Postado por Attman e Kamadon
Rui Costa Pimenta,presidente do PCO
A Conferência de Copenhague demonstrou de maneira brilhante o verdadeiro sentido da preocupação mundial com o clima e com o aquecimento global.
A proposta apresentada pelos países imperialistas no sentido de que os países atrasados deveriam não apenas diminuir a sua atividade industrial como financiar toda a operação.
Pode-se discutir muito em torno da realidade maior ou menor que encerram as previsões apocalípticas sobre o aquecimento global. Não há como negar o caráter puramente ideológico das inúmeras teorias que demonstram a impossibilidade científica de um desenvolvimento contínuo desde as teorias de Malthus sobre a população.
A função destas teorias sobre o “fim do mundo” e a “inviabilidade do progresso” é simplesmente conservadora. É preciso mostrar sempre que a melhor solução é deixar tudo como está, ao menos no terreno social. As mudanças são impossíveis.
A bomba atômica, a extinção das espécies, o desmatamento, o aquecimento global foram tantos outros instrumentos ideológicos utilizados para fins conservadores e contra-revolucionários.
O problema não reside em que a questão em si não tenha fundamento real algum, mas que, em uma sociedade dividida em classes, não há questão, verdadeira ou falsa, que não assuma imediatamente um caráter de classe através da maneira como a classe dominante e a classe dominada se proponham a resolvê-la.
O caso da Conferência de Copenhague é ilustrativo exatamente disso. A solução dos países dominantes, imperialistas, é fazer com que os demais paguem e retrocedam. O mercado capitalista está saturado. O capital sobra e não encontra atividade produtiva. Que solução extraordinária não seria a desindustrialização de determinados países oprimidos.
A conferência desfez o mito de uma solução “global”. Não há soluções globais, negociadas democraticamente entre todos os países, há apenas soluções imperialistas.
Assim como nos estados nacionais também não há soluções democráticas, mas apenas as soluções da classe que domina o estado, no mundo não há soluções negociadas em pé de igualdade entre desiguais, apenas os ditames da classe dominante que se expressa através das nações dominantes.
Para os demais, é preciso ficar claro que a solução do problema do clima, seja ela qual for, está subordinada à luta contra o imperialismo.
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