domingo, 8 de agosto de 2010

O sétimo sentido

Postado por Kamadon

Para experimentarmos o mundo, sobrevivermos e respondermos a ele, a natureza nos equipou com cinco sentidos: audição, tato, visão, paladar e olfato. E assim através dos sons, da música, da nossa e da voz das pessoas e de tudo ao nosso redor, ouvimos. Sentimos através do tato a textura, a maciez, o calor, o frio, a pressão a espessura e aspereza das coisas. Pelos olhos, as janelas de nossa alma, enxergamos a luz, os outros, os objetos e os caminhos. Com o paladar sentimos os sabores, os gostos e experimentamos o prazer de matar a fome e saciar a sede. Com o olfato sentimos o cheiro, dos perfumes, a fragrância das flores, o fedor dos apodrecimentos, mas aspiramos também profundamente o bálsamo do ar que respiramos.

Além dos sentidos sensoriais surge então o sexto sentido que é chamado de intuição. Ela é uma forma de conhecimento que está dentro de todos nós, o senso comum ainda considera a intuição um conhecimento de risco porque depende do nosso mundo interior e da confiança que temos em si. Se nossa auto-estima é frágil assim também será a nossa intuição. A intuição vem do termo latim intueri e significa “ver por dentro”. É uma informação interna e aparece na forma de uma profunda emoção e autoconfiança. Segundo.Jung a intuição é uma capacidade inconsciente de perceber possibilidades: "Sei que o caminho é por ali, mas não sei explicar o motivo".

A evolução humana trouxe para o intelecto humano o sétimo sentido.Durante muitos séculos a discussão a respeito da consciência giravam em torno da moral cristã e da razão humana até que surgiu Freud e sua teoria do superego.Para ele durante a formação normal da mente de uma criança internaliza- se dentro dela a autoridade através da figura dos pais.Com essa descoberta ele tira das mãos de Deus a responsabilidade pelos nossos atos e joga nos braços da família o encargo de formar a personalidade dos filhos.O superego é o nosso "super-eu", inibe(através de punição ou sentimento de culpa) qualquer impulso contrário às regras e ideais por ele ditados.

O superego é aquele que nos faz comportar de acordo com as regras e leis, é aquela voz que diz não mesmo quando estamos sozinhos. É ele que, sem que percebamos, processa, julga e executa sentenças de acordo com os nossos atos. Ele nos acusa e nos pune.Ele é a culpa.Diz coisas para você como : “Chega de perder tempo”, “Você pode se dar mal”.E alguns de nós tem um superego mais violento, que não para de martelar na cabeça o que pode até gerar depressão.Poré m a consciência não é como superego.

A consciência não é o medo, mas o amor de cuidar de nossas relações afetivas , um senso de obrigação que tem base na ligação emocional do carinho, da compaixão e da ternura.A consciência nos faz se preocupar com o meio- ambiente, com o ar que respiramos e o que nossos filhos vão respirar, faz passeatas contra a guerra ou movimentos e associações para melhorar a qualidade de vida das pessoas.Opõe- se ao ódio e nos ensina a paz porque nos coloca no lugar dos outros.

Por isso ela é capaz de transformar o mundo, despoluir rios, manter casamentos, alimentar cães e a escrever textos como os meus por querer ajudar as pessoas.A natureza humana é de querer dominar, mas também de querer cuidar.Nós, o que temos consciência, somos jovens e velhos, somos pessoas que já partiram e bebes que ainda vão nascer.

O que fazemos aos outros também fazemos a nós mesmos.

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