domingo, 15 de novembro de 2009
Lendas Urbanas -"A Aparição da Menina Melissa - História Verídica "
Postado por Kamadon
:: Certa noite, era meia noite em ponto. Levantei-me e fui até a cozinha pegar um copo de água. De repente, eu vi um vulto aterrorizante passar pela porta da cozinha. Não dei muita importância pois estava com muito sono e pensei que poderia ser fruto da minha imaginação. Na noite seguinte acordei na mesma hora, só que dessa vez para ir ao banheiro e adivinhem...OUTRO VULTO!!! Dessa vez eu dei importância, pois, tinha certeza que estava bem acordada. Fui apavorada para a cozinha para ver se o vulto se repetia, e a minha expectativa aconteceu. Quando olhei para o fantasma, percebi que era exatamente igual à foto da menina que eu vira no cemitério no dia em que o vulto apareceu pela primeira vez. Gritei demais...pena que estava sozinha em casa, pois, meus pais e minha irmã foram passar a noite na casa da minha tia, só não fui porque tinha brigado com minha prima Vivi (Verônika). Passado o susto na manhã seguinte minha mãe me ligou dizendo que iria passar a semana na casa da minha tia. Então eu disse que estava tudo bem. Fui na geladeira preparar meu café da manhã. Dentro da geladeira havia um papel escrito: "Para que você não me veja mais vá ao cemitério e coloque flores, pois minha família não me visita. Te espero essa tarde se quiser ter sossego de volta." À tarde levei as flores e lá estava escrito: "Sabia que você viria!" Fiz uma oração para a menina que se chamava Melissa e fui embora. Nunca mais ela me perturbou e desse dia em diante passei a levar flores a ela sempre que posso. Acreditem se quiser, mas, essa história é real...
Lendas Urbanas -"Loira do Dia Três de Novembro "
Postado por Kamadon
::Loira do Dia Três de Novembro No dia três de novembro de 1950 , num grande cemitério , surgiu uma moça aparentando vinte e sete anos , loira , de olhos azuis , vestida numa roupa branca com um véu de renda . No meio , do nada , ela começou a ter atitudes estranhas , como a de pegar algumas flores de um túmulo enfeitado e coloca–las em sepulturas aparentemente abandonadas e sem nenhum enfeite . Desta maneira o coveiro , Zé , aproximou–se e indagou : - Moça , por que você está tirando alguns enfeites e flores de alguns túmulos e colocando em outros ? A loira respondeu : - É que ontem foi Dia de Finados e muitos jazigos receberam flores e enfeites . - Porém alguns não receberam nada e reza a lenda que se um morto , não recebe nenhum adorno neste dia especial , ele fica triste . - Então para que os defuntos esquecidos não fiquem chateados , eu tiro algumas flores de uns e coloco-nos mais abandonados . Sem falar que eu rezo por estes mortos também . O coveiro disse : - Tudo bem . O tempo passou e todo o dia três de Novembro esta loira aparecia no campo–santo . O problema é que os anos avançaram , novos caixões foram sepultados , o coveiro envelheceu . Mas nada da mulher misteriosa , do dia três de novembro , envelhecer também. No dia três de novembro de 1997 , a loira estava retirando flores de um túmulo para colocar em outro , quando de repente , um rapaz gritou : - O que é isto ? ! - Por que está tirando os enfeites do jazigo dos meus pais para colocá–los num túmulo abandonado ? - Isto é violação ! - Telefonarei para a polícia para resolver isto , já ! - Afinal sou Maurício , um grande empresário e exijo respeito ! Então o moço pegou seu telefone celular e chamou os guardas , que levaram a dama até a delegacia . Chegando lá o delegado exclamou : - Seus documentos , por favor ! Desta maneira a mulher tirou um papel amarelado de sua bolsa e entregou ao homem , que gritou : - O significa isto ?! - Está escrito aqui : - Ângela Boamorte . - Data de nascimento : - 3 / 11 / 1807 . - É lógico que você não tem mais de cem anos , né ?! - Por isto irei prendê–la por falsificação de documento . Deste jeito a donzela foi para o xadrez com mais doze presas . Quando o relógio tocou meia–noite , os guardas escutaram um barulho estranho vindo da cela feminina . Quando eles chegaram lá viram as paredes , de concreto , rachando misteriosamente e se despedaçando no chão , fato que fez com que as presas escapassem . Em janeiro de 1998 , a empresa de Maurício foi à falência , ele entrou em depressão , perdeu a consciência e virou mendigo. Em outubro de 1999 um carro atropelou este rapaz , que morreu e foi enterrado como indigente . No dia 3 de novembro do mesmo ano , o fantasma de Maurício viu que uma loira estava colocando rosas em seu jazigo . De repente o seu espírito , saiu do caixão e disse : - Moça , eu acho que conheço você ... - Lembrei: - Você é aquela mulher que pegou os enfeites do jazigo dos meus pais para adornar um túmulo abandonado ! A donzela explicou : - Meu nome é Ângela Boamorte . - Eu faço isto desde o século dezenove . Pois quando morri fui enterrada como indigente e por não ser boa o suficiente para ir ao céu , mas por não ser tão má para chegar ao inferno , fiquei presa ao meu jazigo . Deste jeito sempre me senti abandonada no Dia de Finados , ao ver que o túmulo das outras pessoas era visitado e recebiam flores , menos o meu . Então recebi a missão de todo o dia 3 de novembro , tirar alguns enfeites dos jazigos que receberam visitas e colocá–los nos túmulos abandonados . Portanto , se você visitar qualquer cemitério no dia 3 de novembro e ver uma loira retirando flores de alguns túmulos para colocar em outros , não se assuste pois é Ângela Boamorte cumprindo sua missão .
90 Anos da Revolução Russa - Por: Marly A. G. Vianna*
Postado por Attman e Kamadon
As opiniões sobre a Revolução Russa são geralmente bastante polarizadas: ou furiosamente contra ou apaixonadamente a favor. Nos dias de hoje, quando muitos comemoram seu fim, surge uma outra posição que, sem se dar ao trabalho de criticá-la (pois já não se foi?), simplesmente a colocam num passado remoto, fora de moda, fora de época, jurássica.
É compreensível que assim seja. A Revolução Russa foi a primeira grande revolução proletária do mundo. Foi o primeiro acontecimento mundial a mostrar que o capitalismo não é o fim da história, que é possível constituir uma sociedade sem que um grupo humano explore outro, uma sociedade solidária para além de suas fronteiras nacionais. Essa é uma visão de mundo que a Revolução Russa concretizou e, por ter sido tão radical em sua transformação da sociedade capitalista, é natural que polarize opiniões: de um lado, como disse Marx, os que nada tinham a perder e todo um mundo a ganhar; de outro, aqueles que defendiam sua sobrevivência enquanto classe. Inevitável polarização, de idéias e de atitudes.
Para aqueles que se colocam na firme defesa da Revolução Russa, cabe entendê-la, tanto nos seus acertos, que foram imensos, quanto nos seus erros e descaminhos, que foram também imensos e que levaram a que se encerrassem ingloriamente 70 anos de socialismo.
Marx e Engels, como todos os revolucionários, esperavam que a revolução proletária ocorresse em país com alto nível não só econômico como cultural. Mas sabiam que não bastam as condições objetivas para que se dê uma revolução. Na Alemanha, que parecia cumprir todos os requisitos para a ocorrência e consolidação do socialismo, as vontades revolucionárias enfrentaram uma oposição tenaz e violenta, acabando por fracassar em seus intentos de transformação social. Já na Rússia, atrasada econômica e culturalmente, a guerra ajudou a enfraquecer não só o tzarismo absolutista quanto a burguesia vacilante do primeiro momento revolucionário. Por outro lado, a humanidade jamais viu um grupo de políticos como o primeiro grupo bolchevique que, sob a direção de Lênin, soube organizar e comandar o povo russo pelo caminho da revolução proletária.
Dá-se sempre a Revolução Russa como exemplo de uma revolução violenta, sangrenta, o que não é verdade. A tomada do Palácio de Inverno foi quase que pacífica. Violenta foi a reação à revolução. Sangrentos e violentos foram os ataques da Entente, países coligados, depois da guerra, para atacar a jovem República Soviética. Violenta foi a contra-revolução dentro do país. Realizada em meio ao caos da Grande Guerra, contabilizando as perdas sofridas em seu território para garantir a paz, enfrentando as poderosas forças coligadas contra ela, que lhe impuseram um verdadeiro cordão sanitário, que lhe isolaram atrás de uma "cortina de ferro", a revolução havia sobrevivido e começava a consolidar uma nova sociedade. E isso não teria sido possível sem o apoio maciço da população. Em 1930 o país havia retomado o nível econômico de 1913, antes da 1ª Guerra Mundial, e parecia que teria agora, vencidos tantos obstáculos, a paz necessária para reconstruir-se - esperança logo frustrada pela II Guerra.
Disse Maiakósviski, em um de seus poemas, que é impossível pensar na revolução com um prego no sapato. Era preciso criar as bases materiais para alicerçar sobre elas o socialismo. Nisso a revolução teve pleno êxito: saúde gratuita e ao alcance de todos, casas sendo construídas a ritmo vertiginoso e distribuídas à população, educação para todos, com um mínimo de oito anos de escolaridade obrigatória, transporte subsidiado e praticamente gratuito. Os êxitos econômicos foram imensos, mas não bastam. Uma série de situações históricas dificultaram - e muitas vezes impediram mesmo - a caminhada na direção de uma sociedade socialista - fundamentalmente humanista.
Nesse ponto, o fenômeno Stalin deve ser analisado, porque o que passou a ser chamado de stalinismo, isto é, o conjunto de situações históricas que configuraram os rumos da revolução, e que explicam, inclusive o comportamento de seus dirigentes, foi o responsável pelos descaminhos do marxismo e da revolução.
Stalin era o representante mais coerente de uma situação histórica, de uma Rússia atrasada, preconceituosa, sem tradição de respeito ao indivíduo, de uma Rússia muito mais autêntica do que a Rússia culta e humanista representada por Lênin, Trótski, Bukárin, Zínoviev, Kámenev e tantos outros. Dentro das inúmeras dificuldades por que passava a revolução, a personalidade de Stálin ganhou força porque sua atuação, e os apelos místicos a que era dado, chegaram - exatamente pelo que tinham de apelativos -, ao coração de uma massa que fizera a revolução, lutava por ela, mas estava exausta de sacrifícios e dificuldades.
O PCUS, depois da sangria da guerra civil, estava profundamente debilitado. Os melhores quadros bolcheviques haviam morrido na luta e as dificuldades imensas a serem enfrentadas foram fazendo, como notou Isaac Deutscher , com que o partido substituísse o povo, que soubera tão bem conduzir no início da revolução. Depois o comitê central substituiu o partido, o birô político o comitê central e Stalin pôde dominar o birô político.
Por ter um pensamento teórico e político pouco elaborado, Stalin foi um mestre nas simplificações e abastardamento do marxismo, o que o fez com que qualquer um pensasse entendê-lo bem, sem qualquer esforço ou dificuldade. Foi um sucesso. Sua doutrina, ainda segundo Deutscher, "sem raízes profundas em idéias e sem qualquer originalidade em suas previsões, resumem uma corrente de opinião ou emoção poderosa e não expressada até então. (...) Uma de suas características notáveis era a de sentir as tendências psicológicas subterrâneas prevalecentes no partido e imediações, esperanças não confessadas e desejos tácitos, de que se constituiu porta-voz."
A Rússia, premida pelas dificuldades internas e ataques externos, viu-se forçada, para sobreviver, a atitudes extremas, como foi a industrialização e a coletivização forçada, que levou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas explorações. A alfabetização, também forçada, fez com que milhões de analfabetos aprendessem a ler e escrever. Tudo tinha que ser forçado, até mesmo a mudança de costumes arraigados, como a poligamia de certas regiões, ou o profundo desprezo pela mulher, que passou a ser tratada com igualdade pela República soviética. Ivan o Terrível, Pedro o Grande e outros reformadores de outras nações parecem anões ao lado do vulto gigantesco do secretário-geral, escreveu Deutscher: "Um homem comum, de idéias medianas, com punhos e pés de gigante".
Construir o socialismo na Rússia, nas circunstâncias históricas em que isso foi possível, revolucionar o país por completo, era uma tarefa hercúlea. Era preciso "forçar". E nesse processo, foram sendo destruídos postulados fundamentais do marxismo, como a democracia interna do partido, a democracia socialista para o povo, o respeito ao ser humano. Desse processo Stalin foi tanto artífice quanto vítima.
No espaço que temos não podemos nos aprofundar em tantas questões de fundamental importância para a compreensão da Revolução Russa. Quero então frisar que para opinar sobre a Revolução Russa com um mínimo de seriedade é preciso estudá-la, entendê-la e explicá-la, saber porque os acontecimentos históricos se desenrolaram da forma em que ocorreram e não de outra.
Estar ao lado dos revolucionários russos não quer dizer esquecer os erros que cometeram. É preciso abominar as barbaridades cometidas na época do chamado stalinismo, sem esquecer que a Revolução Russa foi a primeira tentativa de criação de um estado proletário na história da humanidade, e que seu povo pagou alto preço pelo sonho de construir uma sociedade igualitária. Pagou com 20 milhões de vidas a derrota do nazi-fascismo. Tirou de suas mais básicas necessidades recursos para ajudar a manter a paz no mundo, o respeito à autodeterminação dos povos, a luta contra o colonialismo, o apoio à Revolução Cubana. É patético ouvir pessoas que jamais foram capazes de desejar algo além de mesquinhas necessidades, vivendo num país carente de quase tudo, julgando com altivo desprezo e espantosa superficialidade um povo que foi capaz de feitos e sacrifícios inauditos para construir um mundo verdadeiramente humano.
Evidentemente, aqueles que estamos ao lado da Revolução Russa sofremos uma derrota, assim como aqueles que prezam a paz e querem fazer frente à barbárie em que nos encontramos. Mas ser derrotado não quer dizer não ter razão. Como expressou um revolucionário, Buonaventura Durutti: "Não temos medo de ruínas - nós herdaremos a Terra. Não há a menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar seu próprio mundo antes de abandonar o palco da História. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações."
* Marly Vianna é Professora da História da Universidade Federal de São Carlos
As opiniões sobre a Revolução Russa são geralmente bastante polarizadas: ou furiosamente contra ou apaixonadamente a favor. Nos dias de hoje, quando muitos comemoram seu fim, surge uma outra posição que, sem se dar ao trabalho de criticá-la (pois já não se foi?), simplesmente a colocam num passado remoto, fora de moda, fora de época, jurássica.
É compreensível que assim seja. A Revolução Russa foi a primeira grande revolução proletária do mundo. Foi o primeiro acontecimento mundial a mostrar que o capitalismo não é o fim da história, que é possível constituir uma sociedade sem que um grupo humano explore outro, uma sociedade solidária para além de suas fronteiras nacionais. Essa é uma visão de mundo que a Revolução Russa concretizou e, por ter sido tão radical em sua transformação da sociedade capitalista, é natural que polarize opiniões: de um lado, como disse Marx, os que nada tinham a perder e todo um mundo a ganhar; de outro, aqueles que defendiam sua sobrevivência enquanto classe. Inevitável polarização, de idéias e de atitudes.
Para aqueles que se colocam na firme defesa da Revolução Russa, cabe entendê-la, tanto nos seus acertos, que foram imensos, quanto nos seus erros e descaminhos, que foram também imensos e que levaram a que se encerrassem ingloriamente 70 anos de socialismo.
Marx e Engels, como todos os revolucionários, esperavam que a revolução proletária ocorresse em país com alto nível não só econômico como cultural. Mas sabiam que não bastam as condições objetivas para que se dê uma revolução. Na Alemanha, que parecia cumprir todos os requisitos para a ocorrência e consolidação do socialismo, as vontades revolucionárias enfrentaram uma oposição tenaz e violenta, acabando por fracassar em seus intentos de transformação social. Já na Rússia, atrasada econômica e culturalmente, a guerra ajudou a enfraquecer não só o tzarismo absolutista quanto a burguesia vacilante do primeiro momento revolucionário. Por outro lado, a humanidade jamais viu um grupo de políticos como o primeiro grupo bolchevique que, sob a direção de Lênin, soube organizar e comandar o povo russo pelo caminho da revolução proletária.
Dá-se sempre a Revolução Russa como exemplo de uma revolução violenta, sangrenta, o que não é verdade. A tomada do Palácio de Inverno foi quase que pacífica. Violenta foi a reação à revolução. Sangrentos e violentos foram os ataques da Entente, países coligados, depois da guerra, para atacar a jovem República Soviética. Violenta foi a contra-revolução dentro do país. Realizada em meio ao caos da Grande Guerra, contabilizando as perdas sofridas em seu território para garantir a paz, enfrentando as poderosas forças coligadas contra ela, que lhe impuseram um verdadeiro cordão sanitário, que lhe isolaram atrás de uma "cortina de ferro", a revolução havia sobrevivido e começava a consolidar uma nova sociedade. E isso não teria sido possível sem o apoio maciço da população. Em 1930 o país havia retomado o nível econômico de 1913, antes da 1ª Guerra Mundial, e parecia que teria agora, vencidos tantos obstáculos, a paz necessária para reconstruir-se - esperança logo frustrada pela II Guerra.
Disse Maiakósviski, em um de seus poemas, que é impossível pensar na revolução com um prego no sapato. Era preciso criar as bases materiais para alicerçar sobre elas o socialismo. Nisso a revolução teve pleno êxito: saúde gratuita e ao alcance de todos, casas sendo construídas a ritmo vertiginoso e distribuídas à população, educação para todos, com um mínimo de oito anos de escolaridade obrigatória, transporte subsidiado e praticamente gratuito. Os êxitos econômicos foram imensos, mas não bastam. Uma série de situações históricas dificultaram - e muitas vezes impediram mesmo - a caminhada na direção de uma sociedade socialista - fundamentalmente humanista.
Nesse ponto, o fenômeno Stalin deve ser analisado, porque o que passou a ser chamado de stalinismo, isto é, o conjunto de situações históricas que configuraram os rumos da revolução, e que explicam, inclusive o comportamento de seus dirigentes, foi o responsável pelos descaminhos do marxismo e da revolução.
Stalin era o representante mais coerente de uma situação histórica, de uma Rússia atrasada, preconceituosa, sem tradição de respeito ao indivíduo, de uma Rússia muito mais autêntica do que a Rússia culta e humanista representada por Lênin, Trótski, Bukárin, Zínoviev, Kámenev e tantos outros. Dentro das inúmeras dificuldades por que passava a revolução, a personalidade de Stálin ganhou força porque sua atuação, e os apelos místicos a que era dado, chegaram - exatamente pelo que tinham de apelativos -, ao coração de uma massa que fizera a revolução, lutava por ela, mas estava exausta de sacrifícios e dificuldades.
O PCUS, depois da sangria da guerra civil, estava profundamente debilitado. Os melhores quadros bolcheviques haviam morrido na luta e as dificuldades imensas a serem enfrentadas foram fazendo, como notou Isaac Deutscher , com que o partido substituísse o povo, que soubera tão bem conduzir no início da revolução. Depois o comitê central substituiu o partido, o birô político o comitê central e Stalin pôde dominar o birô político.
Por ter um pensamento teórico e político pouco elaborado, Stalin foi um mestre nas simplificações e abastardamento do marxismo, o que o fez com que qualquer um pensasse entendê-lo bem, sem qualquer esforço ou dificuldade. Foi um sucesso. Sua doutrina, ainda segundo Deutscher, "sem raízes profundas em idéias e sem qualquer originalidade em suas previsões, resumem uma corrente de opinião ou emoção poderosa e não expressada até então. (...) Uma de suas características notáveis era a de sentir as tendências psicológicas subterrâneas prevalecentes no partido e imediações, esperanças não confessadas e desejos tácitos, de que se constituiu porta-voz."
A Rússia, premida pelas dificuldades internas e ataques externos, viu-se forçada, para sobreviver, a atitudes extremas, como foi a industrialização e a coletivização forçada, que levou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas explorações. A alfabetização, também forçada, fez com que milhões de analfabetos aprendessem a ler e escrever. Tudo tinha que ser forçado, até mesmo a mudança de costumes arraigados, como a poligamia de certas regiões, ou o profundo desprezo pela mulher, que passou a ser tratada com igualdade pela República soviética. Ivan o Terrível, Pedro o Grande e outros reformadores de outras nações parecem anões ao lado do vulto gigantesco do secretário-geral, escreveu Deutscher: "Um homem comum, de idéias medianas, com punhos e pés de gigante".
Construir o socialismo na Rússia, nas circunstâncias históricas em que isso foi possível, revolucionar o país por completo, era uma tarefa hercúlea. Era preciso "forçar". E nesse processo, foram sendo destruídos postulados fundamentais do marxismo, como a democracia interna do partido, a democracia socialista para o povo, o respeito ao ser humano. Desse processo Stalin foi tanto artífice quanto vítima.
No espaço que temos não podemos nos aprofundar em tantas questões de fundamental importância para a compreensão da Revolução Russa. Quero então frisar que para opinar sobre a Revolução Russa com um mínimo de seriedade é preciso estudá-la, entendê-la e explicá-la, saber porque os acontecimentos históricos se desenrolaram da forma em que ocorreram e não de outra.
Estar ao lado dos revolucionários russos não quer dizer esquecer os erros que cometeram. É preciso abominar as barbaridades cometidas na época do chamado stalinismo, sem esquecer que a Revolução Russa foi a primeira tentativa de criação de um estado proletário na história da humanidade, e que seu povo pagou alto preço pelo sonho de construir uma sociedade igualitária. Pagou com 20 milhões de vidas a derrota do nazi-fascismo. Tirou de suas mais básicas necessidades recursos para ajudar a manter a paz no mundo, o respeito à autodeterminação dos povos, a luta contra o colonialismo, o apoio à Revolução Cubana. É patético ouvir pessoas que jamais foram capazes de desejar algo além de mesquinhas necessidades, vivendo num país carente de quase tudo, julgando com altivo desprezo e espantosa superficialidade um povo que foi capaz de feitos e sacrifícios inauditos para construir um mundo verdadeiramente humano.
Evidentemente, aqueles que estamos ao lado da Revolução Russa sofremos uma derrota, assim como aqueles que prezam a paz e querem fazer frente à barbárie em que nos encontramos. Mas ser derrotado não quer dizer não ter razão. Como expressou um revolucionário, Buonaventura Durutti: "Não temos medo de ruínas - nós herdaremos a Terra. Não há a menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar seu próprio mundo antes de abandonar o palco da História. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações."
* Marly Vianna é Professora da História da Universidade Federal de São Carlos
A queda de dois muros - o muro de Berlim e agora o muro do dinheiro
Postado por Attman e Kamadon
Selvino Heck
9 de novembro de 1989. Nos últimos dias, jornais, noticiosos e imprensa perguntam pessoas do povo e personalidades sobre onde estavam nesta data. Não lembro exatamente o que eu fazia. Mas, em início de outubro de 1989, dias antes, terminara a Constituinte do Rio Grande do Sul, quando eu e outros três bravos companheiros deputados estaduais votamos contra a nova Constituição estadual, embora a assinássemos. E estávamos às vésperas do primeiro turno da primeira eleição para presidente depois de décadas de ditadura, que então acontecia em 15 de novembro, e eu era o Coordenador Geral da campanha Lula no Rio Grande do Sul.
A preocupação geral era levar Lula ao segundo turno. Num Estado de larga tradição trabalhista, a cada nova pesquisa eleitoral os votos de Lula minguavam e os de Leonel Brizola, ex-governador, ex-comandante do Movimento da Legalidade em 1961, cresciam geometricamente, o que poderia levá-lo para o segundo turno contra Collor. Os resultados no Rio Grande do Sul tendiam a ser determinantes. (Lula acabou tendo cerca de 6% dos votos no Rio Grande, foi para o segundo turno, Brizola mais de 60%, convertidos quase integralmente para Lula na etapa final de dezembro, não suficientes, porém, para derrotar Collor).
A queda do Muro de Berlim, portanto, no plano imediato e diário, não estava no centro das atenções e preocupações, embora todos acompanhássemos os acontecimentos e as informações. Mas do ponto de vista histórico, olhando para trás 20 anos depois, é possível dar-se conta e dimensionar seu grande significado.
Mesmo quem não comungava do marxismo ortodoxo ou quem tinha profundas críticas ao socialismo real, como era o caso da maioria das lideranças e militantes dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores e dos lutadores e lutadoras da causa da transformação econômico-social, o horizonte de todos e todas era o socialismo. O mundo estava dividido em dois blocos. As referências e análises levavam em conta, eram feitas e agia-se a partir desta divisão. De alguma maneira, o socialismo do Leste pairava no ar e servia de bússola.
A partir de 9 de novembro de 1989, não existiam mais dois blocos dividindo política e ideologicamente o mundo. Para muitos e muitas, na prática, era quase como se o sonho de mudança e de socialismo tivesse acabado. Como escreve Emir Sader, "terminou a etapa da bipolaridade e o socialismo desapareceu da agenda mundial como atualidade histórica" (A Esquerda depois do Muro). Na feliz expressão do professor de filosofia Ernildo Stein, ficamos todos e todas ‘orfãos da utopia’.
O capitalismo, que passara por sucessivas crises, aproveitou a oportunidade histórica. "Havia pelo menos 15 anos que um pensamento econômico e político desafiava, com crescente êxito, a economia e a política agonizantes do comunismo. Por isso, quando ruíram as ditaduras comunistas, o ‘neoliberalismo’ apareceu como a grande alternativa" (Nossos muros caíram, Renato Janine Ribeiro, Valor Econômico,, Caderno E &, 23.10.09, p. 24).
No Brasil, dou-me conta e consigo avaliar melhor hoje, além do medo criado na população caso houvesse uma eventual vitória de Lula - o comunismo está chegando, quem tem duas casas vai ter que entregar uma, etc. -, além das manobras da mídia conservadora - Míriam Cordeiro e o último debate na Globo -, a vitória de Collor tornou-se possível e mais fácil. Afinal, o Muro de Berlim caíra, o projeto socialista fracassara. Por que um operário metalúrgico ganharia as eleições no Brasil com ideário próximo ao Leste europeu, quando o resto do mundo o rejeitara e o catalogara como ditadura, falta de liberdade, ausência de desenvolvimento econômico, opressão, etc.? Por que instaurar no Brasil o que acabara no resto do mundo? Esse foi o clima criado e o tom da campanha eleitoral de Collor.
O fim da ditadura militar, as Diretas-Já, a Constituinte e suas mobilizações, a ascensão das lutas de massa, através de movimentos sociais de articulação nacional, indicavam, na sua continuidade e por lógica, a vitória de Lula, a libertação, a democracia conquistada, os direitos do povo trabalhador, um governo democrático-popular.
A queda do Muro de Berlim interrompeu tudo isso e "o neoliberalismo tornou-se dominante não apenas como política de governo, mas como modelo hegemônico, como valores, como forma de vida. O individualismo possessivo, o mercado, o egoísmo, o consumismo, os shopping centers, as grandes marcas, as empresas como símbolo do dinamismo econômico, entre outros valores, passaram a constituir o novo modelo econômico" (Emir Sader, a Esquerda depois do Muro).
Um sonho morreu, pelo menos na forma como se estabeleceu historicamente, em especial nos países do Leste europeu. O pensamento e os valores neoliberais tornaram-se hegemônicos mundialmente, como talvez nunca acontecera com nenhum pensamento e ideologia em outro momento da história.
Outubro de 2009, 20 anos depois, cai outro muro. "Para retomar uma expressão freqüente na França entreguerras, foi o ‘mur d’argent’, o muro do dinheiro (neoliberal)" (Renato Janine Ribeiro). Para os lutadores e os que sonham com a transformação econômico-social-cultural, acabou um pesadelo, o do capitalismo neoliberal, antes de desgraçar definitivamente o mundo, jogar grande parte da população mundial do planeta na fome e no desemprego, acabar com o ar respirável e poluir irreversivelmente o meio ambiente e a atmosfera.
A crise econômica, também social, ambiental e de paradigmas, que atravessa o mundo desde 2008, é reflexo do muro da desigualdade, o muro da injustiça, o muro do pensamento único, da ditadura do capital, do lucro e do consumo sem freios nem medidas instalado no mundo a partir de 1989. Com gravíssimas conseqüências para o povo trabalhador, para os pobres, para a vida e sobrevivência da terra.
Ao contrário, porém, do que aconteceu com a queda do Muro de Berlim, quando o capitalismo aproveitou a oportunidade e semeou o modelo neoliberal, desta vez não há um projeto alternativo que possa ser apresentado e implementado. "O espantoso é que, desta vez, ninguém estava preparado para colher os frutos dessa nova queda. A direita e o capital conseguiram triunfar, com a queda do comunismo, em 1989. Mas em 2008, com a exceção da pequena Islândia, a crise não levou nenhum país para a esquerda" (Renato Janine Ribeiro).
Há, é verdade, ensaios com os governos democráticos, populares e progressistas eleitos nos últimos anos na América Latina. Com diferenças entre si, são novidade e procuram implementar formas alternativas de desenvolvimento e um novo projeto de sociedade.
O Fórum Social Mundial, que vai comemorar 10 anos em Porto Alegre em janeiro de 2010 (informações: www.fsm10.org), proclama que ‘um outro mundo é possível’, sem adiantar, porém, como será e de que forma pode-se construí-lo.
Há muitas iniciativas, experiências e esforços da sociedade civil em buscar caminhos novos e alternativos - economia solidária, grupos cooperativados de geração de trabalho e renda, conselhos de participação popular, Orçamento Participativo, etc. -, que superem tanto os equívocos e desvios do socialismo real derrubados pelo Muro de Berlim quanto os perigos do neoliberalismo predador assinalados pela queda do muro do dinheiro.
O caminho é longo e não é fácil. Mas antes que seja tarde, de preferência de baixo para cima, é preciso trilhá-lo no rumo da democracia, da igualdade, da justiça social, da liberdade. Em vez de novos muros a serem derrubados, um novo sonho, ou um outro mundo possível, é necessário e urgente. Deles não se pode desistir.
Selvino Heck
9 de novembro de 1989. Nos últimos dias, jornais, noticiosos e imprensa perguntam pessoas do povo e personalidades sobre onde estavam nesta data. Não lembro exatamente o que eu fazia. Mas, em início de outubro de 1989, dias antes, terminara a Constituinte do Rio Grande do Sul, quando eu e outros três bravos companheiros deputados estaduais votamos contra a nova Constituição estadual, embora a assinássemos. E estávamos às vésperas do primeiro turno da primeira eleição para presidente depois de décadas de ditadura, que então acontecia em 15 de novembro, e eu era o Coordenador Geral da campanha Lula no Rio Grande do Sul.
A preocupação geral era levar Lula ao segundo turno. Num Estado de larga tradição trabalhista, a cada nova pesquisa eleitoral os votos de Lula minguavam e os de Leonel Brizola, ex-governador, ex-comandante do Movimento da Legalidade em 1961, cresciam geometricamente, o que poderia levá-lo para o segundo turno contra Collor. Os resultados no Rio Grande do Sul tendiam a ser determinantes. (Lula acabou tendo cerca de 6% dos votos no Rio Grande, foi para o segundo turno, Brizola mais de 60%, convertidos quase integralmente para Lula na etapa final de dezembro, não suficientes, porém, para derrotar Collor).
A queda do Muro de Berlim, portanto, no plano imediato e diário, não estava no centro das atenções e preocupações, embora todos acompanhássemos os acontecimentos e as informações. Mas do ponto de vista histórico, olhando para trás 20 anos depois, é possível dar-se conta e dimensionar seu grande significado.
Mesmo quem não comungava do marxismo ortodoxo ou quem tinha profundas críticas ao socialismo real, como era o caso da maioria das lideranças e militantes dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores e dos lutadores e lutadoras da causa da transformação econômico-social, o horizonte de todos e todas era o socialismo. O mundo estava dividido em dois blocos. As referências e análises levavam em conta, eram feitas e agia-se a partir desta divisão. De alguma maneira, o socialismo do Leste pairava no ar e servia de bússola.
A partir de 9 de novembro de 1989, não existiam mais dois blocos dividindo política e ideologicamente o mundo. Para muitos e muitas, na prática, era quase como se o sonho de mudança e de socialismo tivesse acabado. Como escreve Emir Sader, "terminou a etapa da bipolaridade e o socialismo desapareceu da agenda mundial como atualidade histórica" (A Esquerda depois do Muro). Na feliz expressão do professor de filosofia Ernildo Stein, ficamos todos e todas ‘orfãos da utopia’.
O capitalismo, que passara por sucessivas crises, aproveitou a oportunidade histórica. "Havia pelo menos 15 anos que um pensamento econômico e político desafiava, com crescente êxito, a economia e a política agonizantes do comunismo. Por isso, quando ruíram as ditaduras comunistas, o ‘neoliberalismo’ apareceu como a grande alternativa" (Nossos muros caíram, Renato Janine Ribeiro, Valor Econômico,, Caderno E &, 23.10.09, p. 24).
No Brasil, dou-me conta e consigo avaliar melhor hoje, além do medo criado na população caso houvesse uma eventual vitória de Lula - o comunismo está chegando, quem tem duas casas vai ter que entregar uma, etc. -, além das manobras da mídia conservadora - Míriam Cordeiro e o último debate na Globo -, a vitória de Collor tornou-se possível e mais fácil. Afinal, o Muro de Berlim caíra, o projeto socialista fracassara. Por que um operário metalúrgico ganharia as eleições no Brasil com ideário próximo ao Leste europeu, quando o resto do mundo o rejeitara e o catalogara como ditadura, falta de liberdade, ausência de desenvolvimento econômico, opressão, etc.? Por que instaurar no Brasil o que acabara no resto do mundo? Esse foi o clima criado e o tom da campanha eleitoral de Collor.
O fim da ditadura militar, as Diretas-Já, a Constituinte e suas mobilizações, a ascensão das lutas de massa, através de movimentos sociais de articulação nacional, indicavam, na sua continuidade e por lógica, a vitória de Lula, a libertação, a democracia conquistada, os direitos do povo trabalhador, um governo democrático-popular.
A queda do Muro de Berlim interrompeu tudo isso e "o neoliberalismo tornou-se dominante não apenas como política de governo, mas como modelo hegemônico, como valores, como forma de vida. O individualismo possessivo, o mercado, o egoísmo, o consumismo, os shopping centers, as grandes marcas, as empresas como símbolo do dinamismo econômico, entre outros valores, passaram a constituir o novo modelo econômico" (Emir Sader, a Esquerda depois do Muro).
Um sonho morreu, pelo menos na forma como se estabeleceu historicamente, em especial nos países do Leste europeu. O pensamento e os valores neoliberais tornaram-se hegemônicos mundialmente, como talvez nunca acontecera com nenhum pensamento e ideologia em outro momento da história.
Outubro de 2009, 20 anos depois, cai outro muro. "Para retomar uma expressão freqüente na França entreguerras, foi o ‘mur d’argent’, o muro do dinheiro (neoliberal)" (Renato Janine Ribeiro). Para os lutadores e os que sonham com a transformação econômico-social-cultural, acabou um pesadelo, o do capitalismo neoliberal, antes de desgraçar definitivamente o mundo, jogar grande parte da população mundial do planeta na fome e no desemprego, acabar com o ar respirável e poluir irreversivelmente o meio ambiente e a atmosfera.
A crise econômica, também social, ambiental e de paradigmas, que atravessa o mundo desde 2008, é reflexo do muro da desigualdade, o muro da injustiça, o muro do pensamento único, da ditadura do capital, do lucro e do consumo sem freios nem medidas instalado no mundo a partir de 1989. Com gravíssimas conseqüências para o povo trabalhador, para os pobres, para a vida e sobrevivência da terra.
Ao contrário, porém, do que aconteceu com a queda do Muro de Berlim, quando o capitalismo aproveitou a oportunidade e semeou o modelo neoliberal, desta vez não há um projeto alternativo que possa ser apresentado e implementado. "O espantoso é que, desta vez, ninguém estava preparado para colher os frutos dessa nova queda. A direita e o capital conseguiram triunfar, com a queda do comunismo, em 1989. Mas em 2008, com a exceção da pequena Islândia, a crise não levou nenhum país para a esquerda" (Renato Janine Ribeiro).
Há, é verdade, ensaios com os governos democráticos, populares e progressistas eleitos nos últimos anos na América Latina. Com diferenças entre si, são novidade e procuram implementar formas alternativas de desenvolvimento e um novo projeto de sociedade.
O Fórum Social Mundial, que vai comemorar 10 anos em Porto Alegre em janeiro de 2010 (informações: www.fsm10.org), proclama que ‘um outro mundo é possível’, sem adiantar, porém, como será e de que forma pode-se construí-lo.
Há muitas iniciativas, experiências e esforços da sociedade civil em buscar caminhos novos e alternativos - economia solidária, grupos cooperativados de geração de trabalho e renda, conselhos de participação popular, Orçamento Participativo, etc. -, que superem tanto os equívocos e desvios do socialismo real derrubados pelo Muro de Berlim quanto os perigos do neoliberalismo predador assinalados pela queda do muro do dinheiro.
O caminho é longo e não é fácil. Mas antes que seja tarde, de preferência de baixo para cima, é preciso trilhá-lo no rumo da democracia, da igualdade, da justiça social, da liberdade. Em vez de novos muros a serem derrubados, um novo sonho, ou um outro mundo possível, é necessário e urgente. Deles não se pode desistir.
C. G. Jung e o mundo espiritual
Postado por Attman e Kamadon
Leonardo Boff *
Coordenei junto à Editora Vozes a tradução da obra completa do psicanalista C. G. Jung (18 tomos), o que o tornou um dos meus principais interlocutores intelectuais. Poucos estudiosos da alma humana deram mais importância à espiritualidade do que ele. Via na espiritualidade uma exigência fundamental e arquetípica da psiqué na escalada rumo à plena individuação. A imago Dei ou o arquétipo Deus ocupa o centro do Self: aquela Energia poderosa que atrai a si todos os arquétipos e os ordena ao seu redor como o sol o faz com os planetas. Sem a integração deste arquétipo axial, o ser humano fica manco e míope e com uma incompletude abissal. Por isso escreveu:
"Entre todos os meus clientes na segunda metade da vida, isto é, com mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu, em todos os tempos, a seus seguidores. E nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro. Não depende absolutamente de uma adesão a um credo particular, nem de tornar-se membro de uma igreja, mas da necessidade de integrar a dimensão espiritual".
A função principal da religião, melhor, da espiritualidade é nos religar a todas as coisas e à Fonte donde promana todo o ser, Deus. Esse é o propósito básico de seu grandioso livro Mysterium Coniunctionis (Mistério da Conjunção) que Jung considerava seu opus magnum. Pois nele se trata de realizar a coniuntio, traduzindo, a conjunção do ser humano integral com o mundus unus, o mundo unificado, o mundo do primeiro dia criação quando tudo era um e não havia ainda nenhuma divisão e diferenciação.
Era a situação plenamente urobórica do ser. Esclarecendo: uroboros era a serpente primigênia, enrolada sobre si mesma e engolindo a própria extremidade, arquétipo que representa a unidade originaria antes das diferenciações entre masculino e feminino, corpo e espírito, Deus e mundo. Essa fusão é o anseio mais secreto e radical do ser humano e o permanente chamado do Self.
Espiritualidade significa vivenciar esta situação na medida em que é permanentemente buscada, mesmo que não se deixe apreender e se desloque sempre um passo a frente. O drama do ser humano atual é ter perdido a espiritualidade e sua capacidade de viver um sentimento de conexão. O que se opõe à religião ou à espiritualidade não é a irreligião ou o ateísmo, mas a incapacidade de ligar-se e religar-se com todas as coisas. Hoje as pessoas estão desconectadas da Terra, da anima (da dimensão do sentimento profundo) e por isso sem espiritualidade.
Para C. G. Jung o grande problema atual é de natureza psicológica. Não da psicologia entendida como disciplina ou apenas como uma dimensão da psiqué. Mas psicologia no sentido abrangente dado por ele como a totalidade da vida e do universo enquanto percebidos e referidos ao ser humano seja pelo consciente seja pelo inconsciente pessoal e coletivo. É neste sentido que escreveu:
"É minha convicção mais profunda de que, a partir de agora, até a um futuro indeterminado, o verdadeiro problema é de ordem psicológica. A alma é o pai e a mãe de todas as dificuldades não resolvidas que lançamos ao céu."
A Terra está doente porque nós estamos doentes. Na medida em que nos transformamos, transformaremos também a Terra. Jung buscou esta transformação até a sua morte. Ela é um dos poucos caminhos que nos pode levar para fora da atual crise e que inaugura um novo ensaio civilizatório, assim como o imaginava Jung, mais integrado com o todo, mais individualizado e mais espiritual.
C. G. Jung se mostra um mestre e um guia que nos traça um mapa apto a nos orientar nestes momentos dramáticos em que vive a humanidade. Como acreditava profundamente no Transcendente e no mudo espiritual, será seguramente o capital espiritual, agora colocado no centro de nossas buscas, que nos permitirá viver com sentido a fase nova da Terra e da Humanidade, a fase planetária e espiritual.
Leonardo Boff *
Coordenei junto à Editora Vozes a tradução da obra completa do psicanalista C. G. Jung (18 tomos), o que o tornou um dos meus principais interlocutores intelectuais. Poucos estudiosos da alma humana deram mais importância à espiritualidade do que ele. Via na espiritualidade uma exigência fundamental e arquetípica da psiqué na escalada rumo à plena individuação. A imago Dei ou o arquétipo Deus ocupa o centro do Self: aquela Energia poderosa que atrai a si todos os arquétipos e os ordena ao seu redor como o sol o faz com os planetas. Sem a integração deste arquétipo axial, o ser humano fica manco e míope e com uma incompletude abissal. Por isso escreveu:
"Entre todos os meus clientes na segunda metade da vida, isto é, com mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu, em todos os tempos, a seus seguidores. E nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro. Não depende absolutamente de uma adesão a um credo particular, nem de tornar-se membro de uma igreja, mas da necessidade de integrar a dimensão espiritual".
A função principal da religião, melhor, da espiritualidade é nos religar a todas as coisas e à Fonte donde promana todo o ser, Deus. Esse é o propósito básico de seu grandioso livro Mysterium Coniunctionis (Mistério da Conjunção) que Jung considerava seu opus magnum. Pois nele se trata de realizar a coniuntio, traduzindo, a conjunção do ser humano integral com o mundus unus, o mundo unificado, o mundo do primeiro dia criação quando tudo era um e não havia ainda nenhuma divisão e diferenciação.
Era a situação plenamente urobórica do ser. Esclarecendo: uroboros era a serpente primigênia, enrolada sobre si mesma e engolindo a própria extremidade, arquétipo que representa a unidade originaria antes das diferenciações entre masculino e feminino, corpo e espírito, Deus e mundo. Essa fusão é o anseio mais secreto e radical do ser humano e o permanente chamado do Self.
Espiritualidade significa vivenciar esta situação na medida em que é permanentemente buscada, mesmo que não se deixe apreender e se desloque sempre um passo a frente. O drama do ser humano atual é ter perdido a espiritualidade e sua capacidade de viver um sentimento de conexão. O que se opõe à religião ou à espiritualidade não é a irreligião ou o ateísmo, mas a incapacidade de ligar-se e religar-se com todas as coisas. Hoje as pessoas estão desconectadas da Terra, da anima (da dimensão do sentimento profundo) e por isso sem espiritualidade.
Para C. G. Jung o grande problema atual é de natureza psicológica. Não da psicologia entendida como disciplina ou apenas como uma dimensão da psiqué. Mas psicologia no sentido abrangente dado por ele como a totalidade da vida e do universo enquanto percebidos e referidos ao ser humano seja pelo consciente seja pelo inconsciente pessoal e coletivo. É neste sentido que escreveu:
"É minha convicção mais profunda de que, a partir de agora, até a um futuro indeterminado, o verdadeiro problema é de ordem psicológica. A alma é o pai e a mãe de todas as dificuldades não resolvidas que lançamos ao céu."
A Terra está doente porque nós estamos doentes. Na medida em que nos transformamos, transformaremos também a Terra. Jung buscou esta transformação até a sua morte. Ela é um dos poucos caminhos que nos pode levar para fora da atual crise e que inaugura um novo ensaio civilizatório, assim como o imaginava Jung, mais integrado com o todo, mais individualizado e mais espiritual.
C. G. Jung se mostra um mestre e um guia que nos traça um mapa apto a nos orientar nestes momentos dramáticos em que vive a humanidade. Como acreditava profundamente no Transcendente e no mudo espiritual, será seguramente o capital espiritual, agora colocado no centro de nossas buscas, que nos permitirá viver com sentido a fase nova da Terra e da Humanidade, a fase planetária e espiritual.
2012. O QUE VAI ACONTEÇER?
Civilização Maia
Tradução: Isaac Lutti - Assessor de língua espanhola do CUB
FONTE: FAO
A Realização das detalhadas profecias que a antiga cultura Maia fez para o período correspondente entre os anos 1992 e 2012 do nosso calendário gera um grande mistério e uma pergunta inquietante: Encontramos-nos realmente vivendo o final de una era cósmica e veremos dentro de quatro anos o amanhecer bem diferente do que conhecemos?
Os científicos não sabem o que está acontecendo com o Sol. No dia 20 de janeiro de 2005, uma surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com sua máxima radiação 15 minutos após as explosões. Normalmente, demorariam 2 horas para chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Califórnia Institute of Technology, foi a mais violenta e mais misteriosa dos últimos 50 anos.
Os cientistas acreditavam que as tempestades se formavam na coroa solar pelas ondas de choque associadas a erupções do plasma. Entretanto, neste caso parece haver se originado estranhamente no interior do astro rei, segundo afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O professor Lin – principal pesquisador do satélite Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager (RHESSI)– expressou sua conclusão com uma frase muito simples: "Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona".
Resumindo: O inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto.
E porque o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala neste momento? O pico máximo de atividade da nossa estrela - no seu ciclo principal de 11 anos - aconteceu no ano 2000.
Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas, onde isso sempre anuncia a proximidade de alguma atividade no Sol.
Essa atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente nas vésperas da data para a qual os antigos Maias profetizaram o final da era correspondente ao "Quinto Sol" e o começo de outro ciclo cósmico, chamado "Sexto Sol".
Os Maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Os textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro rei?
E sobre tudo, por que motivo eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias naquela época?
O Calendário Maia termina de repente no sábado 23 de dezembro de 2012, 5.125 anos depois de se iniciar a era do "Quinto Sol".
Segundo as profecias, a causa física desse término é que o Sol receberia um raio oriundo do centro da galáxia e emitiria una imensa "chama radioativa" que transmitiria a radiação a Terra e conseqüentemente a todo o sistema solar. Este evento acontece antes do começo de um novo ciclo cósmico.
Segundo os dados Maias, já houve cinco ciclos de 5.125 anos, completando uma série de 25.625 anos, período muito próximo ao da "precessão dos equinócios", conhecido como "Ano Platônico" ou "Grande ano Egípcio", correspondente a um ciclo completo formado por 12 eras astrológicas (25.920 anos).
Segundo os Maias, a cada ciclo de 5.125 anos finaliza o prazo de uma humanidade (raça) na terra – primeiro a destruição, seguida pela regeneração que traz o ciclo seguinte, o "Sol". No começo são feitas sincronizações da "respiração" de todas as estrelas, planetas e seres.
No dia 11 de agosto de 3.113 a.C. os Maias fixaram o nascimento do "Quinto Sol" – A era atual – cujo final será em 2012. A era da água acabou com o Dilúvio, a seguinte foi com o dilúvio de fogo e a nossa chamada de "Era do Movimento", chegará ao fim com violentos terremotos, erupções vulcânicas e furacões devastadores.
A mitologia de várias culturas antigas fala de inundações catastróficas que aconteceram há uns 12.000 anos e de misteriosas chuvas de fogo, há cerca de 5.000 anos, onde pesquisadores como Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre.
A profecia Maia também descreve os 20 anos anteriores ao primeiro dia do "Sexto Sol" com certo detalhe. Este ciclo menor, denominado Katum, já chegou a quase dois terços da sua duração total. Ele nos permite verificar até que ponto da atualidade foi cumprido suas profecias e conseqüentemente, decidir se seus acertos merecem suficiente credibilidade.
O último Katum – denominado por eles "o tempo do não tempo" teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após a um eclipse do Sol que eles profetizaram para o dia 11 de julho de 1991 e que aconteceu realmente. No entendimento dos Maias, se trata de um período de transição, caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas.
Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes como a orientação migratória das aves e cetáceos e inclusive o funcionamento da aviação.
Em 1996, a sonda espacial Soho descobre que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogeneizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no Sol e em 1998 a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia onda ninguém soube explicar.
Outra data importante da profecia Maia foi o eclipse total do Sol em 11 de agosto de 1999 que aconteceu exatamente como eles falaram. Segundo o Chilam Balam (livro sagrado Maia) após sete anos do início do último Katum (1999) começa uma era de escuridão e os desastres na terra (terremotos, furações e erupções vulcânicas) aumentariam consideravelmente.
No dia 15 de agosto de 1999, 1 mês após o mencionado eclipse, aconteceu uma misteriosa explosão vindo do espaço e por causa disso algumas estrelas ficaram em eclipse durante horas.
As radiações das ondas de radio, raios gama e raios X multiplicaram sua intensidade em 120%.
Os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do Observatório Radio astronômico do Novo México (EE UU), qualificaram esse fenômeno como um enigma "digno de uma investigação minuciosa"
O raio e a chama radioativa
Diante desses acontecimentos podemos se perguntar: Poderia ser essa misteriosa e inexplicável radiação de 1999 o raio proveniente do centro da galáxia que segundo os Maias, alcançaria o Sol antes do ano 2012 resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Podemos se perguntar também sobre a "chama radioativa" que segundo os Maias, o Sol emitiria após receber esse "raio". A Igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005 que deixou perplexos e sem respostas os cientistas pode ser esse acontecimento?
O eclipse de 11 de agosto de 1999 que antecedeu a forte radiação vinda do espaço no dia 15 de setembro de 2005 inaugurou um período de cataclismos naturais.
No dia 7 desse mesmo mês houve um terremoto de 5.9° (escala Richer) na Grécia, com 218 mortos. Dia 8, inundações catastróficas na China com milhares de mortos. Dia 17, um terremoto de 7,4º na Turquia com 15.000 mortos. Dia 20, um terremoto de 7,6º em Taiwan com 2.000 mortos. Dia 22, uma cadeia de terremotos entre 2º e 5,2º em todo o planeta. Um terremoto em Oaxaca (México), seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás com mais de 100 mortos e dia 10 de outubro as chuvas produziram 300 mortos e 500.000 afetados também no México.
Não se trata de uma lista exaustiva de catástrofes, são somente alguns fenômenos que aconteceram nos dois meses posteriores ao eclipse de agosto.
Esses dados também falam sobre o grande aumento dos sismos, erupções vulcânicas e meteoros violentos. A comparação da intensidade e da quantidade que esses fenômenos aconteceram nos anos anteriores revela que houve um grande crescimento desses fatos no período que os Maias denominaram de "o tempo do não tempo".
Depois a potente e anômala radiação emitida pelo Sol no dia 20 de janeiro de 2004 cresceram o número de erupções vulcânicas. Durante esse ano foi registrado 31 erupções significativas.
Existem outras confirmações
A partir de 1999 se incrementariam as guerras e a destruição. O eclipse teve sua sombra sobre o oriente médio mais precisamente sobre o Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Índia, todas sendo áreas de conflitos sérios. Próximo de 2012 uma onda de calor aumentaria a temperatura do planeta produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais sem precedentes com uma rapidez assombrosa. E estamos dentro dessa dinâmica. O acelerado derretimento da camada glacial em todo o mundo e a aparição de zonas verdes na Antártida é um feito confirmado cientificamente. Os cientistas também anunciaram as mudanças que estão acontecendo no Sol.
As profecias Maias falam da aparição de um cometa com alta probabilidade de impacto com a terra. Curiosamente, também no Apocalipse de São João se profetiza a chegada desse cometa chamado "Ajenjo" como o sinal do "Final dos Tempos". Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999, não só teve o eclipse total do milênio, mas teve também a formação de uma configuração astrológica muito rara: A grande luz cósmica formada pelos signos de Touro, Leão, Escorpião e Aquário, pelo Sol, pela Lua e três planetas (ANO/ZERO, 102)
Esta Cruz também é dita no Apocalipse porque evoca os "quatro moradores do Trono"
O primeiro é descrito como "semelhante a um leão (Leo). O segundo semelhante a um touro (Tauro), o terceiro "com semblante humano" (Aquário) e o quarto semelhante com uma águia (Escorpio).
Estamos diante de um simbolismo complexo que encaixa as profecias Maias do começo do "Sexto Sol", uma nova era que segundo sua predição acabará com o "tempo do medo" e uma humanidade renovada pelo cosmo construirá uma civilização superior que a atual.
Com toda essa expectativa é inevitável não lembrar a mestres como o Sri Aurobindo que junto com sua companheira Madre e seu discípulo Satprem promoveram uma transformação fisiológica convencidos de que um ser humano superior deve produzir "o despertar" do corpo das células até o átomo.
Uma evolução programada
Aurobindo ensinou que aconteceria um "pouso de luz superior nas partes mais baixas da natureza" onde favoreceria o acesso do ser humano a um nível de consciência mais elevado do que o atual.
Poderia essa mudança ser ativada ou favorecida por esse grande evento cósmico que foi anunciado pelas profecias Maias? Pode esse salto vibracional do universo, transmitido pelo universo ao Sol e do Sol para a Terra estar impulsionando a "grande transformação" que segundo os Maias chegará definitivamente ao nosso planeta no sábado 23 de dezembro de 2012?
Todas as profecias afirmam veementes a respeito de um salto qualitativo na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só pode ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada um dos humanos.
No final desse último Katum, o Céu nos coloca ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação.
Encontramos-nos numa espécie de "terra de ninguém". Estamos numa fase definitiva onde já não pertencemos a nenhuma era. E provavelmente daqui a quatro anos, quando "a porta cósmica" se abrir estaremos numa era renovada.
Em qualquer dos casos nos parece evidente que os acontecimentos estão de acordo com as profecias Maias o suficiente para que possamos estudá-las seriamente sem prejudicar tudo o que sabemos do mundo.
A evolução biológica e psicoespiritual respondem a uma programação cósmica inteligente?
Esta é sem dúvida o grande mistério da humanidade.
Tradução: Isaac Lutti - Assessor de língua espanhola do CUB
FONTE: FAO
A Realização das detalhadas profecias que a antiga cultura Maia fez para o período correspondente entre os anos 1992 e 2012 do nosso calendário gera um grande mistério e uma pergunta inquietante: Encontramos-nos realmente vivendo o final de una era cósmica e veremos dentro de quatro anos o amanhecer bem diferente do que conhecemos?
Os científicos não sabem o que está acontecendo com o Sol. No dia 20 de janeiro de 2005, uma surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com sua máxima radiação 15 minutos após as explosões. Normalmente, demorariam 2 horas para chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Califórnia Institute of Technology, foi a mais violenta e mais misteriosa dos últimos 50 anos.
Os cientistas acreditavam que as tempestades se formavam na coroa solar pelas ondas de choque associadas a erupções do plasma. Entretanto, neste caso parece haver se originado estranhamente no interior do astro rei, segundo afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O professor Lin – principal pesquisador do satélite Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager (RHESSI)– expressou sua conclusão com uma frase muito simples: "Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona".
Resumindo: O inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto.
E porque o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala neste momento? O pico máximo de atividade da nossa estrela - no seu ciclo principal de 11 anos - aconteceu no ano 2000.
Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas, onde isso sempre anuncia a proximidade de alguma atividade no Sol.
Essa atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente nas vésperas da data para a qual os antigos Maias profetizaram o final da era correspondente ao "Quinto Sol" e o começo de outro ciclo cósmico, chamado "Sexto Sol".
Os Maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Os textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro rei?
E sobre tudo, por que motivo eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias naquela época?
O Calendário Maia termina de repente no sábado 23 de dezembro de 2012, 5.125 anos depois de se iniciar a era do "Quinto Sol".
Segundo as profecias, a causa física desse término é que o Sol receberia um raio oriundo do centro da galáxia e emitiria una imensa "chama radioativa" que transmitiria a radiação a Terra e conseqüentemente a todo o sistema solar. Este evento acontece antes do começo de um novo ciclo cósmico.
Segundo os dados Maias, já houve cinco ciclos de 5.125 anos, completando uma série de 25.625 anos, período muito próximo ao da "precessão dos equinócios", conhecido como "Ano Platônico" ou "Grande ano Egípcio", correspondente a um ciclo completo formado por 12 eras astrológicas (25.920 anos).
Segundo os Maias, a cada ciclo de 5.125 anos finaliza o prazo de uma humanidade (raça) na terra – primeiro a destruição, seguida pela regeneração que traz o ciclo seguinte, o "Sol". No começo são feitas sincronizações da "respiração" de todas as estrelas, planetas e seres.
No dia 11 de agosto de 3.113 a.C. os Maias fixaram o nascimento do "Quinto Sol" – A era atual – cujo final será em 2012. A era da água acabou com o Dilúvio, a seguinte foi com o dilúvio de fogo e a nossa chamada de "Era do Movimento", chegará ao fim com violentos terremotos, erupções vulcânicas e furacões devastadores.
A mitologia de várias culturas antigas fala de inundações catastróficas que aconteceram há uns 12.000 anos e de misteriosas chuvas de fogo, há cerca de 5.000 anos, onde pesquisadores como Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre.
A profecia Maia também descreve os 20 anos anteriores ao primeiro dia do "Sexto Sol" com certo detalhe. Este ciclo menor, denominado Katum, já chegou a quase dois terços da sua duração total. Ele nos permite verificar até que ponto da atualidade foi cumprido suas profecias e conseqüentemente, decidir se seus acertos merecem suficiente credibilidade.
O último Katum – denominado por eles "o tempo do não tempo" teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após a um eclipse do Sol que eles profetizaram para o dia 11 de julho de 1991 e que aconteceu realmente. No entendimento dos Maias, se trata de um período de transição, caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas.
Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes como a orientação migratória das aves e cetáceos e inclusive o funcionamento da aviação.
Em 1996, a sonda espacial Soho descobre que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogeneizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no Sol e em 1998 a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia onda ninguém soube explicar.
Outra data importante da profecia Maia foi o eclipse total do Sol em 11 de agosto de 1999 que aconteceu exatamente como eles falaram. Segundo o Chilam Balam (livro sagrado Maia) após sete anos do início do último Katum (1999) começa uma era de escuridão e os desastres na terra (terremotos, furações e erupções vulcânicas) aumentariam consideravelmente.
No dia 15 de agosto de 1999, 1 mês após o mencionado eclipse, aconteceu uma misteriosa explosão vindo do espaço e por causa disso algumas estrelas ficaram em eclipse durante horas.
As radiações das ondas de radio, raios gama e raios X multiplicaram sua intensidade em 120%.
Os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do Observatório Radio astronômico do Novo México (EE UU), qualificaram esse fenômeno como um enigma "digno de uma investigação minuciosa"
O raio e a chama radioativa
Diante desses acontecimentos podemos se perguntar: Poderia ser essa misteriosa e inexplicável radiação de 1999 o raio proveniente do centro da galáxia que segundo os Maias, alcançaria o Sol antes do ano 2012 resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Podemos se perguntar também sobre a "chama radioativa" que segundo os Maias, o Sol emitiria após receber esse "raio". A Igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005 que deixou perplexos e sem respostas os cientistas pode ser esse acontecimento?
O eclipse de 11 de agosto de 1999 que antecedeu a forte radiação vinda do espaço no dia 15 de setembro de 2005 inaugurou um período de cataclismos naturais.
No dia 7 desse mesmo mês houve um terremoto de 5.9° (escala Richer) na Grécia, com 218 mortos. Dia 8, inundações catastróficas na China com milhares de mortos. Dia 17, um terremoto de 7,4º na Turquia com 15.000 mortos. Dia 20, um terremoto de 7,6º em Taiwan com 2.000 mortos. Dia 22, uma cadeia de terremotos entre 2º e 5,2º em todo o planeta. Um terremoto em Oaxaca (México), seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás com mais de 100 mortos e dia 10 de outubro as chuvas produziram 300 mortos e 500.000 afetados também no México.
Não se trata de uma lista exaustiva de catástrofes, são somente alguns fenômenos que aconteceram nos dois meses posteriores ao eclipse de agosto.
Esses dados também falam sobre o grande aumento dos sismos, erupções vulcânicas e meteoros violentos. A comparação da intensidade e da quantidade que esses fenômenos aconteceram nos anos anteriores revela que houve um grande crescimento desses fatos no período que os Maias denominaram de "o tempo do não tempo".
Depois a potente e anômala radiação emitida pelo Sol no dia 20 de janeiro de 2004 cresceram o número de erupções vulcânicas. Durante esse ano foi registrado 31 erupções significativas.
Existem outras confirmações
A partir de 1999 se incrementariam as guerras e a destruição. O eclipse teve sua sombra sobre o oriente médio mais precisamente sobre o Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Índia, todas sendo áreas de conflitos sérios. Próximo de 2012 uma onda de calor aumentaria a temperatura do planeta produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais sem precedentes com uma rapidez assombrosa. E estamos dentro dessa dinâmica. O acelerado derretimento da camada glacial em todo o mundo e a aparição de zonas verdes na Antártida é um feito confirmado cientificamente. Os cientistas também anunciaram as mudanças que estão acontecendo no Sol.
As profecias Maias falam da aparição de um cometa com alta probabilidade de impacto com a terra. Curiosamente, também no Apocalipse de São João se profetiza a chegada desse cometa chamado "Ajenjo" como o sinal do "Final dos Tempos". Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999, não só teve o eclipse total do milênio, mas teve também a formação de uma configuração astrológica muito rara: A grande luz cósmica formada pelos signos de Touro, Leão, Escorpião e Aquário, pelo Sol, pela Lua e três planetas (ANO/ZERO, 102)
Esta Cruz também é dita no Apocalipse porque evoca os "quatro moradores do Trono"
O primeiro é descrito como "semelhante a um leão (Leo). O segundo semelhante a um touro (Tauro), o terceiro "com semblante humano" (Aquário) e o quarto semelhante com uma águia (Escorpio).
Estamos diante de um simbolismo complexo que encaixa as profecias Maias do começo do "Sexto Sol", uma nova era que segundo sua predição acabará com o "tempo do medo" e uma humanidade renovada pelo cosmo construirá uma civilização superior que a atual.
Com toda essa expectativa é inevitável não lembrar a mestres como o Sri Aurobindo que junto com sua companheira Madre e seu discípulo Satprem promoveram uma transformação fisiológica convencidos de que um ser humano superior deve produzir "o despertar" do corpo das células até o átomo.
Uma evolução programada
Aurobindo ensinou que aconteceria um "pouso de luz superior nas partes mais baixas da natureza" onde favoreceria o acesso do ser humano a um nível de consciência mais elevado do que o atual.
Poderia essa mudança ser ativada ou favorecida por esse grande evento cósmico que foi anunciado pelas profecias Maias? Pode esse salto vibracional do universo, transmitido pelo universo ao Sol e do Sol para a Terra estar impulsionando a "grande transformação" que segundo os Maias chegará definitivamente ao nosso planeta no sábado 23 de dezembro de 2012?
Todas as profecias afirmam veementes a respeito de um salto qualitativo na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só pode ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada um dos humanos.
No final desse último Katum, o Céu nos coloca ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação.
Encontramos-nos numa espécie de "terra de ninguém". Estamos numa fase definitiva onde já não pertencemos a nenhuma era. E provavelmente daqui a quatro anos, quando "a porta cósmica" se abrir estaremos numa era renovada.
Em qualquer dos casos nos parece evidente que os acontecimentos estão de acordo com as profecias Maias o suficiente para que possamos estudá-las seriamente sem prejudicar tudo o que sabemos do mundo.
A evolução biológica e psicoespiritual respondem a uma programação cósmica inteligente?
Esta é sem dúvida o grande mistério da humanidade.
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