ser humanizado.

O objeto do vício, no nosso caso a bebida alcoólica não pode causar nada porque ela é material e assim sendo, é apenas uma ilusão, uma idéia. Se o objeto é ilusão, a sensação da falta não pode ser causada por ele, não é mesmo? Seria a mesma coisa dizer que é a bebida que embriaga. Num Universo onde Deus é a Causa Primária, tudo tem que prover primariamente Dele. Sendo assim, é Deus quem dá a embriaguez e vocês humanos acreditam que foi o álcool que fez isso...

Participante: Digamos, então que é uma programação coletiva para todos os habitantes do planeta Terra. Havendo a percepção da falta da matéria (abstinência) Deus dá uma determinada reação material?

Não, porque senão ninguém venceria a droga. Os efeitos da abstinência não podem ser dados como regra, de forma igual a todos, porque senão ninguém conseguiria vencê-la, já que tem alguns que não a vence. Na verdade alguns passam pela abstinência sem receber de Deus determinadas sensações enquanto que outros passam por ela recebendo de Deus sensações diferenciadas.

Participante: Conforme o carma é a abstinência mais significativa ou não?

Perfeito... Conforme o carma, conforme o merecimento...

Digamos que há dois seres humanizados que cheirem cocaína dez vezes por dia. Em algum momento um deles mudou o seu padrão sentimental e o outro não. Aos dois foi gerado o carma da falta da cocaína. Deus dará para aquele que mudou o padrão sentimental uma forma de vivenciar este acontecimento enquanto dará ao outro uma forma diferente de sentir o mesmo momento.

Por este exemplo podemos verificar que o que se sente na abstinência não tem nada a ver com a quantidade ou com a periodicidade do consumo o que irá se sentir na abstinência. O que teve efeito foi a mudança do padrão sentimental de cada um e por causa dela, Deus deu a cada um segundo a sua obra.

Participante: então o que é sentido durante a abstinência também faz parte da história do carma do espírito?

Sim... Igual a tudo da vida: o casamento, o nascimento, adquirir bens, etc...

Então o que é sentido durante a abstinência também faz parte da história do carma do espírito?

Votem no site

Postado por Kamadon

Nosso site está participando do Top30,e gostaria se possivel,a colaboração de todos que visitam nosso site,no caso, votarem no top 30...Em baixo,tem um link do top30,se puderem,adicionem um voto...
Desde já agradecemos.

Pensamento do dia 23 de março

Postado por Kamadon

Riquezas espirituais

"Por toda parte, dinheiro e posses sempre foram causas de desentendimentos
para os seres humanos. Observem o que acontece nas famílias: quantos dramas
por questões de heranças! É a cobiça e a ganância que mantêm, não só as
famílias, mas também a sociedade e os países, em um estado de conflito
permanente. Sim, toda guerra sempre tem a cobiça como origem. Sejam quais
forem os motivos que se atribuem – e muitas vezes até muito nobres – o
verdadeiro motivo sempre é o de apoderar-se de algo do outro: o dinheiro, as
terras, as riquezas do solo... E o outro, obviamente, é obrigado a reagir.
Querer possuir não tem nada de repreensível em si, mas desde que não seja em
detrimento dos outros. E quem é rico não deve manter tudo para si, mas
aprender a distribuir as suas riquezas. Não existe um ser mais rico do que o
Senhor, e o Seu melhor representante na Terra é o Sol. O Sol é tão rico que
derrama a sua riqueza por toda parte. Porque não imitá-lo? Se não com
riquezas materiais, que talvez vocês não tenham, mostrem-se generosos com as
suas riquezas espirituais: a bondade, a compreensão, a indulgência, o
perdão..."

Mestre espiritual e evolução

Postado por Kamadon

"Porque vocês esperam que o seu Mestre lhes tire de todas as dificuldades?
São vocês que devem se esforçar, aprender e exercitar-se, pois esses são
esforços que lhes servirão pela eternidade. Talvez vocês esperem que alguém
sempre venha em seu auxílio, que os livre dos sofrimentos, das doenças e das
misérias. É possível, existem seres sobre a Terra que são capazes disso, mas
um sábio jamais o fará, pois sabe que assim não os ajudará, ao contrário.
Um Mestre espiritual lhes dará tudo aquilo de que precisam quanto a
conhecimentos e métodos, mas esperará que vocês se apliquem para que possam
crescer e se reforçar. E essa é a verdadeira evolução."

UMA EXPLICAÇÃO PENETRANTE

Postado por Kamadon

Anguttara Nikaya VI.63


Nibbedhika Sutta (Penetrante)


Eu lhes darei uma explicação penetrante que é uma explicação do Dhamma. Ouçam e prestem bem atenção. Eu falarei.

Sim senhor, os bhikkhus responderam.

O Abençoado disse: E qual explicação penetrante é uma explicação do Dhamma?

A sensualidade deve ser conhecida. A causa pela qual a sensualidade é acionada deve ser conhecida. As variações da sensualidade devem ser conhecidas. O resultado da sensualidade deve ser conhecido. A cessação da sensualidade deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da sensualidade deve ser conhecido. Assim foi dito. Em referência a que foi dito isso?

Existem esses cinco elementos do prazer sensual. Quais cinco? Formas percebidas através do olho que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Se um bhikkhu sente prazer com elas, as acolhe e permanece atado a elas, o deleite irá surgir nele. Com o surgimento do deleite, ocorre o surgimento do sofrimento, eu digo. Sons percebidos através do ouvido que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Se um bhikkhu sente prazer com elas, as acolhe e permanece atado a elas, o deleite irá surgir nele. Aromas percebidos através do nariz que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Se um bhikkhu sente prazer com elas, as acolhe e permanece atado a elas, o deleite irá surgir nele. Sabores percebidos através da língua que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Se um bhikkhu sente prazer com elas, as acolhe e permanece atado a elas, o deleite irá surgir nele. Tangíveis percebidos através do corpo que são desejáveis, agradáveis e fáceis de serem gostadas, conectadas com o desejo sensual e que provocam a cobiça. Mas esses não são a sensualidade. Na disciplina dos nobres eles são chamados de elementos da sensualidade.

A paixão pelas suas resoluções é a sensualidade do homem, não os belos prazeres sensuais encontrados no mundo. A paixão pelas suas resoluções é a sensualidade do homem. A beleza permanece como tal no mundo, enquanto o sábio, em relação a isso, subjuga o seu desejo.

E qual é a causa pela qual a sensualidade é acionada? Contato é a causa pela qual a sensualidade é acionada.

E quais são as variações da sensualidade? Sensualidade com relação a formas é uma coisa, sensualidade com relação a sons é outra, sensualidade com relação a aromas é outra, sensualidade com relação a sabores é outra, sensualidade com relação a sensações tangíveis é outra. Isso é chamado de variações da sensualidade.

E qual é o resultado da sensualidade? Aquele que quer a sensualidade produz um estado de existência correspondente, do lado do mérito ou do demérito. Isso é chamado de resultado da sensualidade.

E qual é a cessação da sensualidade? Da cessação do contato cessa a sensualidade; e justamente este nobre caminho óctuplo - entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta - é o caminho da prática para a cessação da sensualidade.

Agora quando um nobre discípulo discerne a sensualidade dessa forma, a causa para acionar a sensualidade dessa forma, as variações da sensualidade dessa forma, o resultado da sensualidade dessa forma, a cessação da sensualidade dessa forma, e o caminho da prática que conduz à cessação da sensualidade dessa forma, então ele discerne esta penetrante vida santa como sendo a cessação da sensualidade.

A sensualidade deve ser conhecida. A causa pela qual a sensualidade é acionada deve ser conhecida. As variações da sensualidade devem ser conhecidas. O resultado da sensualidade deve ser conhecido. A cessação da sensualidade deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da sensualidade deve ser conhecido.’ Assim foi dito. Em referência a isso é que foi dito.



A sensação deve ser conhecida. A causa pela qual a sensação é acionada deve ser conhecida. As variações da sensação devem ser conhecidas. O resultado da sensação deve ser conhecido. A cessação da sensação deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da sensação deve ser conhecido. Assim foi dito. Em referência a que foi dito isso?

Existem esses três tipos de sensações: uma sensação de prazer, uma sensação de dor e uma sensação de nem prazer, nem dor.

E qual é a causa pela qual a sensação é acionada? Contato é a causa pela qual a sensação é acionada.

E quais são as variações da sensação? Existe a sensação de prazer conectada com as iscas do mundo. Existe a sensação de prazer não conectada com as iscas do mundo. Existe a sensação de dor conectada com as iscas do mundo. Existe a sensação de dor não conectada com as iscas do mundo. Existe a sensação de nem prazer, nem dor conectada com as iscas do mundo. Existe a sensação de nem prazer, nem dor não conectada com as iscas do mundo. Isso é chamado de variações da sensação.

E qual é o resultado da sensação? Aquele que sente uma sensação produz um estado de existência correspondente, do lado do mérito ou do demérito. Isso é chamado de resultado da sensação.

E qual é a cessação da sensação? Da cessação do contato cessa a sensação; e justamente este nobre caminho óctuplo - entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta - é o caminho da prática para a cessação da sensação.

Agora quando um nobre discípulo discerne a sensação dessa forma, a causa para acionar a sensação dessa forma, as variações da sensação dessa forma, o resultado da sensação dessa forma, a cessação da sensação dessa forma, e o caminho da prática que conduz à cessação da sensação dessa forma, então ele discerne esta penetrante vida santa como sendo a cessação da sensação.

A sensação deve ser conhecida. A causa pela qual a sensação é acionada deve ser conhecida. As variações da sensação devem ser conhecidas. O resultado da sensação deve ser conhecido. A cessação da sensação deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da sensação deve ser conhecido.’ Assim foi dito. Em referência a isso é que foi dito.



A percepção deve ser conhecida. A causa pela qual a percepção é acionada deve ser conhecida. As variações da percepção devem ser conhecidas. O resultado da percepção deve ser conhecido. A cessação da percepção deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da percepção deve ser conhecido. Em referência a que foi dito isso?

Existem esses seis tipos de percepção: a percepção da forma, a percepção do som, a percepção do aroma, a percepção do sabor, a percepção da sensação tangível, a percepção das idéias.

E qual é a causa pela qual a percepção é acionada? Contato é a causa pela qual a percepção é acionada.

E quais são as variações da percepção? Percepção com relação a formas é uma coisa, percepção com relação a sons é outra, percepção com relação a aromas é outra, percepção com relação a sabores é outra, percepção com relação a sensações tangíveis é outra. Isso é chamado de variações da percepção.

E qual é o resultado da percepção? A percepção tem a expressão como resultado, eu lhes digo. Da forma como uma pessoa perceba algo, assim é como ela o expressa: Eu percebo isto assim. Isso é chamado de resultado da percepção.

E qual é a cessação da percepção? Da cessação do contato cessa a percepção; e justamente este nobre caminho óctuplo - entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta - é o caminho da prática para a cessação da percepção.

Agora quando um nobre discípulo discerne a percepção dessa forma, a causa para acionar a percepção dessa forma, as variações da percepção dessa forma, o resultado da percepção dessa forma, a cessação da percepção dessa forma, e o caminho da prática que conduz à cessação da percepção dessa forma, então ele discerne esta penetrante vida santa como sendo a cessação da percepção.

A percepção deve ser conhecida. A causa pela qual a percepção é acionada deve ser conhecida. As variações da percepção devem ser conhecidas. O resultado da percepção deve ser conhecido. A cessação da percepção deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação da percepção deve ser conhecido.’ Assim foi dito. Em referência a isso é que foi dito.



As impurezas (asava) devem ser conhecidas. A causa pela qual as impurezas são acionadas deve ser conhecida. As variações das impurezas devem ser conhecidas. O resultado das impurezas deve ser conhecido. A cessação das impurezas deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação das impurezas deve ser conhecido. Assim foi dito. Em referência a que foi dito isso?

Existem esses três tipos de impurezas: a impureza da sensualidade, a impureza de vir a ser, a impureza da ignorância.

E qual é a causa pela qual as impurezas são acionadas? Ignorância é a causa pela qual as impurezas são acionadas.

E quais são as variações das impurezas? Existem impurezas que conduzem ao inferno, aquelas que conduzem ao ventre animal, aquelas que conduzem aos fantasmas famintos, aquelas que conduzem ao mundo humano, aquelas que conduzem ao mundo dos devas. Isso é chamado de variações das impurezas.

E qual é o resultado das impurezas? Aquele que está imerso na ignorância produz um estado de existência correspondente, do lado do mérito ou do demérito. Isso é chamado de resultado das impurezas.

E qual é a cessação das impurezas? Da cessação da ignorância cessam as impurezas; e justamente este nobre caminho óctuplo - entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta - é o caminho da prática para a cessação das impurezas.

Agora quando um nobre discípulo discerne as impurezas dessa forma, a causa para acionar as impurezas dessa forma, as variações das impurezas dessa forma, o resultado das impurezas dessa forma, a cessação das impurezas dessa forma, e o caminho da prática que conduz à cessação das impurezas dessa forma, então ele discerne esta penetrante vida santa como sendo a cessação das impurezas.

’A impurezas devem ser conhecidas. A causa pela qual as impurezas são acionadas deve ser conhecida. As variações das impurezas devem ser conhecidas. O resultado das impurezas deve ser conhecido. A cessação das impurezas deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação das impurezas deve ser conhecido.’ Assim foi dito. Em referência a isso é que foi dito.



O kamma deve ser conhecido. A causa pela qual o kamma é acionado deve ser conhecida. As variações do kamma devem ser conhecidas. O resultado do kamma deve ser conhecido. A cessação do kamma deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação do kamma deve ser conhecido. Assim foi dito. Em referência a que foi dito isso?

Intenção, eu lhes digo, é kamma. Pela intenção, a pessoa faz kamma através do corpo, linguagem, e mente.

E qual é a causa pela qual o kamma é acionado? Contato é a causa pela qual kamma é acionado.

E quais são as variações do kamma? Existe o kamma para ser experimentado no inferno, kamma para ser experimentado na esfera dos animais comuns, kamma para ser experimentado na esfera dos fantasmas famintos, kamma para ser experimentado no mundo humano, kamma para ser experimentado no mundo dos devas. A isto se denomina a variação do kamma.

E qual é o resultado do kamma? O resultado do kamma é de três tipos, eu lhes digo: aquele que surge no aqui e agora, aquele que surge mais tarde [nesta vida] e aquele que surge depois desta vida. A isto se denomina o resultado do kamma.

E qual é a cessação do kamma? Com a cessação do contato, kamma cessa; e justamente este nobre caminho óctuplo - entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta - é o caminho da prática para a cessação do kamma.
Agora quando um nobre discípulo discerne kamma dessa forma, a causa para acionar o kamma dessa forma, as variações do kamma dessa forma, o resultado do kamma dessa forma, a cessação do kamma dessa forma, e o caminho da prática que conduz à cessação do kamma dessa forma, então ele discerne esta penetrante vida santa como sendo a cessação do kamma.



Dukkha deve ser conhecido. A razão porque dukkha se manifesta deve ser conhecida. As variações de dukkha devem ser conhecidas. O resultado de dukkha deve ser conhecido. A cessação de dukkha deve ser conhecida. O caminho da prática para a cessação de dukkha deve ser conhecido. E em relação a que foi dito isso?

Nascimento é dukkha, envelhecimento é dukkha, morte é dukkha; tristeza, lamentação, dor, agonia, desespero são dukkha; associação com o que não se ama é dukkha, separação do que se ama é dukkha, não obter o que se quer é dukkha. Em resumo, os cinco agregados do apego/sustentação são dukkha.

E qual é a razão porque dukkha se manifesta? Desejo é a razão porque dukkha se manifesta.

E quais são as variações de dukkha? Existe dukkha maior e menor, que desaparece lentamente e que desaparece rapidamente. Essa é chamada as variações de dukkha.

E qual é o resultado de dukkha? Existem alguns casos em que uma pessoa tomada pela dor, sua mente exausta, ela sofre, chora, lamenta, bate no seu peito e fica perturbada. Ou outra tomada pela dor, sua mente exausta, começa uma busca no exterior, ‘Quem conhece uma maneira para terminar com esta dor?' Eu lhes digo, bhikkhus, que dukkha resulta ou em perturbação ou em busca. Esse é chamado o resultado de dukkha.

E qual é a cessação de dukkha? A partir da cessação do desejo, cessa dukkha; e justamente este nobre caminho óctuplo – entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta – é o caminho da prática que conduz à cessação de dukkha.

Agora quando um nobre discípulo discerne dukkha dessa forma, a causa pela qual dukkha se manifesta dessa forma, as variações de dukkha dessa forma, o resultado de dukkha dessa forma, a cessação de dukkha dessa forma, e o caminho da prática que leva à cessação de dukkha dessa forma, então ele discerne que esta vida santa é a cessação de dukkha.



E esta é uma explicação penetrante que é uma explicação do Dhamma.

Natureza inferior; Riqueza interior

Postado por Kamadon

"Esforcem-se para só levarem em consideração a natureza divina dos seres, ou
seja, a sua alma, o seu espírito: é a essa natureza que vocês devem servir.
Não se ocupem satisfazendo os caprichos da sua natureza inferior, limitada,
egoísta... Vocês dirão: «Sim, mas se não cedo aos desejos da minha família,
dos meus amigos, ou das pessoas no meu trabalho, só provocarei
insatisfações.». Então, deixem que se enraiveçam, mas continuem a amar e a
servir apenas o seu lado divino!
Jesus dizia: «Deixai os mortos enterrarem os mortos». Como interpretar essas
palavras? Quem são esses mortos? É a natureza inferior dos seres. A natureza
inferior, a personalidade, deve ser classificada entre os mortos; e aqueles
que buscam satisfazê-la e a todos os seus caprichos, acabam morrendo também.
Jesus não falava dos mortos que estão nos cemitérios: esses estão lá onde
devem estar. Mas são apenas os corpos que estão mortos: a alma deles, porém,
está viva. Os mortos de que Jesus fala são os seres que não têm nenhuma vida
espiritual, pois se deixam levar pela sua natureza inferior, e não se deve
perder o seu tempo e as suas energias para satisfazê-la."


"Muitas vezes lhes faltam os meios materiais para fazer o bem que queriam?
Não se entristeçam por isso! Saibam que não estão tão desprovidos assim.
Quando vocês encontram com um mendigo na rua: só lhe dão um pouco de
dinheiro, pois não podem dar mais, mas podem ajudá-lo de outra maneira
utilizando o poder do pensamento. Parem um pouco mais adiante, concentrem-se
e projetem para todos os passantes o seu desejo de fazer alguma coisa por
aquele homem. Aquilo que vocês mesmos não podem dar, outros o darão no seu
lugar, e assim vocês terão contribuído com o presente.
Não achem que a sua generosidade está limitada àquilo que são capazes de
fazer pessoalmente. Ela pode se manifestar através dos outros. E isso é
válido também para todos os casos em que quiserem ajudar alguém, mas que não
têm possibilidades materiais para tal. O que conta é vocês alimentarem
sempre, dentro de si, bons pensamentos, com intensidade, para que eles
possam inspirar nos outros o desejo de realizá-los."

Desapego

Postado por Kamadon

"Quem quer ter sucesso na vida, obviamente, deve possuir algumas capacidades
e trabalhar. Mas isso não basta. Para saber qual direção tomar, com quem se
associar etc., também deve ter discernimento.
E como adquirir discernimento? Permanecendo desapegado. Sim, pois quando o
homem é desapegado adquire a faculdade de ver de modo claro. Ao contrário, o
egoísmo, a avidez e a cobiça ofuscam-lhe a sua visão e o fazem perder a
lucidez: de tão obnubilado pela busca do seu interesse pessoal, ele olha
aquilo que ocorre ao seu redor como se fosse através de vidros deformantes.
E como não vê a realidade tal como ela é, achando que faz algo no seu
próprio interesse, o faz em seu detrimento. Sim, ao contrário do que se
tende a pensar, não é o egoísmo que ajuda necessariamente os seres humanos a
resolverem as suas questões, mas é a ação desinteressada."

Vivendo com Egoísmo

Postado por Kamadon

O egoísmo é também uma programação do livro da vida. Devemos agir egoisticamente se nos sentirmos egoístas?

O egoísmo não é programação do livro da vida: é o fundamento da encarnação. Mundo de provas e expiações quer dizer conviver com um ego egoísta por natureza. Portanto, o egoísmo não faz parte da programação: ele é à base de tudo, pois tudo é formado sobre o pilar egoísmo.

Além disso, você me pergunta se deve viver com o egoísmo sem sentir egoísta e eu novamente respondo não. Você deve conviver com o egoísmo sem se sentir culpado com o egoísmo.

Quando eu digo que todo ser humanizado é egoísta por natureza isso não deve gerar culpa nele. Ao invés de se criticar ou se culpar por este fato, afirmo que o ser humanizado deve ter a consciência de ser egoísta e usá-lo para ser feliz ao invés de usá-lo para criar sofrimento.

Poder da música; O Sol e o ouro

Postado por Kamadon

"As criaturas angélicas apreciam a harmonia e são atraídas pela música e
pelo canto. É uma crença que tem a sua origem em tempos muito distantes. Por
mais atrás que se volte na história dos homens, a música e o canto sempre
acompanharam as cerimônias sagradas. As entidades celestes amam a música,
elas mesmas são música. Por isso, muitos pintores representaram o Paraíso
povoado por anjos que cantam e tocam instrumentos de todo tipo.
Quer provenham dos instrumentos ou das vozes, os sons têm um poder imenso,
não só porque podem ser agradáveis ao ouvido, mas também pelo poder das
vibrações que produzem. Então, devemos tomar consciência dos poderes da
música e procurar o modo de utilizar as suas vibrações que, amplificadas
pelas sensações de quem a toca ou a escuta, criam uma atmosfera favorável
para a visita das entidades luminosas."


"Nós só conhecemos o ouro no estado sólido. Mas, na realidade, esse metal
que é criado nas entranhas da Terra, existe primeiro no estado ígneo, e é
desse Ouro que Hermes Trismegisto se refere quando diz: «O Sol é o seu pai,
a Lua é sua mãe, o Vento o trouxe para o seu ventre e a Terra é a sua
ama-de-leite». Sim, o pai do ouro é o Sol, é ele que o produz: cada um dos
seus raios é ouro, e a Lua é o reflexo desse ouro. Através do ar, os raios
do sol chegam à Terra penetrando-a, e é ali que se condensam. Portanto, o
Sol produz o ouro no estado etéreo e a Terra o condensa. No Sol, o ouro é
muito volátil. A sua condensação só pode acontecer nas entranhas da Terra,
onde se encontram alguns materiais capazes de fixá-lo.
E vocês, na primavera, quando observarem o nascer do sol, devem pensar que
são uma espécie de Terra onde o ouro dos raios solares pode vir se depositar
e fixar-se."

Inteligência e instinto

Postado por Kamadon

Qual a diferença entre inteligência e instinto?

A inteligência é o fruto do livre arbítrio, ou seja, é a capacidade de opção entre o bem e o mal. Estou falando de inteligência do espírito, espiritual, e não inteligência do ser humano. A inteligência humana também é fruto do livre arbítrio, mas neste caso consiste-se em escolher uma realidade para viver. Quem, por exemplo, escolhe achar que a outra pessoa não presta está optando usando o seu livre arbítrio.

Já o instinto não possui esta capacidade de escolher entre o bem e o mal espiritual. A, digamos assim, compreensão é criada, armazenada e depois acionada para dar determinada resposta. Não estou falando que o espírito que utilize o seu instinto opte sempre pelo bem. Às vezes ele também opta pelo mau, mas isso é dirigido e não fruto de um livre arbítrio.

Já no mundo material, o instinto é um pré-conhecimento que se segue sem questionar. O animal, por exemplo, tem um instinto, ou seja, segue uma pré-programação sem questionar o que está fazendo.

Portanto, aí está a diferença entre inteligência e instinto a nível material e espiritual.