quarta-feira, 23 de março de 2011

ALCOOLISMO

Postado por Kamadon

O que é ser viciado em bebida? O que é parar de bar em bar e beber? Um carma... É uma situação de vida que é o resultado do gênero de provação pedido pelo espírito antes da encarnação.

Este acontecimento é um carma, mas não é oriundo de um castigo. Ele é a expressão da provação de um gênero de provação e, portanto, serve como instrumento para a elevação espiritual. Aquele que vivencia o alcoolismo como carma bebe, fica grogue, cai, dá vexame e os outros riem dele para ver se este ser muda a sua escolha sentimental. Portanto, é um ato de amor...

Participante: E quando a pessoa não consegue enxergar isso por mais que a famílias e as pessoas ao seu redor tentem ajudá-la?

Desculpe, mas a família do bêbado não age desta forma porque é viciada em querer que ele pare de beber...

Participante: Tá difícil...

Está sim, porque vocês querem colocar culpas onde não há. Os seres humanizados não entendem que quando eles acusam o outro pelo vício do álcool não observam que eles são viciados no não beber...

Lembre-se que o amor universal parte da igualdade e por isso deve dar ao próximo o direito de ser bêbado...

Todas as coisas só acontecem no mundo interno de cada um, ou seja, é problema da pessoa com ela mesma. Agora, quem está de fora, este está lá por que tem o carma de estar e, neste caso, aquele que bebe é apenas instrumento do carma do outro. Sendo assim, afirmo que ele não provoca ferimento em ninguém que não merecesse e precisasse passar por aquilo.

Participante: A bebida vicia o espírito?

Não, não vicia nada. O que vicia é o sentimento e não a coisa material.

A bebida é uma coisa material e por isso não pode agir sobre o espírito. Como diz o Espírito da Verdade é o espírito que age sobre a matéria e não ao contrário.

Um espírito viciado em individualismo, em vaidade, em soberba e que passa pelas provas para vencer estas sensações e não consegue, ou seja, não deixa de sentir estas coisas, pode merecer o carma de se tornar um alcoólatra que vive jogado na sarjeta para ver se este ser vence estas sensações.

Agora, se você é a esposa de um homem e não merece pela sua ação carmática ser casada com um bêbado, pode ter certeza que ou se casará com outro ou irá se separar antes que ele caia no vício. Mas, sendo esposa de um bêbado e convivendo com ele, pode ter certeza que é seu carma vivenciar aquilo. Mas, não basta apenas vivenciar: é preciso amar o bêbado...

Estou falando assim porque a humanidade quando vê alguém no estado de alcoólatra só sabe criticar. Só sabe dizer que é errado, que é feio, que é o alcoolismo dele que está lhe prejudicando e acabando com a família. Onde está o amor nesta forma de agir? Cristo ensinou amar a todos e não apenas os sóbrios.

Amar a todos é amar o sóbrio e o bêbado. É amar a bebedeira, as conseqüências dela, a ausência dele para beber. É amar a tudo...

Participante: Podemos dizer, então, que um viciado em drogas que já não tem mais dinheiro para comprar drogas e por isso rouba a família o vizinho e o seu próximo de um modo geral, além de ter o seu próprio carma é instrumento do carma dos outros quando faz estas coisas?

Todo mundo que faz alguma coisa frente a você é instrumento do seu carma. Se você precisa ser roubado, Deus providenciará um que mereça ser ladrão.

Participante: Mas há uma dependência química?

Desculpe não concordar com você, mas acredito que Deus é Causa Primária de todas as Coisas. Sendo assim, não existe dependência química. Veja este trecho de O Livro dos Espíritos...

07. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas? Mas, então, qual seria a causa primária dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

Então veja. Não é o álcool que embriaga, pois a propriedade de embriaguez do álcool está sujeita a Deus. É por isso que tem seres humanizados que toma muitas cervejas e não fica bêbado enquanto que outros tomam meio copo e ficam.

Tem gente que toma cerveja todo dia, mas não é viciado, ou seja, se não tomar não sofre. Agora tem seres humanizados que toma uma vez por semana, mas se não tomar naquele dia ele sofre. Este é o viciado e não aquele que faz uso diariamente.

O vício não se caracteriza pela quantidade de bebida ou pela rotina de ingerir álcool. Ele é determinado pela dependência, ou seja, a capacidade de não ser feliz quando não tem aquilo que quer. Isso é dependência.

Participante: Gostaria que o senhor nos explicasse como funciona uma coisa. Os vícios, de um modo geral,são uma dependência espiritual, mas para aqueles que vivenciam o vício, Deus dá através do corpo uma reação à falta do elemento pelo qual se é viciado. Como funciona isso?

Como você disse, Deus dá uma reação ao corpo. Mas, ao mesmo tempo em que faz isso, lhe diz que essa reação é motivada pela falta da droga.

Participante: Mas estas reações são iguais para todas as pessoas...

Quem disse que são? Você está julgando, achando...

Veja: nós não podemos generalizar nada... Isso porque qualquer generalização que fizermos será sempre fruto de uma achar individual e não de uma verdade Absoluta,

Na sua pergunta você havia falado dentro da realidade universal. O ser humanizado tem um vício porque tem um carma de ser viciado. A esses, no carma da abstinência, existe a idéia de sentir falta do objeto do vício. Vocês humanos dizem que isso é causado pelo objeto do vício, mas neste momento saiu da realidade universal. A falta não é sentida por causa do objeto do vício, mas porque Deus dá esta idéia ao ser humanizado.

O objeto do vício, no nosso caso a bebida alcoólica não pode causar nada porque ela é material e assim sendo, é apenas uma ilusão, uma idéia. Se o objeto é ilusão, a sensação da falta não pode ser causada por ele, não é mesmo? Seria a mesma coisa dizer que é a bebida que embriaga. Num Universo onde Deus é a Causa Primária, tudo tem que prover primariamente Dele. Sendo assim, é Deus quem dá a embriaguez e vocês humanos acreditam que foi o álcool que fez isso...

Participante: Digamos, então que é uma programação coletiva para todos os habitantes do planeta Terra. Havendo a percepção da falta da matéria (abstinência) Deus dá uma determinada reação material?

Não, porque senão ninguém venceria a droga. Os efeitos da abstinência não podem ser dados como regra, de forma igual a todos, porque senão ninguém conseguiria vencê-la, já que tem alguns que não a vence. Na verdade alguns passam pela abstinência sem receber de Deus determinadas sensações enquanto que outros passam por ela recebendo de Deus sensações diferenciadas.

Participante: Conforme o carma é a abstinência mais significativa ou não?

Perfeito... Conforme o carma, conforme o merecimento...

Digamos que há dois seres humanizados que cheirem cocaína dez vezes por dia. Em algum momento um deles mudou o seu padrão sentimental e o outro não. Aos dois foi gerado o carma da falta da cocaína. Deus dará para aquele que mudou o padrão sentimental uma forma de vivenciar este acontecimento enquanto dará ao outro uma forma diferente de sentir o mesmo momento.

Por este exemplo podemos verificar que o que se sente na abstinência não tem nada a ver com a quantidade ou com a periodicidade do consumo o que irá se sentir na abstinência. O que teve efeito foi a mudança do padrão sentimental de cada um e por causa dela, Deus deu a cada um segundo a sua obra.

Participante: então o que é sentido durante a abstinência também faz parte da história do carma do espírito?

Sim... Igual a tudo da vida: o casamento, o nascimento, adquirir bens, etc...

Então o que é sentido durante a abstinência também faz parte da história do carma do espírito?

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