domingo, 26 de setembro de 2010

"Amor materno e filial"

Postado por Kamadon

Retirado do Estudo de ‘O Livro dos Espíritos’







890. Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais? “Uma e outra coisa. A Natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessários se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor animal” (205-385).



Abnegação é uma virtude., mas o que é abnegar?

Participante: Doar a razão, abrir mão...

Exato. Então a abnegação é uma virtude porque quem abre mão de pensar em si mesmo está exercendo o amor ao próximo. Mas, o problema é que as mães terrestres não pensam no filho quando, aparentemente, abnegam as coisas da vida material, mas em si mesmas.

Por exemplo. Muitas mães deixam de adquirir coisas materiais para, por exemplo, pagarem o estudo dos filhos. Aparentemente está aí um grande ato de abnegação, mas isto não é realidade.

Primeiro porque a mãe está fazendo o que ela quer (deixando de comprar para pagar a escola). Para que houvesse abnegação precisaria haver o libertar-se de alguma coisa, abrir mão de algo. A mãe que faz isso não está abrindo mão daquilo que é mais importante para ela: sua vontade de ver o filho formado.

Mesmo que considerássemos o ato de não adquirir como abnegação, esta mãe ainda pode estar presa em si mesmo, fazendo para si. Será que ela perguntou ao filho se ele quer se formar em alguma coisa? Ou ainda, será que ela perguntou se o filho quer seguir aquela determinada carreira?

Na verdade, as mães não dão estas opções aos filhos. Querem que eles vivam aquilo que elas imaginam ser o ‘melhor’, o ‘certo’, para eles. Buscam sempre programar os filhos à imagem e semelhança dos seus desejos.

Isso para mim não é abnegação, mas despotismo. A mãe abnegaria dos seus desejos se desse ao seu filho o direito de ser e fazer aquilo que ele queira, mesmo que isso fira os seus desejos individuais.

‘Meu filho será medico porque eu gosto muito dessa carreira’; ‘milha filha tem que escolher coisa melhor para casar do que aquele garoto’; ‘você não vai dar este desgosto para sua mãe...’. Estas não são atitudes de abnegação, mas de imposição de suas vontades sobre o próximo.

Mas elas não são ‘erradas’. Como já aprendemos, tudo que surge à mente como fruto do ego é uma provação para o espírito. Sendo assim, estes pensamentos existem para que o espírito que está vivendo o papel de mãe possa abrir mão de suas vontades e amar incondicionalmente aquele que está vivendo como seu filho.

É isso que o Espírito da Verdade ensina quando diz: ‘Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor animal’. No instinto que os seres humanizados chamam de amor maternal há uma provação de doação, de abnegação, que não existe no animal e que, muitas vezes, não é vencida justamente em nome daquilo que os seres humanizados chamam de ‘amor’.

Sendo assim, podemos concluir que o espírito encarnado como ser humano tem um tipo de amor maternal e aquele que está vivendo como animal tem outro.



891. Estando em a Natureza o amor materno, como é que há mães que odeiam os filhos e, não raro, desde a infância destes? ‘Às vezes, é uma prova que o Espírito do filho escolheu, ou uma expiação, se aconteceu ter sido mau pai, ou mãe perversa, ou mau filho noutra existência (392). Em todos os casos, a mãe má não pode deixar de ser animada por um mau Espírito que procura criar embaraços ao filho, a fim de que sucumba na prova que buscou. Mas, essa violação das leis da Natureza não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos de que haja triunfado’.



Baseado, então, na resposta do Espírito da Verdade não há mãe que seja ‘má’ ou ‘perversa’ inocentemente. O que existe são mães que estão de acordo com a necessidade do filho. Não existem, portanto, mães que façam maldades para os filhos, mas as que criam os carmas necessários para a vida daqueles seres.

Certamente alguém me diria: ‘Mas, Joaquim, o Espírito da Verdade também disse que a mãe não ficará impune pela maldade que praticar’. Eu responderia a essa ‘pessoa’: e daí?

Quem tem que saber se aquela ‘pessoa’ agiu com intenções individualistas (maldade) é Deus e não você. Ninguém lhe deu procuração para julgar os outros....

Se o espírito que está vivendo o papel de mãe sucumbir durante a encarnação pensando mais em si do que no próximo, ‘receberá’ (gerará o carma) de acordo com o seu merecimento. Mas, quem determina o que cada um merece é Deus, pois como Cristo ensinou, só Ele conhece o íntimo das pessoas.

Você não pode julgar ninguém. Lembre-se que, como também ensina o Espírito da Verdade nesta resposta, você será recompensado pelos obstáculos que houver triunfado e não pelo simples fato de estar exposto ao individualismo alheio.

Sendo assim quando você critica, xinga ou difama a mãe que é instrumento dos carmas dos outros ou dos seus, não está suplantando o maior obstáculo que precisa ser vencido por qualquer espírito encarnado: o falso poder de determinar o que é ‘certo’ ou ‘errado’.

Portanto, fica aqui uma grande lição: não importa o que uma pessoa faça à outra, ela está agindo como instrumento do gênero de provação que aquele espírito pediu para esta existência.

Esta deve ser a única compreensão que cada espírito encarnado precisa atingir, não importa o que tenha acontecido. Agora, o que provocará carmaticamente para o agente aquela situação, isso é entre Deus e ele e você não deve se intrometer.



892. Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura de que os fariam objeto, em caso contrário? ‘Não, porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem (582-583). Demais, esses desgostos são, amiúde, a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seus filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam’.

Se não existe mãe (pai) ‘mal’, também não existe filho ‘ruim’ ou ‘errado’. O que há em todos os casos são espíritos que possuem uma personalidade específica e que interagem com determinados outros seres de acordo com a regência do carma de cada um.

Dessa forma, dentro do núcleo família da ilusão da materialidade cada um dos membros tem a sua personalidade pré-determinada que jamais será alterada. O ‘choque’ entre estas personalidades que acontece durante a encarnação como decorrência das diferenças existentes entre elas é pré-combinado ainda na erraticidade e serve como prova para todos os envolvidos.

"Pai Nosso original"

Postado por Kamadon

Este é o Pai Nosso original que Jesus pronunciava sempre antes dos seus sermões em Issa.

E esta gravado em uma pedra de mármore, nesta região!

Esta é a tradução mais verdadeira do Aramaico para o portugues, sem a interferencia da Igreja Catolica ou de qualquer outra religião!

Abwun d’bwashmaya
Nethqadash shmakh
Teytey malkuthakh
Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha.
Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana.
Washboqlan khaubayn (wakhtahayn) aykana daph khnan shbwoqan l’khayyabayn.
Wela tahlan I’nesyuna
Ela patzan min bisha
Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta
l’ahlam almin.
Ameyn

"Pai-Mãe, respiração da Vida,
Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos!

Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.
Ajude-nos a seguir nosso caminho, respirando apenas o sentimento que emana do Senhor...


Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.


Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades...


Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo. Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, e nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento...


Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza. Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.
Que Assim Seja

"Fim do mundo" na visao universalista.

Postado por Kamadon

Qual o sentido dos holocaustos?

Primeiro, precisamos entender o que é um holocausto: situação onde chega à termo a vida de centenas ou milhares de pessoas. Isso é um holocausto: quando muitas – uma quantidade imensa de pessoas – tem o termo da vida em uma determinada situação, os humanos chamam esta situação de holocaustos.

Este é o primeiro detalhe que devemos levar em conta. Mas há um segundo que precisamos compreender…

O que é a vida? Encarnação de um espírito para realizar provas. Estas provas são comandadas por Deus e têm a finalidade, vencendo-as, de levar o espírito a aproximar-se do Pai. Isso é o que vulgarmente vocês chamam de vida…

Este é um detalhe importante que nos leva à compreensão da segunda premissa necessária para compreender o tema holocausto: o que é morte? A partir do que afirmamos que é vida, poderíamos dizer que a morte é o fim da encarnação, o fim da provação, da etapa de provas de um espírito.

Isso é holocausto, vida e morte. Para que possamos falar de holocausto estas três verdades precisam estar presentes, senão ficaremos presos a uma visão materialista que nada resolve a nossa dúvida.

A partir delas, lhe dou a primeira resposta à sua pergunta: a razão de ser (sentido) do holocausto é servir como elemento da provação do espírito. Veja bem: se ele faz parte daquilo que vocês chamam de vida deve, portanto fazer parte da provação de determinados espíritos.

Agora, o que se busca com o holocausto? Se o sentido da vida é a realização de provações por parte do espírito para poder aproximar-se de Deus e se o holocausto é um dos acontecimentos possíveis numa existência carnal, o seu sentido é aproximar o espírito do Pai…

Esta é a razão da existência de um holocausto. Mas, vivê-lo apenas de nada adianta, pois não é apenas passando por estas situações que o espírito aproxima-se de Deus. Para que isso aconteça, é preciso que o ser universal humanizado supere as posses materiais durante os acontecimentos… Tudo que acontece numa existência carnal é uma provação onde sempre estará em jogo numa provação a respeito de uma posse.

Estas posses são de três formas:

* a posse moral – a posse da verdade, o saber, o conhecer, o achar que está certo…
* a posse sentimental, que acontece quando o espírito acredita que ama ou não algum elemento do Universo, seja material ou inteligente…
* e a posse de objetos materiais, de elementos materiais do mundo carnal ou espiritual…

Todas estas três possessões são questionadas em um holocausto, tanto para os que morrem como para aqueles que ficam e sabem dele ou tem pessoas conhecidas envolvidas. Esta posse é moral, porque os humanos acham que sabem que aquilo é errado; é sentimental, porque afirmam que não gostam que isso aconteça e é material, porque possuem a presença física do outro…

Portanto, muitos são os elementos que podem estar sendo objeto de provas durante um holocausto. É difícil dizer o que especificamente está em prova para cada um que participa ativa ou passivamente do ato como para aqueles que tem notícias do ocorrido. Mas, uma das provas eu tenho certeza absoluta que está presente para todos os envolvidos: o possuir a vida material. O querer estar vivo ou querer que o outro esteja vivo…

Querer a vida para si ou para os outros: esta é uma prova muito grande para o ser humanizado…

Porque por mais que um ser humanizado se diga espiritualista (acredite na existência de algo mais do que a carne), ninguém tem cem por cento de certeza da vida depois da morte. É por isso que os seres humanizados se apegam á vida material: não querem morrer…

O holocausto é uma prova para isso: para ver se você ama mais a Deus acima do próprio desejo de viver – e, por isso, permanece feliz mesmo com a morte – e se ama o próximo, não o criticando, julgando ou acusando de bárbaro ou assassino.

Então, de uma forma bem reduzida, porque poderíamos falar a respeito deste tema horas, é isso que está em jogo no holocausto: uma prova para o espírito. Uma provação de todas as possessões, mas em especial da posse da vida material: do desejo de continuar, ou que outros continuem, vivos.

O resto, os corpos mutilados, as pilhas de cadáveres, a destruição das coisas materiais, tudo isso é simplesmente ilusão, é simplesmente percepção, mais nada do que isso…

Participante: E o holocausto dos animais, segundo o Antigo Testamento.

A mesma coisa…

Para os seres humanizados os mesmos critérios acima descritos. Agora, para o animal, não: é limpeza de espécie…

Se os dinossauros não tivessem sido extintos, não poderiam ter começado a existir outras espécies. Portanto, o que aconteceu foi uma limpeza de espécie para novas formas de vida poderem surgir…

"Além das máscaras"

Postado por Kamadon

agora que a terra é redonda
e o centro do universo é outro lugar
é hora de rever os planos
o mundo não é plano, não pára de girar
agora que o tempo é relativo
não há tempo perdido, não há tempo a perder

num piscar de olhos tudo se transforma
tá vendo? já passou!
mas ao mesmo tempo
fica o sentimento
de um mundo sempre igual
igual ao que já era
de onde menos se espera
dali mesmo é que não vem

agora que tudo está exposto
a máscara e o rosto trocam de lugar
tô fora se esse é o caminho
se a vida é um filme, eu não conheço diretor
tô fora, sigo o meu caminho
às vezes tô sozinho, quase sempre tô em paz

num piscar de olhos tudo se transforma
tá vendo? já passou!
mas ao mesmo tempo
esse mundo em movimento
parece não mudar
é igual ao que já era
de onde menos se espera
dali mesmo é que não vem

visão de raio-x
o x dessa questão
é ver além da máscara
além do que é sabido, além do que é sentido
ver além da máscara

Pouca Vogal
Gessinger e Leindecker

"Teoria da Aceitação Praticada"

Postado por Kamadon

A vida não nos oferece situações pra que possamos escolher. A vida nos força vivenciar situações desejáveis e indesejáveis.
É como se ela fosse uma grande correnteza e nós os peixes contidos nela.
Não adianta lutar contra a vida, não adianta nadar em sentido contrário da corrente, não adianta remar contra a maré, esse modo agressivo de agir só faz atrasar a sua inevitável marcha. Adianta sim, e com passos longos ser a favor da vida, dando um basta nos sofrimentos que nada mais são do que o resultado da nossa contrariedade, de não aceitação dos fatos, causada pela nossa individualidade
É trabalhando a capacidade íntima da aceitação da vida, que proporciona o desabrochar da felicidade incondicional. Se render a vida, não gerar resistências:


Vida faça o que tu queres, que não se faça a minha vontade, senão a tua.


Processo que não depende de filosofias mirabolantes, depende apenas do seu esforço de aceitação na prática. Com o único objetivo de ter o mesmo objetivo da vida, se fundindo com ela. Creio que seja o resumo das propostas de todos os mestres.
Em cada situação vem consigo uma pergunta:
Vc aceita a situação da vida do jeito que ela é?
OU
Vc rejeita a situação da vida do jeito que é?
Me parece que esse seja o nosso atual relativo livre arbítrio:
Escolher dizer sim pra vida e ser feliz?
OU
Escolher dizer não pra vida e ter prazer e dor?


Ser universalista é ir a favor da vida, é ir deixando de ser um peixe individualista, pra ir se transformando na grande correnteza, no coletivo, no todo! Estando em harmonia com os acontecimentos.


Pegando pesado rs, vou citar exemplos de relações harmoniosas de um modo interno:


É sentir, e até quem sabe poder dizer bem vindo Sr Ladrão que veio assaltar a minha casa, fica a vontade pra roubar tudo o que quiser e vá com a vida meu irmão, ela sabe o que faz.


É ser crucificado e apesar da dor, ser a favor da vida, ser a favor da cruz.


É flagrar a esposa com outro, e não achar errado ou ruim, por não perceber traição, pq não há posses, a não ser o único e exclusivo poder da vida, pq ela tem o direito de tomar o rumo que quiser, sem interferências pessoais egoistas...


OBS: NÃO FALO DE ATOS


Sei que parece utópico demais, mas eu não vejo uma outra possibilidade pra ser feliz...
Não sei como é estar assim, estou longe disso, mas acho que aos poucos vou descobrindo. Nem que pra isso, percorra muitos milénios.

"Se o profeta não for independente do poder sua profecia se cala"

Postado por Attman

Nelson Gervoni *



O perigo das subvenções proféticas
Um olhar sobre o profetismo do Antigo Testamento, mesmo que não tão exegético, nos mostrará que havia uma relação entre os profetas de Israel e a liderança deste Estado. Mostrará que os profetas se envolviam nos assuntos políticos e sociais, tanto quanto nos assuntos religiosos, pois viam uma profunda relação entre eles. Mostrará ainda que esta era uma relação de conflitos, confrontos e quase nenhum conforto.

Para citar apenas alguns personagens do profetismo israelita, coube a Samuel um importante papel no início da realeza de Israel, enquanto Elias e Eliseu confrontaram o poder de Samaria e Damasco, e Isaias interferiu nos negócios públicos do Estado e denunciou a corrupção de Judá. Já Amós, que parece ser um símbolo da postura denunciativa profética, foi impiedoso em suas críticas a Jeroboão II, tornando-se o porta-voz de um Deus irado contra os poderosos de sua época.


Entretanto, os profetas de Israel não foram os primeiros a adotarem esta postura em relação ao poder. Arquivos reais de Mari, cidade das margens do médio Eufrates, mostram que profetas agiram como eles na realeza de Mari, aproximadamente mil anos antes. O profetismo em Mari "...punha o rei em guarda contra algumas negligências rituais em relação aos deuses ou contra sua teimosia em não aceitar suas advertências; opunha-se ao projeto da construção de uma porta fortificada ou anunciava ao rei o malogro de uma iniciativa militar..." (in AMSLER, S. Os profetas e os livros proféticos, Paulinas).

Esta relação entre o profetismo e o poder era garantida, entre outras coisas, pela independência nutrida pelos profetas e relação ao Estado. Podemos pensar em pelo menos três tipos de independências necessárias ao profeta, que lhe asseguram o uso do instrumental profético de forma legítima: independência temática, independência do objetivo e independência econômica.

Vejamos a independência temática do profeta Jeremias em relação a um de seus contemporâneos, o rei Josias (639-609 a.C.). Embora o tema de Josias fosse legítimo, pois propunha a reforma de Judá através da purificação religiosa, da reparação do templo e da redescoberta e observação do livro da lei, e não obstante seu temor e obediência a Deus (2 Reis 22.2) -o que criava afinidade entre ele e Jeremias -, podemos afirmar que o tema do profeta não foi tributário do tema governamental. A temática de Jeremias se amplia. Sua obra desenvolve temas interessantes, mas um deles é destacado na medida em que na sua vocação é designado como profeta entre as nações (Jeremias 1.5). Enquanto o olhar do rei está voltado para o centro de Judá, o olhar do profeta se volta para os acontecimentos históricos da sua época, levando-o a se preocupar com a política internacional (Veja Jeremias 46.2, 13; 47.1; e 49.28, 34). E como não podia faltar a característica contundente do profetismo, Jeremias é chamado a oferecer, metaforicamente, às nações uma taça de vinho que as faria entorpecer e tropeçar (Jeremias 25.15ss).

Independência de objetivos - Os objetivos dos profetas de Deus não eram os mesmos da liderança do Estado. O rei Jotão, apontado nas crônicas da realeza como poderoso por dirigir seus caminhos segundo a vontade do Senhor (2 Crônicas 27.6), objetivava as grandes obras públicas. Reconstruiu o portão principal do templo de Jerusalém, construiu novas fortificações na cidade, construiu e fortificou várias outras cidades em Judá, ergueu torres de defesa no deserto e edificou muros que tornaram a cidade mais resistente contra ataques. Enquanto isso, seu contemporâneo, o profeta Miquéias, apresenta objetivo bastante distinto: denunciar as articulações das elites para se apossarem de terras que não tinham direito, visto que a alegada herança paterna da qual tentavam se apropriar era um bem sagrado de Israel (Miquéias 2.1-5). Os objetivos de Isaias, outro contemporâneo de Jotão, também eram distintos dos objetivos do poder: atacar a hipocrisia cultual dos moradores de Jerusalém (Isaias 1.10-17), criticar o luxo das mulheres nobres da capital (3.16-24) e protestar contra as violações dos direitos praticadas pelo reino de Judá.

A postura revelada na história do profetismo aponta para a independência econômica dos porta-vozes de Deus, em Israel, ou dos porta-vozes dos deuses, em Mari. Não é necessário esforço hermenêutico para concluirmos que não poderia haver denúncia no nível praticado pelo profetismo se os profetas fossem dependentes das subvenções do poder. Samuel não poderia advertir Saul se recebesse do monarca subsídio para seus projetos. Natã não aplicaria a Davi a metáfora que o fez enxergar seu erro caso tivesse suas viagens custeadas pelo rei. A crítica contundente de Amós não seria possível se deixasse de ser pastor e ocupasse um cargo no gabinete de Uzias, em Judá, ou de Jeroboão II, em Israel. A única exceção parece ser Balaão, que se deixou corromper pela subvenção de Balaque - pelo "preço dos encantamentos" (Números 22.7) - para profetizar falsamente contra o povo de Deus. Este personagem, um misto de profeta divino e adivinho pagão, demonstrou menor visão da vontade de Deus que sua própria jumenta e acabou "advertido" pelo animal após espancá-lo.

A postura profética histórica nos propõe uma interessante e oportuna reflexão sobre o nosso papel como profetas da atualidade, quer sejamos pastores, padres, teólogos, igreja ou entidades paraeclesiais. Aponta para uma revisão da relação entre profecia e sociedade e poder na pós-modernidade. Faz-nos concluir que a independência das subvenções do poder garante ao profeta a legitimidade necessária não somente para profetizar a denúncia, como também avalizar, quando necessário, os atos governamentais. O aval profético em situações em que o poder aja de acordo com interesses da justiça e da ética só tem valor se o profeta for independente. Se não houver independência, o profeta cala a denúncia ou vê o seu aval interpretado como mera retribuição de quem recebe subvenção.

Como mulheres e homens de Deus na atual conjuntura, somos convocados à rejeição das diferentes formas de "subvenções" oferecidas pelos poderes:
- a "subvenção" das idéias, desenvolvendo uma temática diferente da desenvolvida pelos governos;
- a "subvenção" das diretrizes, elaborando a nossa própria pauta de objetivos;
- e a subvenção (esta sem aspas) financeira, buscando alternativas de sustento que não nos calem a Palavra, nem coloque em nossos lábios outra palavra que não seja de Deus.


* Teólogo. Psicanalista. Especialista em Ass. Familiar. Coordena o Programa de Atividades Complementares no Instituto Souza Campos, Pólo de EAD da ULBRA Universidade Luterana do Brasil, em Campinas/SP. Integra o GEPEM da Fac. de Educ. da UNICAMP

"Pronunciamento dos trabalhadores de Cuba sobre as mudanças no regime econômico cubano"

Postado por Attman

Trabalhadores:

A Revolução cubana aniversaria 52 anos de vitoriosa existência. Hoje, mais do que nunca, estão vivas e sólidas a vontade e a determinação na direção da nação e em nosso povo para continuar a construção do socialismo, avançar no desenvolvimento e na atualização do modelo econômico que devemos seguir, consolidando as conquistas alcançadas.

A direção do Governo vem trabalhando na elaboração de um conjunto de medidas que garantam e instrumentalizem as mudanças. Tais transformações são consideradas necessárias e impostergáveis de serem introduzidas na economia e na sociedade, fazendo mais eficiente o atual processo produtivo e laboral.

Cuba enfrenta a urgência de avançar economicamente, organizar melhor a produção, potencializar as reservas de produtividade e elevá-la, melhorar a disciplina e a eficiência. Isso só será possível mediante o trabalho digno e consagrado de nosso povo. Hoje, o dever dos cubanos é trabalhar e fazê-lo bem, com seriedade e responsabilidade, objetivando um melhor aproveitamento dos recursos de que dispomos, para assim, satisfazer nossas necessidades.

Em relação ao processo de atualização do modelo econômico e das projeções da economia para o período 2011-2015, se prevê nas Diretrizes para o próximo ano, a redução de mais de 500.000 trabalhadores no setor estatal e, paralelamente, o aumento do setor de serviços. O calendário para sua execução está concebido pelos organismos e empresas até o primeiro trimestre de 2011.

É uma tarefa inevitável que o movimento sindical e os trabalhadores se atentem ao máximo à redução dos modelos, ao processo de disponibilidade profissional e ao emprego, alcançando uma adequada utilização dos recursos humanos. Sabemos que o excesso de pessoas nos setores de orçamento e negócios passa de milhões de pessoas.

Nosso Estado não pode e nem deve continuar mantendo empresas, entidades produtivas, de serviços e empresariais com modelos inflados e perdidos que pesam na economia, se resultam contraproducentes, geram maus hábitos e deformam a conduta dos trabalhadores. É necessário elevar a produção e a qualidade dos serviços, reduzir os altos gastos sociais e eliminar gratuidades indevidas, subsídios excessivos, o estudo como fonte de emprego e a aposentadoria antecipada.

O êxito do processo que agora se inicia dependerá da garantia política. Do movimento sindical à direção do Partido, apontamos previamente as ações que devem ser empreendidas pelo consenso sócia, para que alcancemos a pertinência econômica e política desse passo. Estas medidas de disponibilidade profissional buscam a identificação de pessoas que não ocupem cargos indispensáveis, além da realocação em outro posto de trabalho, onde seja necessário e possível ou buscando a reorientação profissional dos trabalhadores.

Com a apresentação de trabalhadores disponíveis em entidade ou posto de trabalho, será ampliado e diversificado o atual horizonte de opções com novas formas de relação trabalhista não estatal como alternativa de emprego. Entre elas estão: a locação, o usufruto, as cooperativas e o trabalho por conta própria, de onde se moverão centenas de milhares de trabalhadores nos próximos anos.

Dentro do setor estatal só será possível ir cobrindo as ocupações que sejam imprescindíveis, em carreiras historicamente deficitárias de força de trabalho, como a agricultura, a construção, professores, policiais, operários fabris e outras.

O país vem executando em diversos setores um importante processo de investimento no petróleo, na construção, na biotecnologia, na indústria farmacêutica e no turismo. Assim mesmo, se impulsionam outras produções de bens para ampliar a exportação de serviços, o que também gerará fontes de emprego.

Estas mudanças na política de emprego serão aplicadas de forma gradual e progressiva. Terão inicio imediato e, por sua magnitude e incidência, abarcarão todos os setores.

Todo esse processo se efetuará sobre bases e normas novas, modificando o atual tratamento profissional e salarial para os disponíveis e interruptos, pois já não será possível aplicar a fórmula de proteger ou subsidiar salarialmente de forma indefinida aos trabalhadores. Na identificação, mudança e localização de novos trabalhos, a gestão e disposição pessoal do interessado terão um papel muito importante.

A definição de quem cobrirá os cargos disponíveis em cada coletivo profissional será tomada considerando o princípio da idoneidade demonstrada.

Um assunto de singular importância é o salário. Temos que revitalizar o princípio de distribuição socialista, de pagar a cada qual segundo a quantidade e a qualidade do trabalho empreendido. Os sistemas de pagamento por resultado, aplicados nos centros com modelos melhor ajustados, continuarão sendo a via para elevar a produtividade e, como consequência disso, o ingresso dos trabalhadores.

Favorecer a organização sindical em cada nível de direção contribui com o cumprimento desta política, garantindo a continuidade da construção do socialismo cubano. Da mesma forma, se aplica o conceito de Revolução a partir do sentido do momento histórico e de mudança de tudo o que deve ser mudado.

A CTC e os sindicatos estão comprometidos e velarão pela mais estrita observância e aplicação do princípio de idoneidade demonstrada ao determinar a melhor forma de ocupar um cargo, assim como a transparência no que deve ser executado.

O sindicato deve atuar em seu setor com um alto nível de exigência e manter o controle sistemático da marcha deste processo, do momento do início até a sua conclusão, adotando medidas que relacionem e mantenham informados seus organismos superiores e a CTC.

A unidade dos trabalhadores cubanos e do nosso povo tem sido a chave para materializar a gigantesca obra edificada pela Revolução. Nas transformações que agora empreendemos, ela continuará sendo a nossa mais importante arma estratégica.

Secretariado Nacional da CTC.

Tradução: Maria Fernanda M Scelza

Fonte: http://www.granma.cu/espanol/cuba/13-septiembre-pronunciamiento.html

"Mensagem de um Preto Velho"

Postado por Kamadon




“O rótulo religioso não passa de uma experiência transitória em determinada época do curso ascensional do espírito eterno.”


Toques do Preto - Velho

Os espíritos trabalhadores, designados de pretos velhos, nos repassam constantemente uma lógica que infelizmente, nós encarnados ainda estamos demorando em aplicar. Dizem eles, com sua maneira peculiar e simples de expressão, que no “mundo dos mortos” não existe raça, cor ou credo que diferencie as almas ou crie fronteiras, o que existe é o homem de bem e o homem que desaprendeu de ser bom. Baseado nisso, nos falam das lágrimas que insistem em cair de seus olhos, pela arrogância dos homens e de suas religiões que acabam se distanciando de Deus, pela pretensão de se adonar d’Ele, impondo a “sua” verdade. As religiões ou os credos em geral, ainda existem por necessidade de nossos espíritos que se diferenciam na escala evolutiva, encontrando dentro de cada uma delas a melhor adaptação de “religar-se” ao Criador. O que fica desvalorizado aos olhos da Espiritualidade Superior é o combate que se trava entre os homens por questões religiosas como se vivessem em eterna disputa, chegando ao absurdo das ditas “guerras santas”. Por enquanto a humanidade percorre vários caminhos em busca dessa verdade, mas chegará o dia em que o Universalismo será pleno, então haverá um só rebanho para um só pastor. E como acontece no “andar de cima”, formaremos uma única corrente de trabalho, auxiliando a quem necessita, mostrando que a ferramenta mediunidade tem um só objetivo: - a caridade! Fora isso, tudo o mais fica por conta de nosso Ego.

Abaixo vao alguns ensinamentos ``toques`` trazidos por um destes queridos amigos espirituais:

Lá nos planos sutis, aonde vocês muitas vezes vão quando dormem, mas ao acordarem não se lembram, existe uma grande família espiritual a lhes esperar, velar e torcer por vocês. Quebrem a barreira vibracional com sentimentos e pensamentos elevados, levando seus corações até eles. Mate a saudade espiritual que existe dentro do seu peito. Deixe a intuição fluir. Os guias espirituais não são mestres intocáveis que vocês devem reverenciar, mas sim, são amigos de jornadas. Conheça - os, converse com eles, trabalhem juntos, mas sorriam e brinquem juntos também. Eles estão te esperando.

Mediunidade é coisa importante e séria, mas não diviniza nem inferioriza ninguém. Vocês sabem disso. Tem gente que pensa que ser grande médium é praticar fenômenos para “incrédulo ver”. Outros pensam que é se vestir todo com uma fantasia, “virar os olhos” e “rebolar” bastante. Não! Mediunidade é você trabalhar em parceria com os amigos do lado de cá para o bem de todos, apenas isso. Vocês complicam muito as coisas. Na verdade tudo é muito simples. Pense na manifestação das criancinhas durante um processo mediúnico. Existe algo mais simples e belo do que isso?

Parem de julgar a manifestação mediúnica ou a experiência do outro. Você pode até não concordar, mas caso para ele faça sentido, deixe. É dele! Isso lembra muito a postura daquele que não consegue fazer melhor e por isso mesmo vive a criticar e apontar o defeito dos outros. As experiências espirituais muitas vezes são de foro íntimo, cada um busca a sua. E cada um fique feliz com a sua! Aprendam também que a dedicação e o estudo ajudam muito. Mas o que realmente conta é o seu dia – dia, como pessoa comum, passando pelo crivo do grande mestre que é a vida. Não adianta nada estudar muito e praticar pouco, principalmente em relacao a humildade, tolerancia e amor.

Fazer caridade é muito bom. Se alem disso buscam esclarecer as pessoas, melhor ainda. Tem gente que acha que doando uma cesta básica de Natal ao desencarnar será “salvo”. Outros ainda se acham muito especiais e caridosos, verdadeiros missionários. Não caiam nessa bobagem. Saibam que, em verdade, ao auxiliar os outros vocês ajudam a si próprios. E quando fizer a caridade, também não apenas dê o peixe, ensine as pessoas a pescarem. “Caridade de consolação” ergue a pessoa, mas depois que ela já está de pé, está na hora de ensiná - la a andar, com a “caridade de esclarecimento”. Pensem nisso! Caridade faça sempre que surgir a oportunidade de auxiliar o irmão. Esclarecimento leve a todos os lugares, fazendo a sua aura brilhar e contagiando as pessoas com alegria e vontade de viver.

Trabalho em grupo é coisa séria, deve haver amizade, alegria, mas não é reunião social. Os guias escutam os seus pensamentos e não estão nada interessados em suas preferências físicas, nem em suas “paqueras” dentro do grupo, nem dão importância a isso. Tão pouco são cúmplices das fofocas, guerras de vaidade e ciúmes que existem dentro do mesmo. Um trabalho espiritual em grupo é uma benção e oportunidade única de evolução, tanto de encarnados como desencarnados. Aproveitem bem! Existe um montão de mestres esperando por vocês desse lado, mas muitas vezes eles não conseguem lhes amparar, afinal vocês não páram de pensar no “vizinho”, ou como a vida é difícil e injusta com vocês…

Os Orixás, os Mestres, os Anjos, os Devas, todos Eles amam a humanidade. Caso queiram fazer um ritual a algum Deles, tudo bem. Mas lembrem - se sempre: Vela acesa so tem valor se o coração estiver aceso antes. Caso contrário, não!

A energia de uma erva é poderosa e realmente cura, mas antes, suas próprias energias e o respeito com a vida vegetal devem ser grandes, caso contrário, é desperdiçio de tempo. Qualquer ritual de magia para o bem é lindo e bem quisto pela espiritualidade, mas não se perca no meio de muitos rituais e elementos e esqueça o essencial. O grande mestre da magia é o coração, e a grande força motriz é a sua mente. Lembrem - se disso.

Não sejam espiritualistas pela metade. Durante o dia vocês ficam pensando em espiritualidade, mas ao dormir, que é a grande hora onde o espírito se liberta do corpo físico, vocês não pensam em nada, ficam com preguiça e logo suas mentes são invadidas por um monte de coisas, adormecendo na mais perfeita desordem. No mínimo orem ao deitar-se. Agradeçam o dia, coloquem - se à disposição do aprendizado, aproveitem as horas de sono. Elas são chaves de acesso ao crescimento espiritual. Meditem nisso.

Eu sou um preto-velho. Pouco importa minha forma ou meu nome. O que importa é que eu sou luz, como vocês e todos nós, filhos da Grande Luz. O sol brilha em meu coração, no seu e em toda humanidade. Você ainda tem preconceito em relação a raças? A culturas diferentes? Religião? E julgam - se espiritualistas? Ora amigo, deixe disso! Lembre – se: todos viemos da mesma fôrma. Eu tenho apenas uma palavra para descrever o preconceito: ignorância!

Ignorância também são as paredes e preconceitos religiosos. Todos os mestres da humanidade pregaram o desprendimento, mas o que os seus seguidores mais fazem é ter o sentimento de posse em relação a Eles. E lá se vão guerras, ofensas e desarmonia entre uma religião e outra. E lá se vão discussões infindáveis entre doutrinas diferentes. Todos os caminhos levam a Deus, mas muitos acham que seu caminho é melhor do que dos outros, não é mesmo? Façam um favor à humanidade, meu filhos: vão voando nas asas do universalismo ecumênico! E parem com essas bobagens…

Do lado de cá nós adoramos música. Ela rejuvenesce a alma, acorda o coração e desperta a intuição. Aproveitem as músicas de qualidade. Elas são ótimas e verdadeiro brilho e alimento para vossos espíritos. Também escutem a música que os espiritos superiores cantam secretamente dentro do coração de cada um. É a música da Criação, ela está em todos, mas só pode ser escutada quando a mente silencia e o coração brilha. Pensem nisso!

Pensem também na natureza. Coloquem uma música suave. Direcionem - se mentalmente a um desses sítios sagrados, verdadeiros altares vivos do amor de Deus. Pensem na força curativa das matas, na força amorosa e pacificadora das cachoeiras, da limpeza energética que o mar traz ao espírito. Meditem neles. Isso traz sintonia, reciclagem energética e boa disposição. Façam isso por vocês e fiquem bem!

Por fim, dediquem - se mais ao autoconhecimento. Ele é muito importante. E um dia, mesmo que isso demore milênios, vocês se conhecerão tanto que realmente descobrirão sua natureza divina. Nesse dia, as cortinas da ilusão se abrirão e você verá o universo a sua frente. Não existirá mais Orun* (céu) nem Ayê* (mundo material). Nem eu nem você. Apenas Ele…Pai e Mãe dentro de nós mesmos!

"Mensagem de um Preto Velho"

Frase do Dia

Postado por Kamadon

"HÁ TANTOS BURROS MANDANDO EM HOMENS DE INTELIGÊNCIA, QUE AS VEZES, FICO PENSANDO QUE A BURRICE É UMA CIÊNCIA"

"O dilúvio espiritual"

Postado por Kamadon

Pessoas destroçadas são recicladas
E eu espero que por vezes seja atirado fora dos caminhos
O que pensei que era o meu caminho para casa
Não era o lugar que conheço
Não, eu não tenho medo de mudar,

Certo, nada é certo
O que possuimos torna-se a nossa prisão
Minhas posses terão desaparecido
Voltam para onde vieram

Culpa
Ninguém tem culpa
Tão natural como a chuva que cai

Aí vem o dilúvio novamente

Vê a pedra a que te agarras
É que vai salvar-te
Quando a terra começar a ruir?
Por que sentes que tens que te agarrar?
Imagina-te a deixar ir

Culpa
Ninguém tem culpa
Tão natural como a chuva que cai

Aí vem o dilúvio novamente

Descarrega para longe o peso que te puxa para baixo
Ilumina os caminhos que libertam da poeira.

(Descarrega para longe o peso que te puxa para baixo)
Não confies nos teus olhos
É fácil acreditar neles
Sabe em teu coração
Que podes deixar a prisão

(Ilumina os caminhos que libertam da escuridão)
Não confies na tua mente
Não está sempre escutando
Acende as luzes
E sente o ritmo ancião

Não confies em teus olhos
É fácil acreditar neles (ninguém tem culpa)
Sabe em teu coração (tão natural quanto a chuva)
Que podes deixar a prisão (aqui vem o dilúvio de novo)

Culpa
Ninguém tem culpa
Tão natural como a chuva que cai

Aí vem o dilúvio novamente

"Sombra e Luz"

Postado por Kamadon

"Sombra e luz, escuridão e claridade. Essa realidade dupla forma o interior do ser humano, que tenta negar-se a cada dia, enganando-se. A maioria das pessoas quer ser apenas luz. Recusam-se a identificar a sombra que faz parte delas. Religiosos de um modo geral falam de um lado sombrio, diabólico, umbralino, como se esse lado escuro fosse algo externo, ruim, execrável. Até quando negar a
realidade íntima? Até quando adiar o conhecimento do mundo interno? Várias tentativas foram realiza das para conscientizar o homem terreno de que as chamadas trevas exteriores são apenas o reflexo do que existe dentro dele.


Luz e sombra são aspectos internos do ser e não representam necessariamente um lado ruim e outro bom. A sombra não é pior do que a luz. Apenas faz parte de um equilíbrio universal ainda necessário para a visão do homem terrestre. São dois pólos de uma verdade interna, mais profunda.


A sombra representa um aspecto transitório, porém necessário para o ser reavaliar-se ante os apelos da vida e as lutas que o fizeram ser o que é. Essa transitoriedade em qualquer plano da vida é uma etapa de aprendizado, adaptação, revisão dos valores adquiridos em lutas e desafios na grande jornada interna, pessoal, íntima. Portanto, viver esse lado de forma mais plena, conhecer-se mais profundamente, enfrentar-se sem mascarar-se talvez seja um caminho mais excelente — parafraseando o apóstolo Paulo — do que aquele que as religiões do mundo vêm oferecendo e que se reflete em fugas da realidade..."




Ângelo Inácio - prefácio(apenas o início) do livro Legião