sábado, 23 de janeiro de 2010

CORREA NA LISTA NEGRA DE WASHINTON

Postado por Attman e Kamadon

Rafael Correa é um reformador anti-neoliberal, mas não se
propõe encaminhar o Equador para o socialismo. Passou,
entretanto, a ser também considerado pelo Pentágono como
«inimigo dos EUA» a partir do dia em que declarou que
fecharia a Base Militar de Manta quando expirasse o Acordo
que tinha permitido a sua instalação.
A maneira como defendeu a soberania do seu pais em
situações de conflito com transnacionais petrolíferas e
bananeiras que a desrespeitavam e as excelentes relações
que desenvolveu com a Venezuela, a Bolívia e Cuba contribuíram para piorar as relações de Washington com o
jovem presidente do Equador. E a tensão aumentou quando
o governo de Quito apresentou provas de que a Base de
Manta tinha colaborado activamente com a força aérea
colombiana na preparação do bombardeamento em
território do Equador do acampamento do comandante Raul
Reyes, das FARC, agressão pirata que provocou então o
rompimento de relações com o governo de Uribe.
A dignidade e firmeza de Rafael Correia na defesa da
independência nacional conquistaram o respeito do seu
povo, mas a agressividade da direita oligárquica, apoiada
pelos EUA, aconselha muita prudência nas previsões sobre o
futuro próximo. Na prática é muito reduzido o poder real de
um presidente patriota e progressista num país que no final do
século XX foi forçado pelos EUA a adoptar o do lar como
moeda nacional.
XXX
O discurso humanista de Barack Obama não emociona mais
a maioria daqueles que acreditaram nas promessas da sua
campanha. Os actos do presidente dos EUA desmentem-lhe
as palavras. O cidadão distinguido com o Premio Nobel da
Paz aprova e incentiva uma politica que promove o
terrorismo, estimula o militarismo e tem contribuído para a
intensificação e alastramento das guerras desencadeadas
pelo seu país no Médio Oriente e na Ásia Central.
O actual orçamento de defesa dos EUA, de 700 000 milhões
de dólares é superior a todos os demais orçamentos militares
do mundo somados.
Relativamente à América Latina, o compromisso de uma
nova politica é negado pela realidade. A nova estratégia
intervencionista da Casa Branca para o Sul do Hemisfério é
mais intervencionista e perigosa do que de George Bush.
Do Rio Grande à Patagónia os povos começam a tomar
consciência dessa ameaça. Os alvos prioritários são a
Venezuela bolivariana e a Bolívia. Grandes lutas contra o
imperialismo estadounidense esboçam-se no horizonte.

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