sábado, 21 de novembro de 2009
"Anjo feiticeiro de asas negras"
Postado por Kamadon
Planando minhas negras asas no vento me envolvo nas trevas como se fosse véu, calcando entre densas nuvens escuras, observo a sombra das minhas asas sob águas tenebrosas no esplendor do céu trovejante.Relâmpagos iluminam aninhar que angustia na face lúcida da minha alma. Ao meu redor bruma se ergue, sob meu rastro florescem rosa que sangram em escarlate, sou sentinela da noite e meu veneno mordaz sob gume da minha espada.
Dia e noite só me alimento de lágrima, minha lamina recair dia após dia sob corações e espargir tristeza.Os obscuros malsãos cobriram meu corpo como manto em perfeita vestir proteger-me como armadura, o temor e para mim como escudo, imponho minha presença no calvário no vale dos esquecidos, onde descansam o sepulcro dos mortos.Meu canto é como nênia que imunda ouvidos, como ondas de um mar revolto, meu mórbido canto desperta meus servos para trava uma guerra ímpia.Sou o frio congelante que fustigar as almas atormentadas, exalo um perfume lúgubre.
(Autor Desconhecido)
"Asas"
Postado por Kamadon
Muito tempo atrás... depois do mundo ser criado e da vida completá-lo, houve um dia, numa tarde de céu azul e calor ameno um encontro entre Deus e um de seus anjos.
Contam que Deus estava sentado, calado, sob a sombra de um pé de jabuticaba.
Lentamente Ele colhia uma ou outra fruta, saboreava sua criação negra e adocicada.
Fechava os olhos e pensava...
Permitia-se um sorriso piedoso
Mantinha seu olhar complacente.
Foi então que, das nuvens, um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção...
Tinha asas lindas, brancas, imaculadas.
Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:
- Senhor, visitei sua criação como pediu,
fui a todos os cantos.
Estive no sul, no norte, no leste e oeste,
vi e fiz parte de todas as coisas...
Observei cada uma de suas crianças humanas,
e por ter visto, vim até o Senhor para entender o porque...
Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa?
Nós anjos, temos duas...
Podemos ir até o amor que o Senhor representa sempre que desejarmos.
Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos
Mas o humano, com sua única asa, não pode voar
Não podem voar com apenas uma asa...
Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao
seu anjo:
"Sim, eu sei disso.
Sei que fiz os humanos com apenas uma asa"
Intrigado com a consciência absoluta de seu Senhor, o anjo queria entender e perguntou:
"Mas porque o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas para poder voar, para poder ser livre?"
Conhecedor de todas as respostas, Deus não teve pressa de falar...
Comeu outra jabuticaba e então respondeu:
" Eles podem voar sim, meu anjo
Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês, meus arcanjos...
Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas...
Embora livre, sempre estará sozinho.
Talvez da mesma maneira que Eu...
Mas os humanos...
Os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém a fim de terem suas duas asas.
Cada um deles tem na verdade, um par de asas, uma outra asa, em algum lugar do mundo que completa o par,
assim eles aprenderão a respeitar-se, pois ao quebrar a única asa de outra pessoa podem estar acabando com suas próprias chances de voar.
Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa...
aprenderão que somente permitindo-se amar, eles poderão voar.
Tocando a mão de outra pessoa, em um abraço afetuoso, sincero, eles poderão encontrar a asa que lhes falta e poderão finalmente voar.
Somente através do amor irão chegar até onde estou... assim como você meu anjo, e eles nunca estarão sozinhos, quando forem voar".
Deus silenciou em seu sorriso.
O anjo compreendeu o que não precisava ser dito. Que possamos encontrar a nossa outra asa, para podermos voar!
(Autor desconhecido)
"Lendas Urbanas dos Comerciais de TV"
Postado por Kamadon
:: Lendas Urbanas dos Comerciais de TV Dias atrás fui visitar um lar para idosos, localizado no bairro Sítio Cercado, com meus amigos aqui em Curitiba. Lá, coincidentemente, encontrei meu ex – professor da matéria chamada Linguagem da Propaganda. Papo vai e papo vem este mestre revelou – me algumas lendas urbanas de comerciais, como ele autorizou – me colocar estes causos na Internet, irei citá–los abaixo: Primeiro Cowboy dos Cigarros Marlboro: No final dos anos setenta, um modelo muito bonito foi convidado para fazer a propaganda desta marca de cigarros. O primeiro comercial fez tanto sucesso que este ator trabalhou para este produto até o final dos anos oitenta. Numa entrevista o próprio modelo confessou que passou a ter uma compulsão de fumar maior a partir da sua primeira propaganda. O problema é que no começo dos anos noventa, este ator ficou doente e foi constatado que ele estava com câncer. Na época surgiu a lenda de que ele contratou uma rezadeira para curá-lo desta enfermidade. Mas esta curandeira disse que o câncer foi uma espécie de castigo divino. Pois como o moço fez uma série de comerciais para uma marca de cigarro ele induziu, inconscientemente, várias pessoas a fumarem e, por conseqüência, adquirirem câncer. Naquela época a benzedeira constatou que o ator tinha pesadelos constantes com almas que fumavam. Em meados dos anos noventa este modelo faleceu com os pulmões, totalmente, podres. Meu Pai Dirige um Caminhão da Coca – Cola: Sabe aquele comercial em que um garoto humilde lê sua redação, em sala de aula, para a professora e no final ele diz: “- Meu pai dirige um caminhão...”. - Mas não é qualquer caminhão... - É um caminhão da Coca–Cola!” Este não é um comercial atual, pois é regravação de uma propaganda dos anos setenta, que tem sua verdadeira origem no mundo real. A lenda é esta: Era uma vez um menino carente que era bolsista de uma escola particular. Um certo dia, a professora passou como tarefa escrever uma redação para o dia dos pais, cujo tema era “A Profissão do Meu Papai”. As crianças daquela turma escreveram textos que falavam sobre os trabalhos dos seus pais. Como tratava – se de uma instituição particular saíram redações que falavam sobre profissões de elites: médicos, advogados, engenheiros, dentistas, empresários e arquitetos. Porém o texto premiado foi o do garoto bolsista e a parte de que mais a professora gostou foi esta: “- Meu pai dirige um caminhão...”. - Mas não é qualquer caminhão... - É um caminhão da Coca – Cola! - Ele leva as garrafas para um lugar mágico... “ A professora ficou encantada com este texto e mandou a redação para a fábrica de refrigerantes, que acabou aproveitando o artigo num comercial. Os anos se passaram, o menino cresceu, virou caminhoneiro e faleceu num acidente de trânsito. Bichinhos de Pelúcia da Parmalat No início dos anos noventa a Parmalat lançou uma campanha publicitária, onde crianças apareciam vestidas de filhotes de mamíferos. Nesta época, também, houve uma estratégia de marketing onde o consumidor trocava códigos de barras dos produtos por bichinhos de pelúcia. Reza a lenda que os publicitários desejavam que fossem treze crianças representando treze mamíferos. Mas uma numerologia afirmou que este número traria azar, principalmente, para a décima terceira criança e que o algarismo ideal seria o doze. Afinal este era o número dos discípulos de Cristo. Mesmo assim os marketeiros continuaram com o número treze. Algum tempo depois surgiu o boato que a décima terceira criança, que representava o rinoceronte, faleceu. O Fortificante Nos anos setenta, na cidade do Rio de Janeiro, uma modelo loira chamada Cláudia e sua irmã morena chamada Daniela foram convidadas para fazer um comercial de um fortificante. O cenário do comercial era este: as duas irmãs faziam papel de lavradoras saudáveis trabalhando na roça. Quando, de repente, elas avistaram um homem musculoso que não conseguia pegar na enxada. A loira tirou o fortificante do avental, levou até o rapaz e falou: - Você precisa deste fortificante... - Ele é o melhor que existe! - Se for mentira quero morrer amanhã! Assim o moço experimentou o produto e começou a trabalhar sem problemas. No dia seguinte, Cláudia foi com seu ex – namorado a uma discoteca. De madrugada, na volta, os dois começaram a discutir dentro do carro. Até que o automóvel parou perto da Pedra da Gávea. O rapaz matou a loira e jogou o seu corpo em direção à famosa pedra. Este assassinato ficou conhecido, na época, como: o crime da pedra da Gávea. Reza a lenda que toda à noite de Lua cheia o fantasma de Cláudia aparece naquele local. Caneta Bic Em 1985 o ator e cantor Rafael Ilha fez um comercial para as canetas Bic. A cena foi a seguinte: Uma prova estava preste a começar, mas a colega do garoto percebeu que não tinha caneta em seu material. Então o menino jogou uma caneta Big para esta amiga. Em 1986 Rafael virou vocalista de uma banda chamada Polegar, graças a sua participação neste comercial. Em meados dos anos noventa este cantor passou a ter problemas com dependência química. No meio de uma crise, Rafael acabou engolindo uma caneta Bic que dificultou sua respiração. Então o rapaz foi levado ao hospital e por pouco não acabou perdendo a vida com a mesma caneta que o levou para a fama. Observação: Não há nada que prove que as lendas acima são verdadeiras. Afinal lendas são sempre boatos, com uma pitada de verdade.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
A natureza do cérebro
Postado por Kamadon
Vejam o relato da neurocientista Dra. Jill Taylor que viu a morte de perto, reprogramou sua mente e ensina o que você também pode fazer.
1ª Parte:
http://www.youtube. com/watch? v=JRw9PzXk_ Wg
2ª Parte:
http://www.youtube. com/watch? v=thWwpYNN3- A&feature=related
Para a neurocientista Jill Taylor, ter um derrame foi mais do que uma tragédia superada. Acostumada a tratar seus pacientes, viu-se dentro do mundo que fazia parte de seu dia-a-dia. Convencida de que o derrame foi uma das melhores coisas que poderia ter lhe acontecido, decidiu escrever o livro A cientista que curou seu próprio cérebro para mostrar a todos como é possível superar um problema de saúde tão grave e ainda aprender a cuidar melhor do corpo e da mente.
Para a autora, este “episódio”, que é como ela trata o derrame, lhe ensinou que é possível alcançar a paz de espírito tão almejada por todos nós, bastando, para isso, que estejamos atentos às mensagens enviadas por nosso cérebro.
Este não é um livro para cientistas. É um livro sobre uma longa jornada de reflexões – um testemunho emocionante que toca o fundo do coração, mostrando que a paz interior é verdadeiramente acessível a todos. Basta querer.
Vejam o relato da neurocientista Dra. Jill Taylor que viu a morte de perto, reprogramou sua mente e ensina o que você também pode fazer.
1ª Parte:
http://www.youtube. com/watch? v=JRw9PzXk_ Wg
2ª Parte:
http://www.youtube. com/watch? v=thWwpYNN3- A&feature=related
Para a neurocientista Jill Taylor, ter um derrame foi mais do que uma tragédia superada. Acostumada a tratar seus pacientes, viu-se dentro do mundo que fazia parte de seu dia-a-dia. Convencida de que o derrame foi uma das melhores coisas que poderia ter lhe acontecido, decidiu escrever o livro A cientista que curou seu próprio cérebro para mostrar a todos como é possível superar um problema de saúde tão grave e ainda aprender a cuidar melhor do corpo e da mente.
Para a autora, este “episódio”, que é como ela trata o derrame, lhe ensinou que é possível alcançar a paz de espírito tão almejada por todos nós, bastando, para isso, que estejamos atentos às mensagens enviadas por nosso cérebro.
Este não é um livro para cientistas. É um livro sobre uma longa jornada de reflexões – um testemunho emocionante que toca o fundo do coração, mostrando que a paz interior é verdadeiramente acessível a todos. Basta querer.
Inteligência Espiritual - Muito, muito, importante
Postado por Kamadon
... Ser Feliz ....
QS - Inteligência Espiritual
No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções.
A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios. Drª Dana Zohar - Oxford
No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polémico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, "torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida".
Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.
O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".
Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford.
É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português, no Brasil, pela Record.
Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization ( IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.
Eis os principais trechos da entrevista:
O que é inteligência espiritual?. ..
É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente Espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.
De que modo essas pesquisas confirmam suas idéias sobre a terceira inteligência? ...
Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual.
Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. .
Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.
Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou Inteligência Espiritual.
Qual a diferença entre QE e QS?...
É o poder transformador. A Inteligência Emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.
A Inteligência Espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação.
Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. "Inteligência Espiritual fala da Alma".
O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.
A Espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.
Dana Zohar identificou 10 qualidades comuns às pessoas Espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:...
1 Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2 São levadas por valores. São idealistas.
3 Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4 São holísticas.
5. Celebram a diversidade.
6. Têm independência.
7. Perguntam sempre "por quê?".
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.
9. Têm espontaneidade.
10. Têm compaixão.
REFLEXÕES
" Uma vela não perde a sua chama acendendo outra."
" Se coisas pequenas te atingirem é porque você está precisando ser maior do que tudo isso".
" É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe." Epiteto
" Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem."
... Ser Feliz ....
QS - Inteligência Espiritual
No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um génio se não soubesse lidar com as emoções.
A ciência começa o novo milénio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios. Drª Dana Zohar - Oxford
No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a física e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polémico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, "torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida".
Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.
O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune. Afirma Dana: "A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".
Aos 57 anos, Dana vive em Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes. Formada em física pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford.
É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para português. QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português, no Brasil, pela Record.
Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho. Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization ( IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.
Eis os principais trechos da entrevista:
O que é inteligência espiritual?. ..
É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente Espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.
O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.
De que modo essas pesquisas confirmam suas idéias sobre a terceira inteligência? ...
Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experência espiritual.
Tudo que influência a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. .
Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.
Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou Inteligência Espiritual.
Qual a diferença entre QE e QS?...
É o poder transformador. A Inteligência Emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.
A Inteligência Espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação.
Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. "Inteligência Espiritual fala da Alma".
O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso.
A Espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.
Dana Zohar identificou 10 qualidades comuns às pessoas Espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:...
1 Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo.
2 São levadas por valores. São idealistas.
3 Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade.
4 São holísticas.
5. Celebram a diversidade.
6. Têm independência.
7. Perguntam sempre "por quê?".
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo.
9. Têm espontaneidade.
10. Têm compaixão.
REFLEXÕES
" Uma vela não perde a sua chama acendendo outra."
" Se coisas pequenas te atingirem é porque você está precisando ser maior do que tudo isso".
" É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe." Epiteto
" Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem."
Uma história épica: Irmãs negras
Postado por Attman e Kamadon
Leonardo Boff
A Casa Grande e a Senzala não foram apenas construções sociais e físicas, dividindo por um lado os brancos, donos do poder e por outro, os negros, feitos escravos. Com a abolição da escravatura exteriormente desapareceram. Mas continuam presentes na mentalidade dos brancos e das elites brasileiras. As hierarquizações, as desigualdades sociais e os preconceitos têm nesta estrutura dualista sua origem e permanente realimentação.
A vida religiosa que se insere neste caldo cultural reproduziu em suas relações internas o mesmo dualismo e as mesmas discriminações. Durante todo o tempo da Colônia os que possuíam "sangue sujo", quer dizer, os que eram negros, indígenas ou mestiços, não podiam ser padres nem religiosos. Além de puro racismo, típico da época, argumentava-se que eles jamais conseguiriam viver a castidade. Esta discriminação foi internalizada nestas populações desumanizadas a ponto de sequer pensarem em ser padres, religiosos ou religiosas.
As consequências perduram até os dias de hoje: a crônica falta de clero autóctone no Brasil. Pelo número de católicos, deveríamos ter pelo menos cem mil padres. Possuímos apenas 17 mil e muitos são ainda são estrangeiros.
Mesmo com a revitalização da Igreja brasileira através do processo de romanização inaugurada no final do século XIX com a vinda de congregações religiosas européias, as pessoas negras ou mestiças continuaram sistematicamente excluídas. Mas houve uma ruptura inauguradora. Em 1928 a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, fundação genuinamente brasileira, de uma leiga piedosa Maria Villac, apoiada pelo bispo Dom Campos Barreto de Campinas, foi a primeira a abrir a porta de seus conventos a mulheres negras.
Mesmo assim, não escapou da influência da Casa Grande e da Senzala mental: houve a divisão clara entre as oblatas, irmãs negras ou de pouca instrução e as coristas, brancas e com instrução. Até o hábito era diferente, azul e branco para as coristas e preto para a oblatas. A missão destas que constituíam quase a metade da Congregação, era de servir às coristas, acompanhar seus trabalhos e assumir todas as tarefas domésticas de um convento, desde cozinhar, lavar a roupa até manter a horta e cuidar da criação de animais.
Por quarenta anos foi assim, até que se abriu a janela do aggiornamento do Concílio Vaticano II (1962-1965). Aboliram-se as divisões de tarefas, umas nos trabalhos manuais e outras na vida apostólica. Como comentou Dom Odilon, bispo de Santos: "acabou-se a escravidão na Congregação".
Esta história foi recentemente pesquisada e escrita pelas próprias religiosas negras sob a orientação segura do historiador Pe. José Oscar Beozzo com o título: "Tecendo memórias, gestando o futuro: história das Irmãs Negras e Indígenas das Missionárias de Jesus Crucificado" (Paulinas 2009).
Qual é a originalidade deste livro? É mostrar o lento despertar da consciência das irmãs negras, de sua identidade étnica, de seus valores específicos e de sua espiritualidade singular, feito de histórias de vida narradas por irmãs negras, histórias de chorar, tal o nível de discriminação e de humilhação.
Mas o que transparece não é amargura ou espírito de revanche. Ao contrário, é o de resgate da memória de tudo o que se aprendeu nessa penosa caminhada e do lançamento das bases para um futuro mais igualitário e respeitador das diferenças. Elas mostram que a identidade negra não precisa ser trágica, mas foi e pode ser épica: feita de uma sábia resistência e de um desabrochar lento mas seguro de seu próprio caminho de libertação. As religiosas negras emergem como verdadeiras heroínas e muitas delas com sinais inequívocos de santidade. Assim se supera uma visão miserabilista dos negros e negras e se realça sua inventividade, sua capacidade de ter alegria interior que se revela no riso e na festa, na música e na dança.
Esse livro vem preencher uma lacuna na historiografia negra na ótica da vida religiosa. Ele suscita admiração mais que compaixão, vontade de conquista mais do que resignação. Sua leitura nos edifica e nos faz humanamente mais solidários.
Leonardo Boff
A Casa Grande e a Senzala não foram apenas construções sociais e físicas, dividindo por um lado os brancos, donos do poder e por outro, os negros, feitos escravos. Com a abolição da escravatura exteriormente desapareceram. Mas continuam presentes na mentalidade dos brancos e das elites brasileiras. As hierarquizações, as desigualdades sociais e os preconceitos têm nesta estrutura dualista sua origem e permanente realimentação.
A vida religiosa que se insere neste caldo cultural reproduziu em suas relações internas o mesmo dualismo e as mesmas discriminações. Durante todo o tempo da Colônia os que possuíam "sangue sujo", quer dizer, os que eram negros, indígenas ou mestiços, não podiam ser padres nem religiosos. Além de puro racismo, típico da época, argumentava-se que eles jamais conseguiriam viver a castidade. Esta discriminação foi internalizada nestas populações desumanizadas a ponto de sequer pensarem em ser padres, religiosos ou religiosas.
As consequências perduram até os dias de hoje: a crônica falta de clero autóctone no Brasil. Pelo número de católicos, deveríamos ter pelo menos cem mil padres. Possuímos apenas 17 mil e muitos são ainda são estrangeiros.
Mesmo com a revitalização da Igreja brasileira através do processo de romanização inaugurada no final do século XIX com a vinda de congregações religiosas européias, as pessoas negras ou mestiças continuaram sistematicamente excluídas. Mas houve uma ruptura inauguradora. Em 1928 a Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, fundação genuinamente brasileira, de uma leiga piedosa Maria Villac, apoiada pelo bispo Dom Campos Barreto de Campinas, foi a primeira a abrir a porta de seus conventos a mulheres negras.
Mesmo assim, não escapou da influência da Casa Grande e da Senzala mental: houve a divisão clara entre as oblatas, irmãs negras ou de pouca instrução e as coristas, brancas e com instrução. Até o hábito era diferente, azul e branco para as coristas e preto para a oblatas. A missão destas que constituíam quase a metade da Congregação, era de servir às coristas, acompanhar seus trabalhos e assumir todas as tarefas domésticas de um convento, desde cozinhar, lavar a roupa até manter a horta e cuidar da criação de animais.
Por quarenta anos foi assim, até que se abriu a janela do aggiornamento do Concílio Vaticano II (1962-1965). Aboliram-se as divisões de tarefas, umas nos trabalhos manuais e outras na vida apostólica. Como comentou Dom Odilon, bispo de Santos: "acabou-se a escravidão na Congregação".
Esta história foi recentemente pesquisada e escrita pelas próprias religiosas negras sob a orientação segura do historiador Pe. José Oscar Beozzo com o título: "Tecendo memórias, gestando o futuro: história das Irmãs Negras e Indígenas das Missionárias de Jesus Crucificado" (Paulinas 2009).
Qual é a originalidade deste livro? É mostrar o lento despertar da consciência das irmãs negras, de sua identidade étnica, de seus valores específicos e de sua espiritualidade singular, feito de histórias de vida narradas por irmãs negras, histórias de chorar, tal o nível de discriminação e de humilhação.
Mas o que transparece não é amargura ou espírito de revanche. Ao contrário, é o de resgate da memória de tudo o que se aprendeu nessa penosa caminhada e do lançamento das bases para um futuro mais igualitário e respeitador das diferenças. Elas mostram que a identidade negra não precisa ser trágica, mas foi e pode ser épica: feita de uma sábia resistência e de um desabrochar lento mas seguro de seu próprio caminho de libertação. As religiosas negras emergem como verdadeiras heroínas e muitas delas com sinais inequívocos de santidade. Assim se supera uma visão miserabilista dos negros e negras e se realça sua inventividade, sua capacidade de ter alegria interior que se revela no riso e na festa, na música e na dança.
Esse livro vem preencher uma lacuna na historiografia negra na ótica da vida religiosa. Ele suscita admiração mais que compaixão, vontade de conquista mais do que resignação. Sua leitura nos edifica e nos faz humanamente mais solidários.
Perón, Getúlio, Lula
Postado por Attman e Kamadon
Emir Sader *
Adital - Quando acusou Lula de uma espécie de neoperonista, Fernando Henrique Cardoso (FHC) vestia, em cheio, o traje da direita oligárquica latinoamericana. Que não perdoou e segue sem perdoar os líderes populares latinoamericanos que lhes arrebataram o Estado de suas mãos e impuseram lideranças nacionais com amplo apoio popular.
Os três -Perón, Getúlio e Lula- têm em comum a personificação de projetos nacionais, articulados em torno do Estado, com ideologia nacional, desenvolvendo o mercado interno de consumo popular, as empresas estatais, realizando políticas sociais de reconhecimento de direitos básicos da massa da população, fortalecendo o peso dos países que governaram ou governam no cenário internacional.
Foi o suficiente para que se tornassem os diabos para as oligarquias tradicionais: brancas, ligadas aos grandes monopólios privados familiares da mídia, aos setores exportadores, discriminando o povo e excluindo-o dos benefícios das políticas estatais. Apesar das políticas de desenvolvimento econômico, especialmente industrial, foram atacados e criminalizados como se tivessem instaurados regimes anticapitalistas, contra os interesses do grande capital. Quando até mesmo os interesses dos grandes proprietários rurais - nos governos dos três líderes mencionados - foram contemplados de maneira significativa.
Perón e Getúlio dirigiram a construção dos Estados nacionais dos nossos dois países, como reações à crise dos modelos primário-exportadores. Fizeram-no, diante da ausência de forças políticas que os assumissem, seja da direita tradicional, seja da esquerda tradicional. Eles compreenderam o caráter do período em que viviam; se valeram do refluxo das economias centrais, pelos efeitos da crise de 1929, posteriormente pela concentração de suas economias na II Guerra Mundial, tempo estendido pela guerra da Coréia.
A colocação em prática das chamadas políticas de substituição de importações permitiram a nossos países dar os saltos até aqui mais importantes de nossas histórias, desenvolvendo o mais longo e profundo ciclo expansivo das nossas economias, paralelamente ao mais extenso processo de conquistas de direitos por parte da massa da população, particularmente os trabalhadores urbanos.
Se tornaram os objetos privilegiados do ódio da direita local, dos seus órgãos de imprensa e dos governos imperiais dos Estados Unidos. Dos jornais oligárquicos: La Nación, La Prensa, La Razón, na Argentina, ao que se somou depois o Clarin; o Estadão, O Globo, no Brasil, a que se somaram depois os ódios da Folha de São Paulo (FSP) e da Editora Abril. Os documentos do Senado dos EUA confirmam as articulações entre esses órgãos da imprensa, as Forças Armadas, os partidos tradicionais e o governo dos EUA nas tentativas de golpe, que percorreram todos os governos de Perón e de Getúlio.
Não por acaso bastou terminar aquele longo parêntese da crise de 1929, passando pela Segunda Guerra e pela guerra da Coréia, com o retorno maciço dos investimentos estrangeiros -particularmente norteamericanos, com a indústria automobilística em primeiro lugar-, para que fossem derrubados Getúlio, em 1954; e Perón, em 1955.
Mas os fantasmas continuaram a assombrar os oligarcas brancos, que sentiam que aqueles líderes plebeus -tinham desprezo pelos líderes militares, que deveriam, na opinião deles, limitar-se à repressão dos movimentos populares e aos golpes que lhes restabeleceriam o poder- lhes tinham roubado o Estado e, de alguma forma, o Brasil.
O golpe militar argentino de 1955 inaugurou a expressão "gorila" para designar o que mais tarde o ditador brasileiro Costa e Silva chamaria, de "vacas fardadas". A direita apelava aos quartéis, porque não conseguia ganhar eleições dos líderes populares. Durante os anos 50, no Brasil, fizeram articulações golpistas o tempo todo contra Getúlio, até que o levaram ao suicídio. Tentaram impedir a posse de Juscelino Kubistchek (JK), alegando que tinha ganho as eleições de maneira fraudulenta. JK teve que enfrentar duas tentativas de levantes militares de setores da Aeronáutica contra seu governo, legitimamente eleito, tentativas sempre apoiadas pela oposição da época, em conivência com os governos dos EUA.
O peronismo esteve proscrito politicamente de 1955 a 1973. Até o nome de Perón era proibido de ser mencionado na imprensa. (Os opositores usavam Juan para designá-lo ou alguns de seus apelidos.) Quando foram feitas eleições com um candidato peronista concorrendo -Héctor Campora-, ele triunfou amplamente e - ao contrário de Sarney no Brasil - convocou novas eleições, triunfando Perón, que governou um ano, até que foi dado o golpe de 1976, pelas mesmas forças gorilas.
No Brasil, o governo João Goulart foi vítima do mesmo tipo de campanha lacerdista, golpista, articulada com organismos da "sociedade civil" financiados pelos EUA, articulados com a imprensa privada, convocando as Forças Armadas para um golpe, que acabou sendo dado em 1964.
Perón, Getúlio e, agora, Lula, tem em comum a liderança popular, projetos de desenvolvimento nacional, políticas de redistribuição de renda, papel central do Estado, apoio popular, discurso popular. E o ódio da direita. Que usou todos os "palavrões": populista, carismático, autoritário, líder dos "cabecitas negras", dos "descamisados" (na Argentina). A classe média e o grande empresariado da capital argentina, assim como a classe média (de São Paulo e de Minas, especialmente) e o grande empresariado, sempre a imprensa das rançosas famílias donas de jornais, rádios e televisões.
É o ódio de classe a tudo o que é popular, a tudo o que é nacional, a tudo o que cheira povo, mobilizações populares, sindicatos, movimentos populares, direitos sociais, distribuição de renda, nação, nacional, soberania. FHC se faz herdeiro do que há de mais retrógado na direita latinoamericana -da União Democrática Nacional (UDN) de Lacerda, passando pelos gorilas do golpe argentino de 1955, pelos golpistas brasileiros de 1964, pelo anti-peronismo e o anti-getulismo, que agora desemboca no anti-lulismo. Ao chamar Lula de neoperonista, quer usar o termo como um palavrão, como acontece no vocabulário gorila, mas veste definitivamente a roupa da oligarquia latinoamericana, decrépita, odiosa, antinacional, antipopular. Um fim político coerente com seu governo e com seus amigos aliados.
* Filósofo, cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde coordena o Laboratório de Políticas Públicas
Emir Sader *
Adital - Quando acusou Lula de uma espécie de neoperonista, Fernando Henrique Cardoso (FHC) vestia, em cheio, o traje da direita oligárquica latinoamericana. Que não perdoou e segue sem perdoar os líderes populares latinoamericanos que lhes arrebataram o Estado de suas mãos e impuseram lideranças nacionais com amplo apoio popular.
Os três -Perón, Getúlio e Lula- têm em comum a personificação de projetos nacionais, articulados em torno do Estado, com ideologia nacional, desenvolvendo o mercado interno de consumo popular, as empresas estatais, realizando políticas sociais de reconhecimento de direitos básicos da massa da população, fortalecendo o peso dos países que governaram ou governam no cenário internacional.
Foi o suficiente para que se tornassem os diabos para as oligarquias tradicionais: brancas, ligadas aos grandes monopólios privados familiares da mídia, aos setores exportadores, discriminando o povo e excluindo-o dos benefícios das políticas estatais. Apesar das políticas de desenvolvimento econômico, especialmente industrial, foram atacados e criminalizados como se tivessem instaurados regimes anticapitalistas, contra os interesses do grande capital. Quando até mesmo os interesses dos grandes proprietários rurais - nos governos dos três líderes mencionados - foram contemplados de maneira significativa.
Perón e Getúlio dirigiram a construção dos Estados nacionais dos nossos dois países, como reações à crise dos modelos primário-exportadores. Fizeram-no, diante da ausência de forças políticas que os assumissem, seja da direita tradicional, seja da esquerda tradicional. Eles compreenderam o caráter do período em que viviam; se valeram do refluxo das economias centrais, pelos efeitos da crise de 1929, posteriormente pela concentração de suas economias na II Guerra Mundial, tempo estendido pela guerra da Coréia.
A colocação em prática das chamadas políticas de substituição de importações permitiram a nossos países dar os saltos até aqui mais importantes de nossas histórias, desenvolvendo o mais longo e profundo ciclo expansivo das nossas economias, paralelamente ao mais extenso processo de conquistas de direitos por parte da massa da população, particularmente os trabalhadores urbanos.
Se tornaram os objetos privilegiados do ódio da direita local, dos seus órgãos de imprensa e dos governos imperiais dos Estados Unidos. Dos jornais oligárquicos: La Nación, La Prensa, La Razón, na Argentina, ao que se somou depois o Clarin; o Estadão, O Globo, no Brasil, a que se somaram depois os ódios da Folha de São Paulo (FSP) e da Editora Abril. Os documentos do Senado dos EUA confirmam as articulações entre esses órgãos da imprensa, as Forças Armadas, os partidos tradicionais e o governo dos EUA nas tentativas de golpe, que percorreram todos os governos de Perón e de Getúlio.
Não por acaso bastou terminar aquele longo parêntese da crise de 1929, passando pela Segunda Guerra e pela guerra da Coréia, com o retorno maciço dos investimentos estrangeiros -particularmente norteamericanos, com a indústria automobilística em primeiro lugar-, para que fossem derrubados Getúlio, em 1954; e Perón, em 1955.
Mas os fantasmas continuaram a assombrar os oligarcas brancos, que sentiam que aqueles líderes plebeus -tinham desprezo pelos líderes militares, que deveriam, na opinião deles, limitar-se à repressão dos movimentos populares e aos golpes que lhes restabeleceriam o poder- lhes tinham roubado o Estado e, de alguma forma, o Brasil.
O golpe militar argentino de 1955 inaugurou a expressão "gorila" para designar o que mais tarde o ditador brasileiro Costa e Silva chamaria, de "vacas fardadas". A direita apelava aos quartéis, porque não conseguia ganhar eleições dos líderes populares. Durante os anos 50, no Brasil, fizeram articulações golpistas o tempo todo contra Getúlio, até que o levaram ao suicídio. Tentaram impedir a posse de Juscelino Kubistchek (JK), alegando que tinha ganho as eleições de maneira fraudulenta. JK teve que enfrentar duas tentativas de levantes militares de setores da Aeronáutica contra seu governo, legitimamente eleito, tentativas sempre apoiadas pela oposição da época, em conivência com os governos dos EUA.
O peronismo esteve proscrito politicamente de 1955 a 1973. Até o nome de Perón era proibido de ser mencionado na imprensa. (Os opositores usavam Juan para designá-lo ou alguns de seus apelidos.) Quando foram feitas eleições com um candidato peronista concorrendo -Héctor Campora-, ele triunfou amplamente e - ao contrário de Sarney no Brasil - convocou novas eleições, triunfando Perón, que governou um ano, até que foi dado o golpe de 1976, pelas mesmas forças gorilas.
No Brasil, o governo João Goulart foi vítima do mesmo tipo de campanha lacerdista, golpista, articulada com organismos da "sociedade civil" financiados pelos EUA, articulados com a imprensa privada, convocando as Forças Armadas para um golpe, que acabou sendo dado em 1964.
Perón, Getúlio e, agora, Lula, tem em comum a liderança popular, projetos de desenvolvimento nacional, políticas de redistribuição de renda, papel central do Estado, apoio popular, discurso popular. E o ódio da direita. Que usou todos os "palavrões": populista, carismático, autoritário, líder dos "cabecitas negras", dos "descamisados" (na Argentina). A classe média e o grande empresariado da capital argentina, assim como a classe média (de São Paulo e de Minas, especialmente) e o grande empresariado, sempre a imprensa das rançosas famílias donas de jornais, rádios e televisões.
É o ódio de classe a tudo o que é popular, a tudo o que é nacional, a tudo o que cheira povo, mobilizações populares, sindicatos, movimentos populares, direitos sociais, distribuição de renda, nação, nacional, soberania. FHC se faz herdeiro do que há de mais retrógado na direita latinoamericana -da União Democrática Nacional (UDN) de Lacerda, passando pelos gorilas do golpe argentino de 1955, pelos golpistas brasileiros de 1964, pelo anti-peronismo e o anti-getulismo, que agora desemboca no anti-lulismo. Ao chamar Lula de neoperonista, quer usar o termo como um palavrão, como acontece no vocabulário gorila, mas veste definitivamente a roupa da oligarquia latinoamericana, decrépita, odiosa, antinacional, antipopular. Um fim político coerente com seu governo e com seus amigos aliados.
* Filósofo, cientista político e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde coordena o Laboratório de Políticas Públicas
domingo, 15 de novembro de 2009
Lendas Urbanas -"A Aparição da Menina Melissa - História Verídica "
Postado por Kamadon
:: Certa noite, era meia noite em ponto. Levantei-me e fui até a cozinha pegar um copo de água. De repente, eu vi um vulto aterrorizante passar pela porta da cozinha. Não dei muita importância pois estava com muito sono e pensei que poderia ser fruto da minha imaginação. Na noite seguinte acordei na mesma hora, só que dessa vez para ir ao banheiro e adivinhem...OUTRO VULTO!!! Dessa vez eu dei importância, pois, tinha certeza que estava bem acordada. Fui apavorada para a cozinha para ver se o vulto se repetia, e a minha expectativa aconteceu. Quando olhei para o fantasma, percebi que era exatamente igual à foto da menina que eu vira no cemitério no dia em que o vulto apareceu pela primeira vez. Gritei demais...pena que estava sozinha em casa, pois, meus pais e minha irmã foram passar a noite na casa da minha tia, só não fui porque tinha brigado com minha prima Vivi (Verônika). Passado o susto na manhã seguinte minha mãe me ligou dizendo que iria passar a semana na casa da minha tia. Então eu disse que estava tudo bem. Fui na geladeira preparar meu café da manhã. Dentro da geladeira havia um papel escrito: "Para que você não me veja mais vá ao cemitério e coloque flores, pois minha família não me visita. Te espero essa tarde se quiser ter sossego de volta." À tarde levei as flores e lá estava escrito: "Sabia que você viria!" Fiz uma oração para a menina que se chamava Melissa e fui embora. Nunca mais ela me perturbou e desse dia em diante passei a levar flores a ela sempre que posso. Acreditem se quiser, mas, essa história é real...
Lendas Urbanas -"Loira do Dia Três de Novembro "
Postado por Kamadon
::Loira do Dia Três de Novembro No dia três de novembro de 1950 , num grande cemitério , surgiu uma moça aparentando vinte e sete anos , loira , de olhos azuis , vestida numa roupa branca com um véu de renda . No meio , do nada , ela começou a ter atitudes estranhas , como a de pegar algumas flores de um túmulo enfeitado e coloca–las em sepulturas aparentemente abandonadas e sem nenhum enfeite . Desta maneira o coveiro , Zé , aproximou–se e indagou : - Moça , por que você está tirando alguns enfeites e flores de alguns túmulos e colocando em outros ? A loira respondeu : - É que ontem foi Dia de Finados e muitos jazigos receberam flores e enfeites . - Porém alguns não receberam nada e reza a lenda que se um morto , não recebe nenhum adorno neste dia especial , ele fica triste . - Então para que os defuntos esquecidos não fiquem chateados , eu tiro algumas flores de uns e coloco-nos mais abandonados . Sem falar que eu rezo por estes mortos também . O coveiro disse : - Tudo bem . O tempo passou e todo o dia três de Novembro esta loira aparecia no campo–santo . O problema é que os anos avançaram , novos caixões foram sepultados , o coveiro envelheceu . Mas nada da mulher misteriosa , do dia três de novembro , envelhecer também. No dia três de novembro de 1997 , a loira estava retirando flores de um túmulo para colocar em outro , quando de repente , um rapaz gritou : - O que é isto ? ! - Por que está tirando os enfeites do jazigo dos meus pais para colocá–los num túmulo abandonado ? - Isto é violação ! - Telefonarei para a polícia para resolver isto , já ! - Afinal sou Maurício , um grande empresário e exijo respeito ! Então o moço pegou seu telefone celular e chamou os guardas , que levaram a dama até a delegacia . Chegando lá o delegado exclamou : - Seus documentos , por favor ! Desta maneira a mulher tirou um papel amarelado de sua bolsa e entregou ao homem , que gritou : - O significa isto ?! - Está escrito aqui : - Ângela Boamorte . - Data de nascimento : - 3 / 11 / 1807 . - É lógico que você não tem mais de cem anos , né ?! - Por isto irei prendê–la por falsificação de documento . Deste jeito a donzela foi para o xadrez com mais doze presas . Quando o relógio tocou meia–noite , os guardas escutaram um barulho estranho vindo da cela feminina . Quando eles chegaram lá viram as paredes , de concreto , rachando misteriosamente e se despedaçando no chão , fato que fez com que as presas escapassem . Em janeiro de 1998 , a empresa de Maurício foi à falência , ele entrou em depressão , perdeu a consciência e virou mendigo. Em outubro de 1999 um carro atropelou este rapaz , que morreu e foi enterrado como indigente . No dia 3 de novembro do mesmo ano , o fantasma de Maurício viu que uma loira estava colocando rosas em seu jazigo . De repente o seu espírito , saiu do caixão e disse : - Moça , eu acho que conheço você ... - Lembrei: - Você é aquela mulher que pegou os enfeites do jazigo dos meus pais para adornar um túmulo abandonado ! A donzela explicou : - Meu nome é Ângela Boamorte . - Eu faço isto desde o século dezenove . Pois quando morri fui enterrada como indigente e por não ser boa o suficiente para ir ao céu , mas por não ser tão má para chegar ao inferno , fiquei presa ao meu jazigo . Deste jeito sempre me senti abandonada no Dia de Finados , ao ver que o túmulo das outras pessoas era visitado e recebiam flores , menos o meu . Então recebi a missão de todo o dia 3 de novembro , tirar alguns enfeites dos jazigos que receberam visitas e colocá–los nos túmulos abandonados . Portanto , se você visitar qualquer cemitério no dia 3 de novembro e ver uma loira retirando flores de alguns túmulos para colocar em outros , não se assuste pois é Ângela Boamorte cumprindo sua missão .
90 Anos da Revolução Russa - Por: Marly A. G. Vianna*
Postado por Attman e Kamadon
As opiniões sobre a Revolução Russa são geralmente bastante polarizadas: ou furiosamente contra ou apaixonadamente a favor. Nos dias de hoje, quando muitos comemoram seu fim, surge uma outra posição que, sem se dar ao trabalho de criticá-la (pois já não se foi?), simplesmente a colocam num passado remoto, fora de moda, fora de época, jurássica.
É compreensível que assim seja. A Revolução Russa foi a primeira grande revolução proletária do mundo. Foi o primeiro acontecimento mundial a mostrar que o capitalismo não é o fim da história, que é possível constituir uma sociedade sem que um grupo humano explore outro, uma sociedade solidária para além de suas fronteiras nacionais. Essa é uma visão de mundo que a Revolução Russa concretizou e, por ter sido tão radical em sua transformação da sociedade capitalista, é natural que polarize opiniões: de um lado, como disse Marx, os que nada tinham a perder e todo um mundo a ganhar; de outro, aqueles que defendiam sua sobrevivência enquanto classe. Inevitável polarização, de idéias e de atitudes.
Para aqueles que se colocam na firme defesa da Revolução Russa, cabe entendê-la, tanto nos seus acertos, que foram imensos, quanto nos seus erros e descaminhos, que foram também imensos e que levaram a que se encerrassem ingloriamente 70 anos de socialismo.
Marx e Engels, como todos os revolucionários, esperavam que a revolução proletária ocorresse em país com alto nível não só econômico como cultural. Mas sabiam que não bastam as condições objetivas para que se dê uma revolução. Na Alemanha, que parecia cumprir todos os requisitos para a ocorrência e consolidação do socialismo, as vontades revolucionárias enfrentaram uma oposição tenaz e violenta, acabando por fracassar em seus intentos de transformação social. Já na Rússia, atrasada econômica e culturalmente, a guerra ajudou a enfraquecer não só o tzarismo absolutista quanto a burguesia vacilante do primeiro momento revolucionário. Por outro lado, a humanidade jamais viu um grupo de políticos como o primeiro grupo bolchevique que, sob a direção de Lênin, soube organizar e comandar o povo russo pelo caminho da revolução proletária.
Dá-se sempre a Revolução Russa como exemplo de uma revolução violenta, sangrenta, o que não é verdade. A tomada do Palácio de Inverno foi quase que pacífica. Violenta foi a reação à revolução. Sangrentos e violentos foram os ataques da Entente, países coligados, depois da guerra, para atacar a jovem República Soviética. Violenta foi a contra-revolução dentro do país. Realizada em meio ao caos da Grande Guerra, contabilizando as perdas sofridas em seu território para garantir a paz, enfrentando as poderosas forças coligadas contra ela, que lhe impuseram um verdadeiro cordão sanitário, que lhe isolaram atrás de uma "cortina de ferro", a revolução havia sobrevivido e começava a consolidar uma nova sociedade. E isso não teria sido possível sem o apoio maciço da população. Em 1930 o país havia retomado o nível econômico de 1913, antes da 1ª Guerra Mundial, e parecia que teria agora, vencidos tantos obstáculos, a paz necessária para reconstruir-se - esperança logo frustrada pela II Guerra.
Disse Maiakósviski, em um de seus poemas, que é impossível pensar na revolução com um prego no sapato. Era preciso criar as bases materiais para alicerçar sobre elas o socialismo. Nisso a revolução teve pleno êxito: saúde gratuita e ao alcance de todos, casas sendo construídas a ritmo vertiginoso e distribuídas à população, educação para todos, com um mínimo de oito anos de escolaridade obrigatória, transporte subsidiado e praticamente gratuito. Os êxitos econômicos foram imensos, mas não bastam. Uma série de situações históricas dificultaram - e muitas vezes impediram mesmo - a caminhada na direção de uma sociedade socialista - fundamentalmente humanista.
Nesse ponto, o fenômeno Stalin deve ser analisado, porque o que passou a ser chamado de stalinismo, isto é, o conjunto de situações históricas que configuraram os rumos da revolução, e que explicam, inclusive o comportamento de seus dirigentes, foi o responsável pelos descaminhos do marxismo e da revolução.
Stalin era o representante mais coerente de uma situação histórica, de uma Rússia atrasada, preconceituosa, sem tradição de respeito ao indivíduo, de uma Rússia muito mais autêntica do que a Rússia culta e humanista representada por Lênin, Trótski, Bukárin, Zínoviev, Kámenev e tantos outros. Dentro das inúmeras dificuldades por que passava a revolução, a personalidade de Stálin ganhou força porque sua atuação, e os apelos místicos a que era dado, chegaram - exatamente pelo que tinham de apelativos -, ao coração de uma massa que fizera a revolução, lutava por ela, mas estava exausta de sacrifícios e dificuldades.
O PCUS, depois da sangria da guerra civil, estava profundamente debilitado. Os melhores quadros bolcheviques haviam morrido na luta e as dificuldades imensas a serem enfrentadas foram fazendo, como notou Isaac Deutscher , com que o partido substituísse o povo, que soubera tão bem conduzir no início da revolução. Depois o comitê central substituiu o partido, o birô político o comitê central e Stalin pôde dominar o birô político.
Por ter um pensamento teórico e político pouco elaborado, Stalin foi um mestre nas simplificações e abastardamento do marxismo, o que o fez com que qualquer um pensasse entendê-lo bem, sem qualquer esforço ou dificuldade. Foi um sucesso. Sua doutrina, ainda segundo Deutscher, "sem raízes profundas em idéias e sem qualquer originalidade em suas previsões, resumem uma corrente de opinião ou emoção poderosa e não expressada até então. (...) Uma de suas características notáveis era a de sentir as tendências psicológicas subterrâneas prevalecentes no partido e imediações, esperanças não confessadas e desejos tácitos, de que se constituiu porta-voz."
A Rússia, premida pelas dificuldades internas e ataques externos, viu-se forçada, para sobreviver, a atitudes extremas, como foi a industrialização e a coletivização forçada, que levou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas explorações. A alfabetização, também forçada, fez com que milhões de analfabetos aprendessem a ler e escrever. Tudo tinha que ser forçado, até mesmo a mudança de costumes arraigados, como a poligamia de certas regiões, ou o profundo desprezo pela mulher, que passou a ser tratada com igualdade pela República soviética. Ivan o Terrível, Pedro o Grande e outros reformadores de outras nações parecem anões ao lado do vulto gigantesco do secretário-geral, escreveu Deutscher: "Um homem comum, de idéias medianas, com punhos e pés de gigante".
Construir o socialismo na Rússia, nas circunstâncias históricas em que isso foi possível, revolucionar o país por completo, era uma tarefa hercúlea. Era preciso "forçar". E nesse processo, foram sendo destruídos postulados fundamentais do marxismo, como a democracia interna do partido, a democracia socialista para o povo, o respeito ao ser humano. Desse processo Stalin foi tanto artífice quanto vítima.
No espaço que temos não podemos nos aprofundar em tantas questões de fundamental importância para a compreensão da Revolução Russa. Quero então frisar que para opinar sobre a Revolução Russa com um mínimo de seriedade é preciso estudá-la, entendê-la e explicá-la, saber porque os acontecimentos históricos se desenrolaram da forma em que ocorreram e não de outra.
Estar ao lado dos revolucionários russos não quer dizer esquecer os erros que cometeram. É preciso abominar as barbaridades cometidas na época do chamado stalinismo, sem esquecer que a Revolução Russa foi a primeira tentativa de criação de um estado proletário na história da humanidade, e que seu povo pagou alto preço pelo sonho de construir uma sociedade igualitária. Pagou com 20 milhões de vidas a derrota do nazi-fascismo. Tirou de suas mais básicas necessidades recursos para ajudar a manter a paz no mundo, o respeito à autodeterminação dos povos, a luta contra o colonialismo, o apoio à Revolução Cubana. É patético ouvir pessoas que jamais foram capazes de desejar algo além de mesquinhas necessidades, vivendo num país carente de quase tudo, julgando com altivo desprezo e espantosa superficialidade um povo que foi capaz de feitos e sacrifícios inauditos para construir um mundo verdadeiramente humano.
Evidentemente, aqueles que estamos ao lado da Revolução Russa sofremos uma derrota, assim como aqueles que prezam a paz e querem fazer frente à barbárie em que nos encontramos. Mas ser derrotado não quer dizer não ter razão. Como expressou um revolucionário, Buonaventura Durutti: "Não temos medo de ruínas - nós herdaremos a Terra. Não há a menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar seu próprio mundo antes de abandonar o palco da História. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações."
* Marly Vianna é Professora da História da Universidade Federal de São Carlos
As opiniões sobre a Revolução Russa são geralmente bastante polarizadas: ou furiosamente contra ou apaixonadamente a favor. Nos dias de hoje, quando muitos comemoram seu fim, surge uma outra posição que, sem se dar ao trabalho de criticá-la (pois já não se foi?), simplesmente a colocam num passado remoto, fora de moda, fora de época, jurássica.
É compreensível que assim seja. A Revolução Russa foi a primeira grande revolução proletária do mundo. Foi o primeiro acontecimento mundial a mostrar que o capitalismo não é o fim da história, que é possível constituir uma sociedade sem que um grupo humano explore outro, uma sociedade solidária para além de suas fronteiras nacionais. Essa é uma visão de mundo que a Revolução Russa concretizou e, por ter sido tão radical em sua transformação da sociedade capitalista, é natural que polarize opiniões: de um lado, como disse Marx, os que nada tinham a perder e todo um mundo a ganhar; de outro, aqueles que defendiam sua sobrevivência enquanto classe. Inevitável polarização, de idéias e de atitudes.
Para aqueles que se colocam na firme defesa da Revolução Russa, cabe entendê-la, tanto nos seus acertos, que foram imensos, quanto nos seus erros e descaminhos, que foram também imensos e que levaram a que se encerrassem ingloriamente 70 anos de socialismo.
Marx e Engels, como todos os revolucionários, esperavam que a revolução proletária ocorresse em país com alto nível não só econômico como cultural. Mas sabiam que não bastam as condições objetivas para que se dê uma revolução. Na Alemanha, que parecia cumprir todos os requisitos para a ocorrência e consolidação do socialismo, as vontades revolucionárias enfrentaram uma oposição tenaz e violenta, acabando por fracassar em seus intentos de transformação social. Já na Rússia, atrasada econômica e culturalmente, a guerra ajudou a enfraquecer não só o tzarismo absolutista quanto a burguesia vacilante do primeiro momento revolucionário. Por outro lado, a humanidade jamais viu um grupo de políticos como o primeiro grupo bolchevique que, sob a direção de Lênin, soube organizar e comandar o povo russo pelo caminho da revolução proletária.
Dá-se sempre a Revolução Russa como exemplo de uma revolução violenta, sangrenta, o que não é verdade. A tomada do Palácio de Inverno foi quase que pacífica. Violenta foi a reação à revolução. Sangrentos e violentos foram os ataques da Entente, países coligados, depois da guerra, para atacar a jovem República Soviética. Violenta foi a contra-revolução dentro do país. Realizada em meio ao caos da Grande Guerra, contabilizando as perdas sofridas em seu território para garantir a paz, enfrentando as poderosas forças coligadas contra ela, que lhe impuseram um verdadeiro cordão sanitário, que lhe isolaram atrás de uma "cortina de ferro", a revolução havia sobrevivido e começava a consolidar uma nova sociedade. E isso não teria sido possível sem o apoio maciço da população. Em 1930 o país havia retomado o nível econômico de 1913, antes da 1ª Guerra Mundial, e parecia que teria agora, vencidos tantos obstáculos, a paz necessária para reconstruir-se - esperança logo frustrada pela II Guerra.
Disse Maiakósviski, em um de seus poemas, que é impossível pensar na revolução com um prego no sapato. Era preciso criar as bases materiais para alicerçar sobre elas o socialismo. Nisso a revolução teve pleno êxito: saúde gratuita e ao alcance de todos, casas sendo construídas a ritmo vertiginoso e distribuídas à população, educação para todos, com um mínimo de oito anos de escolaridade obrigatória, transporte subsidiado e praticamente gratuito. Os êxitos econômicos foram imensos, mas não bastam. Uma série de situações históricas dificultaram - e muitas vezes impediram mesmo - a caminhada na direção de uma sociedade socialista - fundamentalmente humanista.
Nesse ponto, o fenômeno Stalin deve ser analisado, porque o que passou a ser chamado de stalinismo, isto é, o conjunto de situações históricas que configuraram os rumos da revolução, e que explicam, inclusive o comportamento de seus dirigentes, foi o responsável pelos descaminhos do marxismo e da revolução.
Stalin era o representante mais coerente de uma situação histórica, de uma Rússia atrasada, preconceituosa, sem tradição de respeito ao indivíduo, de uma Rússia muito mais autêntica do que a Rússia culta e humanista representada por Lênin, Trótski, Bukárin, Zínoviev, Kámenev e tantos outros. Dentro das inúmeras dificuldades por que passava a revolução, a personalidade de Stálin ganhou força porque sua atuação, e os apelos místicos a que era dado, chegaram - exatamente pelo que tinham de apelativos -, ao coração de uma massa que fizera a revolução, lutava por ela, mas estava exausta de sacrifícios e dificuldades.
O PCUS, depois da sangria da guerra civil, estava profundamente debilitado. Os melhores quadros bolcheviques haviam morrido na luta e as dificuldades imensas a serem enfrentadas foram fazendo, como notou Isaac Deutscher , com que o partido substituísse o povo, que soubera tão bem conduzir no início da revolução. Depois o comitê central substituiu o partido, o birô político o comitê central e Stalin pôde dominar o birô político.
Por ter um pensamento teórico e político pouco elaborado, Stalin foi um mestre nas simplificações e abastardamento do marxismo, o que o fez com que qualquer um pensasse entendê-lo bem, sem qualquer esforço ou dificuldade. Foi um sucesso. Sua doutrina, ainda segundo Deutscher, "sem raízes profundas em idéias e sem qualquer originalidade em suas previsões, resumem uma corrente de opinião ou emoção poderosa e não expressada até então. (...) Uma de suas características notáveis era a de sentir as tendências psicológicas subterrâneas prevalecentes no partido e imediações, esperanças não confessadas e desejos tácitos, de que se constituiu porta-voz."
A Rússia, premida pelas dificuldades internas e ataques externos, viu-se forçada, para sobreviver, a atitudes extremas, como foi a industrialização e a coletivização forçada, que levou mais de 100 milhões de camponeses a abandonarem suas primitivas explorações. A alfabetização, também forçada, fez com que milhões de analfabetos aprendessem a ler e escrever. Tudo tinha que ser forçado, até mesmo a mudança de costumes arraigados, como a poligamia de certas regiões, ou o profundo desprezo pela mulher, que passou a ser tratada com igualdade pela República soviética. Ivan o Terrível, Pedro o Grande e outros reformadores de outras nações parecem anões ao lado do vulto gigantesco do secretário-geral, escreveu Deutscher: "Um homem comum, de idéias medianas, com punhos e pés de gigante".
Construir o socialismo na Rússia, nas circunstâncias históricas em que isso foi possível, revolucionar o país por completo, era uma tarefa hercúlea. Era preciso "forçar". E nesse processo, foram sendo destruídos postulados fundamentais do marxismo, como a democracia interna do partido, a democracia socialista para o povo, o respeito ao ser humano. Desse processo Stalin foi tanto artífice quanto vítima.
No espaço que temos não podemos nos aprofundar em tantas questões de fundamental importância para a compreensão da Revolução Russa. Quero então frisar que para opinar sobre a Revolução Russa com um mínimo de seriedade é preciso estudá-la, entendê-la e explicá-la, saber porque os acontecimentos históricos se desenrolaram da forma em que ocorreram e não de outra.
Estar ao lado dos revolucionários russos não quer dizer esquecer os erros que cometeram. É preciso abominar as barbaridades cometidas na época do chamado stalinismo, sem esquecer que a Revolução Russa foi a primeira tentativa de criação de um estado proletário na história da humanidade, e que seu povo pagou alto preço pelo sonho de construir uma sociedade igualitária. Pagou com 20 milhões de vidas a derrota do nazi-fascismo. Tirou de suas mais básicas necessidades recursos para ajudar a manter a paz no mundo, o respeito à autodeterminação dos povos, a luta contra o colonialismo, o apoio à Revolução Cubana. É patético ouvir pessoas que jamais foram capazes de desejar algo além de mesquinhas necessidades, vivendo num país carente de quase tudo, julgando com altivo desprezo e espantosa superficialidade um povo que foi capaz de feitos e sacrifícios inauditos para construir um mundo verdadeiramente humano.
Evidentemente, aqueles que estamos ao lado da Revolução Russa sofremos uma derrota, assim como aqueles que prezam a paz e querem fazer frente à barbárie em que nos encontramos. Mas ser derrotado não quer dizer não ter razão. Como expressou um revolucionário, Buonaventura Durutti: "Não temos medo de ruínas - nós herdaremos a Terra. Não há a menor dúvida quanto a isso. A burguesia pode fazer explodir e arruinar seu próprio mundo antes de abandonar o palco da História. Nós trazemos o novo mundo em nossos corações."
* Marly Vianna é Professora da História da Universidade Federal de São Carlos
A queda de dois muros - o muro de Berlim e agora o muro do dinheiro
Postado por Attman e Kamadon
Selvino Heck
9 de novembro de 1989. Nos últimos dias, jornais, noticiosos e imprensa perguntam pessoas do povo e personalidades sobre onde estavam nesta data. Não lembro exatamente o que eu fazia. Mas, em início de outubro de 1989, dias antes, terminara a Constituinte do Rio Grande do Sul, quando eu e outros três bravos companheiros deputados estaduais votamos contra a nova Constituição estadual, embora a assinássemos. E estávamos às vésperas do primeiro turno da primeira eleição para presidente depois de décadas de ditadura, que então acontecia em 15 de novembro, e eu era o Coordenador Geral da campanha Lula no Rio Grande do Sul.
A preocupação geral era levar Lula ao segundo turno. Num Estado de larga tradição trabalhista, a cada nova pesquisa eleitoral os votos de Lula minguavam e os de Leonel Brizola, ex-governador, ex-comandante do Movimento da Legalidade em 1961, cresciam geometricamente, o que poderia levá-lo para o segundo turno contra Collor. Os resultados no Rio Grande do Sul tendiam a ser determinantes. (Lula acabou tendo cerca de 6% dos votos no Rio Grande, foi para o segundo turno, Brizola mais de 60%, convertidos quase integralmente para Lula na etapa final de dezembro, não suficientes, porém, para derrotar Collor).
A queda do Muro de Berlim, portanto, no plano imediato e diário, não estava no centro das atenções e preocupações, embora todos acompanhássemos os acontecimentos e as informações. Mas do ponto de vista histórico, olhando para trás 20 anos depois, é possível dar-se conta e dimensionar seu grande significado.
Mesmo quem não comungava do marxismo ortodoxo ou quem tinha profundas críticas ao socialismo real, como era o caso da maioria das lideranças e militantes dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores e dos lutadores e lutadoras da causa da transformação econômico-social, o horizonte de todos e todas era o socialismo. O mundo estava dividido em dois blocos. As referências e análises levavam em conta, eram feitas e agia-se a partir desta divisão. De alguma maneira, o socialismo do Leste pairava no ar e servia de bússola.
A partir de 9 de novembro de 1989, não existiam mais dois blocos dividindo política e ideologicamente o mundo. Para muitos e muitas, na prática, era quase como se o sonho de mudança e de socialismo tivesse acabado. Como escreve Emir Sader, "terminou a etapa da bipolaridade e o socialismo desapareceu da agenda mundial como atualidade histórica" (A Esquerda depois do Muro). Na feliz expressão do professor de filosofia Ernildo Stein, ficamos todos e todas ‘orfãos da utopia’.
O capitalismo, que passara por sucessivas crises, aproveitou a oportunidade histórica. "Havia pelo menos 15 anos que um pensamento econômico e político desafiava, com crescente êxito, a economia e a política agonizantes do comunismo. Por isso, quando ruíram as ditaduras comunistas, o ‘neoliberalismo’ apareceu como a grande alternativa" (Nossos muros caíram, Renato Janine Ribeiro, Valor Econômico,, Caderno E &, 23.10.09, p. 24).
No Brasil, dou-me conta e consigo avaliar melhor hoje, além do medo criado na população caso houvesse uma eventual vitória de Lula - o comunismo está chegando, quem tem duas casas vai ter que entregar uma, etc. -, além das manobras da mídia conservadora - Míriam Cordeiro e o último debate na Globo -, a vitória de Collor tornou-se possível e mais fácil. Afinal, o Muro de Berlim caíra, o projeto socialista fracassara. Por que um operário metalúrgico ganharia as eleições no Brasil com ideário próximo ao Leste europeu, quando o resto do mundo o rejeitara e o catalogara como ditadura, falta de liberdade, ausência de desenvolvimento econômico, opressão, etc.? Por que instaurar no Brasil o que acabara no resto do mundo? Esse foi o clima criado e o tom da campanha eleitoral de Collor.
O fim da ditadura militar, as Diretas-Já, a Constituinte e suas mobilizações, a ascensão das lutas de massa, através de movimentos sociais de articulação nacional, indicavam, na sua continuidade e por lógica, a vitória de Lula, a libertação, a democracia conquistada, os direitos do povo trabalhador, um governo democrático-popular.
A queda do Muro de Berlim interrompeu tudo isso e "o neoliberalismo tornou-se dominante não apenas como política de governo, mas como modelo hegemônico, como valores, como forma de vida. O individualismo possessivo, o mercado, o egoísmo, o consumismo, os shopping centers, as grandes marcas, as empresas como símbolo do dinamismo econômico, entre outros valores, passaram a constituir o novo modelo econômico" (Emir Sader, a Esquerda depois do Muro).
Um sonho morreu, pelo menos na forma como se estabeleceu historicamente, em especial nos países do Leste europeu. O pensamento e os valores neoliberais tornaram-se hegemônicos mundialmente, como talvez nunca acontecera com nenhum pensamento e ideologia em outro momento da história.
Outubro de 2009, 20 anos depois, cai outro muro. "Para retomar uma expressão freqüente na França entreguerras, foi o ‘mur d’argent’, o muro do dinheiro (neoliberal)" (Renato Janine Ribeiro). Para os lutadores e os que sonham com a transformação econômico-social-cultural, acabou um pesadelo, o do capitalismo neoliberal, antes de desgraçar definitivamente o mundo, jogar grande parte da população mundial do planeta na fome e no desemprego, acabar com o ar respirável e poluir irreversivelmente o meio ambiente e a atmosfera.
A crise econômica, também social, ambiental e de paradigmas, que atravessa o mundo desde 2008, é reflexo do muro da desigualdade, o muro da injustiça, o muro do pensamento único, da ditadura do capital, do lucro e do consumo sem freios nem medidas instalado no mundo a partir de 1989. Com gravíssimas conseqüências para o povo trabalhador, para os pobres, para a vida e sobrevivência da terra.
Ao contrário, porém, do que aconteceu com a queda do Muro de Berlim, quando o capitalismo aproveitou a oportunidade e semeou o modelo neoliberal, desta vez não há um projeto alternativo que possa ser apresentado e implementado. "O espantoso é que, desta vez, ninguém estava preparado para colher os frutos dessa nova queda. A direita e o capital conseguiram triunfar, com a queda do comunismo, em 1989. Mas em 2008, com a exceção da pequena Islândia, a crise não levou nenhum país para a esquerda" (Renato Janine Ribeiro).
Há, é verdade, ensaios com os governos democráticos, populares e progressistas eleitos nos últimos anos na América Latina. Com diferenças entre si, são novidade e procuram implementar formas alternativas de desenvolvimento e um novo projeto de sociedade.
O Fórum Social Mundial, que vai comemorar 10 anos em Porto Alegre em janeiro de 2010 (informações: www.fsm10.org), proclama que ‘um outro mundo é possível’, sem adiantar, porém, como será e de que forma pode-se construí-lo.
Há muitas iniciativas, experiências e esforços da sociedade civil em buscar caminhos novos e alternativos - economia solidária, grupos cooperativados de geração de trabalho e renda, conselhos de participação popular, Orçamento Participativo, etc. -, que superem tanto os equívocos e desvios do socialismo real derrubados pelo Muro de Berlim quanto os perigos do neoliberalismo predador assinalados pela queda do muro do dinheiro.
O caminho é longo e não é fácil. Mas antes que seja tarde, de preferência de baixo para cima, é preciso trilhá-lo no rumo da democracia, da igualdade, da justiça social, da liberdade. Em vez de novos muros a serem derrubados, um novo sonho, ou um outro mundo possível, é necessário e urgente. Deles não se pode desistir.
Selvino Heck
9 de novembro de 1989. Nos últimos dias, jornais, noticiosos e imprensa perguntam pessoas do povo e personalidades sobre onde estavam nesta data. Não lembro exatamente o que eu fazia. Mas, em início de outubro de 1989, dias antes, terminara a Constituinte do Rio Grande do Sul, quando eu e outros três bravos companheiros deputados estaduais votamos contra a nova Constituição estadual, embora a assinássemos. E estávamos às vésperas do primeiro turno da primeira eleição para presidente depois de décadas de ditadura, que então acontecia em 15 de novembro, e eu era o Coordenador Geral da campanha Lula no Rio Grande do Sul.
A preocupação geral era levar Lula ao segundo turno. Num Estado de larga tradição trabalhista, a cada nova pesquisa eleitoral os votos de Lula minguavam e os de Leonel Brizola, ex-governador, ex-comandante do Movimento da Legalidade em 1961, cresciam geometricamente, o que poderia levá-lo para o segundo turno contra Collor. Os resultados no Rio Grande do Sul tendiam a ser determinantes. (Lula acabou tendo cerca de 6% dos votos no Rio Grande, foi para o segundo turno, Brizola mais de 60%, convertidos quase integralmente para Lula na etapa final de dezembro, não suficientes, porém, para derrotar Collor).
A queda do Muro de Berlim, portanto, no plano imediato e diário, não estava no centro das atenções e preocupações, embora todos acompanhássemos os acontecimentos e as informações. Mas do ponto de vista histórico, olhando para trás 20 anos depois, é possível dar-se conta e dimensionar seu grande significado.
Mesmo quem não comungava do marxismo ortodoxo ou quem tinha profundas críticas ao socialismo real, como era o caso da maioria das lideranças e militantes dos movimentos sociais e do Partido dos Trabalhadores e dos lutadores e lutadoras da causa da transformação econômico-social, o horizonte de todos e todas era o socialismo. O mundo estava dividido em dois blocos. As referências e análises levavam em conta, eram feitas e agia-se a partir desta divisão. De alguma maneira, o socialismo do Leste pairava no ar e servia de bússola.
A partir de 9 de novembro de 1989, não existiam mais dois blocos dividindo política e ideologicamente o mundo. Para muitos e muitas, na prática, era quase como se o sonho de mudança e de socialismo tivesse acabado. Como escreve Emir Sader, "terminou a etapa da bipolaridade e o socialismo desapareceu da agenda mundial como atualidade histórica" (A Esquerda depois do Muro). Na feliz expressão do professor de filosofia Ernildo Stein, ficamos todos e todas ‘orfãos da utopia’.
O capitalismo, que passara por sucessivas crises, aproveitou a oportunidade histórica. "Havia pelo menos 15 anos que um pensamento econômico e político desafiava, com crescente êxito, a economia e a política agonizantes do comunismo. Por isso, quando ruíram as ditaduras comunistas, o ‘neoliberalismo’ apareceu como a grande alternativa" (Nossos muros caíram, Renato Janine Ribeiro, Valor Econômico,, Caderno E &, 23.10.09, p. 24).
No Brasil, dou-me conta e consigo avaliar melhor hoje, além do medo criado na população caso houvesse uma eventual vitória de Lula - o comunismo está chegando, quem tem duas casas vai ter que entregar uma, etc. -, além das manobras da mídia conservadora - Míriam Cordeiro e o último debate na Globo -, a vitória de Collor tornou-se possível e mais fácil. Afinal, o Muro de Berlim caíra, o projeto socialista fracassara. Por que um operário metalúrgico ganharia as eleições no Brasil com ideário próximo ao Leste europeu, quando o resto do mundo o rejeitara e o catalogara como ditadura, falta de liberdade, ausência de desenvolvimento econômico, opressão, etc.? Por que instaurar no Brasil o que acabara no resto do mundo? Esse foi o clima criado e o tom da campanha eleitoral de Collor.
O fim da ditadura militar, as Diretas-Já, a Constituinte e suas mobilizações, a ascensão das lutas de massa, através de movimentos sociais de articulação nacional, indicavam, na sua continuidade e por lógica, a vitória de Lula, a libertação, a democracia conquistada, os direitos do povo trabalhador, um governo democrático-popular.
A queda do Muro de Berlim interrompeu tudo isso e "o neoliberalismo tornou-se dominante não apenas como política de governo, mas como modelo hegemônico, como valores, como forma de vida. O individualismo possessivo, o mercado, o egoísmo, o consumismo, os shopping centers, as grandes marcas, as empresas como símbolo do dinamismo econômico, entre outros valores, passaram a constituir o novo modelo econômico" (Emir Sader, a Esquerda depois do Muro).
Um sonho morreu, pelo menos na forma como se estabeleceu historicamente, em especial nos países do Leste europeu. O pensamento e os valores neoliberais tornaram-se hegemônicos mundialmente, como talvez nunca acontecera com nenhum pensamento e ideologia em outro momento da história.
Outubro de 2009, 20 anos depois, cai outro muro. "Para retomar uma expressão freqüente na França entreguerras, foi o ‘mur d’argent’, o muro do dinheiro (neoliberal)" (Renato Janine Ribeiro). Para os lutadores e os que sonham com a transformação econômico-social-cultural, acabou um pesadelo, o do capitalismo neoliberal, antes de desgraçar definitivamente o mundo, jogar grande parte da população mundial do planeta na fome e no desemprego, acabar com o ar respirável e poluir irreversivelmente o meio ambiente e a atmosfera.
A crise econômica, também social, ambiental e de paradigmas, que atravessa o mundo desde 2008, é reflexo do muro da desigualdade, o muro da injustiça, o muro do pensamento único, da ditadura do capital, do lucro e do consumo sem freios nem medidas instalado no mundo a partir de 1989. Com gravíssimas conseqüências para o povo trabalhador, para os pobres, para a vida e sobrevivência da terra.
Ao contrário, porém, do que aconteceu com a queda do Muro de Berlim, quando o capitalismo aproveitou a oportunidade e semeou o modelo neoliberal, desta vez não há um projeto alternativo que possa ser apresentado e implementado. "O espantoso é que, desta vez, ninguém estava preparado para colher os frutos dessa nova queda. A direita e o capital conseguiram triunfar, com a queda do comunismo, em 1989. Mas em 2008, com a exceção da pequena Islândia, a crise não levou nenhum país para a esquerda" (Renato Janine Ribeiro).
Há, é verdade, ensaios com os governos democráticos, populares e progressistas eleitos nos últimos anos na América Latina. Com diferenças entre si, são novidade e procuram implementar formas alternativas de desenvolvimento e um novo projeto de sociedade.
O Fórum Social Mundial, que vai comemorar 10 anos em Porto Alegre em janeiro de 2010 (informações: www.fsm10.org), proclama que ‘um outro mundo é possível’, sem adiantar, porém, como será e de que forma pode-se construí-lo.
Há muitas iniciativas, experiências e esforços da sociedade civil em buscar caminhos novos e alternativos - economia solidária, grupos cooperativados de geração de trabalho e renda, conselhos de participação popular, Orçamento Participativo, etc. -, que superem tanto os equívocos e desvios do socialismo real derrubados pelo Muro de Berlim quanto os perigos do neoliberalismo predador assinalados pela queda do muro do dinheiro.
O caminho é longo e não é fácil. Mas antes que seja tarde, de preferência de baixo para cima, é preciso trilhá-lo no rumo da democracia, da igualdade, da justiça social, da liberdade. Em vez de novos muros a serem derrubados, um novo sonho, ou um outro mundo possível, é necessário e urgente. Deles não se pode desistir.
C. G. Jung e o mundo espiritual
Postado por Attman e Kamadon
Leonardo Boff *
Coordenei junto à Editora Vozes a tradução da obra completa do psicanalista C. G. Jung (18 tomos), o que o tornou um dos meus principais interlocutores intelectuais. Poucos estudiosos da alma humana deram mais importância à espiritualidade do que ele. Via na espiritualidade uma exigência fundamental e arquetípica da psiqué na escalada rumo à plena individuação. A imago Dei ou o arquétipo Deus ocupa o centro do Self: aquela Energia poderosa que atrai a si todos os arquétipos e os ordena ao seu redor como o sol o faz com os planetas. Sem a integração deste arquétipo axial, o ser humano fica manco e míope e com uma incompletude abissal. Por isso escreveu:
"Entre todos os meus clientes na segunda metade da vida, isto é, com mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu, em todos os tempos, a seus seguidores. E nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro. Não depende absolutamente de uma adesão a um credo particular, nem de tornar-se membro de uma igreja, mas da necessidade de integrar a dimensão espiritual".
A função principal da religião, melhor, da espiritualidade é nos religar a todas as coisas e à Fonte donde promana todo o ser, Deus. Esse é o propósito básico de seu grandioso livro Mysterium Coniunctionis (Mistério da Conjunção) que Jung considerava seu opus magnum. Pois nele se trata de realizar a coniuntio, traduzindo, a conjunção do ser humano integral com o mundus unus, o mundo unificado, o mundo do primeiro dia criação quando tudo era um e não havia ainda nenhuma divisão e diferenciação.
Era a situação plenamente urobórica do ser. Esclarecendo: uroboros era a serpente primigênia, enrolada sobre si mesma e engolindo a própria extremidade, arquétipo que representa a unidade originaria antes das diferenciações entre masculino e feminino, corpo e espírito, Deus e mundo. Essa fusão é o anseio mais secreto e radical do ser humano e o permanente chamado do Self.
Espiritualidade significa vivenciar esta situação na medida em que é permanentemente buscada, mesmo que não se deixe apreender e se desloque sempre um passo a frente. O drama do ser humano atual é ter perdido a espiritualidade e sua capacidade de viver um sentimento de conexão. O que se opõe à religião ou à espiritualidade não é a irreligião ou o ateísmo, mas a incapacidade de ligar-se e religar-se com todas as coisas. Hoje as pessoas estão desconectadas da Terra, da anima (da dimensão do sentimento profundo) e por isso sem espiritualidade.
Para C. G. Jung o grande problema atual é de natureza psicológica. Não da psicologia entendida como disciplina ou apenas como uma dimensão da psiqué. Mas psicologia no sentido abrangente dado por ele como a totalidade da vida e do universo enquanto percebidos e referidos ao ser humano seja pelo consciente seja pelo inconsciente pessoal e coletivo. É neste sentido que escreveu:
"É minha convicção mais profunda de que, a partir de agora, até a um futuro indeterminado, o verdadeiro problema é de ordem psicológica. A alma é o pai e a mãe de todas as dificuldades não resolvidas que lançamos ao céu."
A Terra está doente porque nós estamos doentes. Na medida em que nos transformamos, transformaremos também a Terra. Jung buscou esta transformação até a sua morte. Ela é um dos poucos caminhos que nos pode levar para fora da atual crise e que inaugura um novo ensaio civilizatório, assim como o imaginava Jung, mais integrado com o todo, mais individualizado e mais espiritual.
C. G. Jung se mostra um mestre e um guia que nos traça um mapa apto a nos orientar nestes momentos dramáticos em que vive a humanidade. Como acreditava profundamente no Transcendente e no mudo espiritual, será seguramente o capital espiritual, agora colocado no centro de nossas buscas, que nos permitirá viver com sentido a fase nova da Terra e da Humanidade, a fase planetária e espiritual.
Leonardo Boff *
Coordenei junto à Editora Vozes a tradução da obra completa do psicanalista C. G. Jung (18 tomos), o que o tornou um dos meus principais interlocutores intelectuais. Poucos estudiosos da alma humana deram mais importância à espiritualidade do que ele. Via na espiritualidade uma exigência fundamental e arquetípica da psiqué na escalada rumo à plena individuação. A imago Dei ou o arquétipo Deus ocupa o centro do Self: aquela Energia poderosa que atrai a si todos os arquétipos e os ordena ao seu redor como o sol o faz com os planetas. Sem a integração deste arquétipo axial, o ser humano fica manco e míope e com uma incompletude abissal. Por isso escreveu:
"Entre todos os meus clientes na segunda metade da vida, isto é, com mais de 35 anos, não houve um só cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão da sua atitude religiosa. Todos, em última instância, estavam doentes por terem perdido aquilo que uma religião viva sempre deu, em todos os tempos, a seus seguidores. E nenhum curou-se realmente sem recobrar a atitude religiosa que lhe fosse própria. Isto está claro. Não depende absolutamente de uma adesão a um credo particular, nem de tornar-se membro de uma igreja, mas da necessidade de integrar a dimensão espiritual".
A função principal da religião, melhor, da espiritualidade é nos religar a todas as coisas e à Fonte donde promana todo o ser, Deus. Esse é o propósito básico de seu grandioso livro Mysterium Coniunctionis (Mistério da Conjunção) que Jung considerava seu opus magnum. Pois nele se trata de realizar a coniuntio, traduzindo, a conjunção do ser humano integral com o mundus unus, o mundo unificado, o mundo do primeiro dia criação quando tudo era um e não havia ainda nenhuma divisão e diferenciação.
Era a situação plenamente urobórica do ser. Esclarecendo: uroboros era a serpente primigênia, enrolada sobre si mesma e engolindo a própria extremidade, arquétipo que representa a unidade originaria antes das diferenciações entre masculino e feminino, corpo e espírito, Deus e mundo. Essa fusão é o anseio mais secreto e radical do ser humano e o permanente chamado do Self.
Espiritualidade significa vivenciar esta situação na medida em que é permanentemente buscada, mesmo que não se deixe apreender e se desloque sempre um passo a frente. O drama do ser humano atual é ter perdido a espiritualidade e sua capacidade de viver um sentimento de conexão. O que se opõe à religião ou à espiritualidade não é a irreligião ou o ateísmo, mas a incapacidade de ligar-se e religar-se com todas as coisas. Hoje as pessoas estão desconectadas da Terra, da anima (da dimensão do sentimento profundo) e por isso sem espiritualidade.
Para C. G. Jung o grande problema atual é de natureza psicológica. Não da psicologia entendida como disciplina ou apenas como uma dimensão da psiqué. Mas psicologia no sentido abrangente dado por ele como a totalidade da vida e do universo enquanto percebidos e referidos ao ser humano seja pelo consciente seja pelo inconsciente pessoal e coletivo. É neste sentido que escreveu:
"É minha convicção mais profunda de que, a partir de agora, até a um futuro indeterminado, o verdadeiro problema é de ordem psicológica. A alma é o pai e a mãe de todas as dificuldades não resolvidas que lançamos ao céu."
A Terra está doente porque nós estamos doentes. Na medida em que nos transformamos, transformaremos também a Terra. Jung buscou esta transformação até a sua morte. Ela é um dos poucos caminhos que nos pode levar para fora da atual crise e que inaugura um novo ensaio civilizatório, assim como o imaginava Jung, mais integrado com o todo, mais individualizado e mais espiritual.
C. G. Jung se mostra um mestre e um guia que nos traça um mapa apto a nos orientar nestes momentos dramáticos em que vive a humanidade. Como acreditava profundamente no Transcendente e no mudo espiritual, será seguramente o capital espiritual, agora colocado no centro de nossas buscas, que nos permitirá viver com sentido a fase nova da Terra e da Humanidade, a fase planetária e espiritual.
2012. O QUE VAI ACONTEÇER?
Civilização Maia
Tradução: Isaac Lutti - Assessor de língua espanhola do CUB
FONTE: FAO
A Realização das detalhadas profecias que a antiga cultura Maia fez para o período correspondente entre os anos 1992 e 2012 do nosso calendário gera um grande mistério e uma pergunta inquietante: Encontramos-nos realmente vivendo o final de una era cósmica e veremos dentro de quatro anos o amanhecer bem diferente do que conhecemos?
Os científicos não sabem o que está acontecendo com o Sol. No dia 20 de janeiro de 2005, uma surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com sua máxima radiação 15 minutos após as explosões. Normalmente, demorariam 2 horas para chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Califórnia Institute of Technology, foi a mais violenta e mais misteriosa dos últimos 50 anos.
Os cientistas acreditavam que as tempestades se formavam na coroa solar pelas ondas de choque associadas a erupções do plasma. Entretanto, neste caso parece haver se originado estranhamente no interior do astro rei, segundo afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O professor Lin – principal pesquisador do satélite Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager (RHESSI)– expressou sua conclusão com uma frase muito simples: "Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona".
Resumindo: O inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto.
E porque o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala neste momento? O pico máximo de atividade da nossa estrela - no seu ciclo principal de 11 anos - aconteceu no ano 2000.
Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas, onde isso sempre anuncia a proximidade de alguma atividade no Sol.
Essa atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente nas vésperas da data para a qual os antigos Maias profetizaram o final da era correspondente ao "Quinto Sol" e o começo de outro ciclo cósmico, chamado "Sexto Sol".
Os Maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Os textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro rei?
E sobre tudo, por que motivo eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias naquela época?
O Calendário Maia termina de repente no sábado 23 de dezembro de 2012, 5.125 anos depois de se iniciar a era do "Quinto Sol".
Segundo as profecias, a causa física desse término é que o Sol receberia um raio oriundo do centro da galáxia e emitiria una imensa "chama radioativa" que transmitiria a radiação a Terra e conseqüentemente a todo o sistema solar. Este evento acontece antes do começo de um novo ciclo cósmico.
Segundo os dados Maias, já houve cinco ciclos de 5.125 anos, completando uma série de 25.625 anos, período muito próximo ao da "precessão dos equinócios", conhecido como "Ano Platônico" ou "Grande ano Egípcio", correspondente a um ciclo completo formado por 12 eras astrológicas (25.920 anos).
Segundo os Maias, a cada ciclo de 5.125 anos finaliza o prazo de uma humanidade (raça) na terra – primeiro a destruição, seguida pela regeneração que traz o ciclo seguinte, o "Sol". No começo são feitas sincronizações da "respiração" de todas as estrelas, planetas e seres.
No dia 11 de agosto de 3.113 a.C. os Maias fixaram o nascimento do "Quinto Sol" – A era atual – cujo final será em 2012. A era da água acabou com o Dilúvio, a seguinte foi com o dilúvio de fogo e a nossa chamada de "Era do Movimento", chegará ao fim com violentos terremotos, erupções vulcânicas e furacões devastadores.
A mitologia de várias culturas antigas fala de inundações catastróficas que aconteceram há uns 12.000 anos e de misteriosas chuvas de fogo, há cerca de 5.000 anos, onde pesquisadores como Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre.
A profecia Maia também descreve os 20 anos anteriores ao primeiro dia do "Sexto Sol" com certo detalhe. Este ciclo menor, denominado Katum, já chegou a quase dois terços da sua duração total. Ele nos permite verificar até que ponto da atualidade foi cumprido suas profecias e conseqüentemente, decidir se seus acertos merecem suficiente credibilidade.
O último Katum – denominado por eles "o tempo do não tempo" teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após a um eclipse do Sol que eles profetizaram para o dia 11 de julho de 1991 e que aconteceu realmente. No entendimento dos Maias, se trata de um período de transição, caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas.
Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes como a orientação migratória das aves e cetáceos e inclusive o funcionamento da aviação.
Em 1996, a sonda espacial Soho descobre que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogeneizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no Sol e em 1998 a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia onda ninguém soube explicar.
Outra data importante da profecia Maia foi o eclipse total do Sol em 11 de agosto de 1999 que aconteceu exatamente como eles falaram. Segundo o Chilam Balam (livro sagrado Maia) após sete anos do início do último Katum (1999) começa uma era de escuridão e os desastres na terra (terremotos, furações e erupções vulcânicas) aumentariam consideravelmente.
No dia 15 de agosto de 1999, 1 mês após o mencionado eclipse, aconteceu uma misteriosa explosão vindo do espaço e por causa disso algumas estrelas ficaram em eclipse durante horas.
As radiações das ondas de radio, raios gama e raios X multiplicaram sua intensidade em 120%.
Os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do Observatório Radio astronômico do Novo México (EE UU), qualificaram esse fenômeno como um enigma "digno de uma investigação minuciosa"
O raio e a chama radioativa
Diante desses acontecimentos podemos se perguntar: Poderia ser essa misteriosa e inexplicável radiação de 1999 o raio proveniente do centro da galáxia que segundo os Maias, alcançaria o Sol antes do ano 2012 resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Podemos se perguntar também sobre a "chama radioativa" que segundo os Maias, o Sol emitiria após receber esse "raio". A Igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005 que deixou perplexos e sem respostas os cientistas pode ser esse acontecimento?
O eclipse de 11 de agosto de 1999 que antecedeu a forte radiação vinda do espaço no dia 15 de setembro de 2005 inaugurou um período de cataclismos naturais.
No dia 7 desse mesmo mês houve um terremoto de 5.9° (escala Richer) na Grécia, com 218 mortos. Dia 8, inundações catastróficas na China com milhares de mortos. Dia 17, um terremoto de 7,4º na Turquia com 15.000 mortos. Dia 20, um terremoto de 7,6º em Taiwan com 2.000 mortos. Dia 22, uma cadeia de terremotos entre 2º e 5,2º em todo o planeta. Um terremoto em Oaxaca (México), seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás com mais de 100 mortos e dia 10 de outubro as chuvas produziram 300 mortos e 500.000 afetados também no México.
Não se trata de uma lista exaustiva de catástrofes, são somente alguns fenômenos que aconteceram nos dois meses posteriores ao eclipse de agosto.
Esses dados também falam sobre o grande aumento dos sismos, erupções vulcânicas e meteoros violentos. A comparação da intensidade e da quantidade que esses fenômenos aconteceram nos anos anteriores revela que houve um grande crescimento desses fatos no período que os Maias denominaram de "o tempo do não tempo".
Depois a potente e anômala radiação emitida pelo Sol no dia 20 de janeiro de 2004 cresceram o número de erupções vulcânicas. Durante esse ano foi registrado 31 erupções significativas.
Existem outras confirmações
A partir de 1999 se incrementariam as guerras e a destruição. O eclipse teve sua sombra sobre o oriente médio mais precisamente sobre o Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Índia, todas sendo áreas de conflitos sérios. Próximo de 2012 uma onda de calor aumentaria a temperatura do planeta produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais sem precedentes com uma rapidez assombrosa. E estamos dentro dessa dinâmica. O acelerado derretimento da camada glacial em todo o mundo e a aparição de zonas verdes na Antártida é um feito confirmado cientificamente. Os cientistas também anunciaram as mudanças que estão acontecendo no Sol.
As profecias Maias falam da aparição de um cometa com alta probabilidade de impacto com a terra. Curiosamente, também no Apocalipse de São João se profetiza a chegada desse cometa chamado "Ajenjo" como o sinal do "Final dos Tempos". Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999, não só teve o eclipse total do milênio, mas teve também a formação de uma configuração astrológica muito rara: A grande luz cósmica formada pelos signos de Touro, Leão, Escorpião e Aquário, pelo Sol, pela Lua e três planetas (ANO/ZERO, 102)
Esta Cruz também é dita no Apocalipse porque evoca os "quatro moradores do Trono"
O primeiro é descrito como "semelhante a um leão (Leo). O segundo semelhante a um touro (Tauro), o terceiro "com semblante humano" (Aquário) e o quarto semelhante com uma águia (Escorpio).
Estamos diante de um simbolismo complexo que encaixa as profecias Maias do começo do "Sexto Sol", uma nova era que segundo sua predição acabará com o "tempo do medo" e uma humanidade renovada pelo cosmo construirá uma civilização superior que a atual.
Com toda essa expectativa é inevitável não lembrar a mestres como o Sri Aurobindo que junto com sua companheira Madre e seu discípulo Satprem promoveram uma transformação fisiológica convencidos de que um ser humano superior deve produzir "o despertar" do corpo das células até o átomo.
Uma evolução programada
Aurobindo ensinou que aconteceria um "pouso de luz superior nas partes mais baixas da natureza" onde favoreceria o acesso do ser humano a um nível de consciência mais elevado do que o atual.
Poderia essa mudança ser ativada ou favorecida por esse grande evento cósmico que foi anunciado pelas profecias Maias? Pode esse salto vibracional do universo, transmitido pelo universo ao Sol e do Sol para a Terra estar impulsionando a "grande transformação" que segundo os Maias chegará definitivamente ao nosso planeta no sábado 23 de dezembro de 2012?
Todas as profecias afirmam veementes a respeito de um salto qualitativo na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só pode ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada um dos humanos.
No final desse último Katum, o Céu nos coloca ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação.
Encontramos-nos numa espécie de "terra de ninguém". Estamos numa fase definitiva onde já não pertencemos a nenhuma era. E provavelmente daqui a quatro anos, quando "a porta cósmica" se abrir estaremos numa era renovada.
Em qualquer dos casos nos parece evidente que os acontecimentos estão de acordo com as profecias Maias o suficiente para que possamos estudá-las seriamente sem prejudicar tudo o que sabemos do mundo.
A evolução biológica e psicoespiritual respondem a uma programação cósmica inteligente?
Esta é sem dúvida o grande mistério da humanidade.
Tradução: Isaac Lutti - Assessor de língua espanhola do CUB
FONTE: FAO
A Realização das detalhadas profecias que a antiga cultura Maia fez para o período correspondente entre os anos 1992 e 2012 do nosso calendário gera um grande mistério e uma pergunta inquietante: Encontramos-nos realmente vivendo o final de una era cósmica e veremos dentro de quatro anos o amanhecer bem diferente do que conhecemos?
Os científicos não sabem o que está acontecendo com o Sol. No dia 20 de janeiro de 2005, uma surpreendente tempestade solar alcançou a Terra com sua máxima radiação 15 minutos após as explosões. Normalmente, demorariam 2 horas para chegar aqui. Segundo Richard Mewaldt, do Califórnia Institute of Technology, foi a mais violenta e mais misteriosa dos últimos 50 anos.
Os cientistas acreditavam que as tempestades se formavam na coroa solar pelas ondas de choque associadas a erupções do plasma. Entretanto, neste caso parece haver se originado estranhamente no interior do astro rei, segundo afirmou o professor Robert Lin, da Universidade da Califórnia.
Os astrônomos ficaram perplexos. O professor Lin – principal pesquisador do satélite Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscopic Imager (RHESSI)– expressou sua conclusão com uma frase muito simples: "Isso significa que realmente não sabemos como o Sol funciona".
Resumindo: O inusitado fenômeno de 20 de janeiro de 2005 acabou com os modelos de estudos da nossa ciência sobre o assunto.
E porque o Sol produziu uma atividade tão intensa e anômala neste momento? O pico máximo de atividade da nossa estrela - no seu ciclo principal de 11 anos - aconteceu no ano 2000.
Em 2004 os físicos solares observaram uma ausência total das manchas, onde isso sempre anuncia a proximidade de alguma atividade no Sol.
Essa atividade mínima deveria ocorrer entre 2005 e 2006, uns quatro anos antes da máxima, prevista para o ano 2010 ou 2011, precisamente nas vésperas da data para a qual os antigos Maias profetizaram o final da era correspondente ao "Quinto Sol" e o começo de outro ciclo cósmico, chamado "Sexto Sol".
Os Maias sabiam de algo que nossa ciência atual ignora? Os textos sagrados poderiam ajudar os cientistas a entender o comportamento do astro rei?
E sobre tudo, por que motivo eles prestavam tanta atenção na atividade solar dos nossos dias naquela época?
O Calendário Maia termina de repente no sábado 23 de dezembro de 2012, 5.125 anos depois de se iniciar a era do "Quinto Sol".
Segundo as profecias, a causa física desse término é que o Sol receberia um raio oriundo do centro da galáxia e emitiria una imensa "chama radioativa" que transmitiria a radiação a Terra e conseqüentemente a todo o sistema solar. Este evento acontece antes do começo de um novo ciclo cósmico.
Segundo os dados Maias, já houve cinco ciclos de 5.125 anos, completando uma série de 25.625 anos, período muito próximo ao da "precessão dos equinócios", conhecido como "Ano Platônico" ou "Grande ano Egípcio", correspondente a um ciclo completo formado por 12 eras astrológicas (25.920 anos).
Segundo os Maias, a cada ciclo de 5.125 anos finaliza o prazo de uma humanidade (raça) na terra – primeiro a destruição, seguida pela regeneração que traz o ciclo seguinte, o "Sol". No começo são feitas sincronizações da "respiração" de todas as estrelas, planetas e seres.
No dia 11 de agosto de 3.113 a.C. os Maias fixaram o nascimento do "Quinto Sol" – A era atual – cujo final será em 2012. A era da água acabou com o Dilúvio, a seguinte foi com o dilúvio de fogo e a nossa chamada de "Era do Movimento", chegará ao fim com violentos terremotos, erupções vulcânicas e furacões devastadores.
A mitologia de várias culturas antigas fala de inundações catastróficas que aconteceram há uns 12.000 anos e de misteriosas chuvas de fogo, há cerca de 5.000 anos, onde pesquisadores como Maurice Cotterell associam a um grande cometa que cruzou a atmosfera terrestre.
A profecia Maia também descreve os 20 anos anteriores ao primeiro dia do "Sexto Sol" com certo detalhe. Este ciclo menor, denominado Katum, já chegou a quase dois terços da sua duração total. Ele nos permite verificar até que ponto da atualidade foi cumprido suas profecias e conseqüentemente, decidir se seus acertos merecem suficiente credibilidade.
O último Katum – denominado por eles "o tempo do não tempo" teve início no ano de 1992 do nosso calendário, logo após a um eclipse do Sol que eles profetizaram para o dia 11 de julho de 1991 e que aconteceu realmente. No entendimento dos Maias, se trata de um período de transição, caracterizado por grandes mudanças cósmicas, telúricas e históricas.
Em setembro de 1994 foram detectadas fortes perturbações no campo magnético terrestre, com alterações importantes como a orientação migratória das aves e cetáceos e inclusive o funcionamento da aviação.
Em 1996, a sonda espacial Soho descobre que o Sol não apresenta vários, mas somente um campo magnético homogeneizado. Em 1997 aconteceram violentas tempestades magnéticas no Sol e em 1998 a NASA detectou a emissão de um potente fluxo de energia vindo do centro da galáxia onda ninguém soube explicar.
Outra data importante da profecia Maia foi o eclipse total do Sol em 11 de agosto de 1999 que aconteceu exatamente como eles falaram. Segundo o Chilam Balam (livro sagrado Maia) após sete anos do início do último Katum (1999) começa uma era de escuridão e os desastres na terra (terremotos, furações e erupções vulcânicas) aumentariam consideravelmente.
No dia 15 de agosto de 1999, 1 mês após o mencionado eclipse, aconteceu uma misteriosa explosão vindo do espaço e por causa disso algumas estrelas ficaram em eclipse durante horas.
As radiações das ondas de radio, raios gama e raios X multiplicaram sua intensidade em 120%.
Os astrônomos Richard Berendzen e Bob Hjellming, do Observatório Radio astronômico do Novo México (EE UU), qualificaram esse fenômeno como um enigma "digno de uma investigação minuciosa"
O raio e a chama radioativa
Diante desses acontecimentos podemos se perguntar: Poderia ser essa misteriosa e inexplicável radiação de 1999 o raio proveniente do centro da galáxia que segundo os Maias, alcançaria o Sol antes do ano 2012 resultando nos fenômenos sísmicos aqui na Terra? Podemos se perguntar também sobre a "chama radioativa" que segundo os Maias, o Sol emitiria após receber esse "raio". A Igualmente enigmática e anômala explosão solar de 20 de janeiro de 2005 que deixou perplexos e sem respostas os cientistas pode ser esse acontecimento?
O eclipse de 11 de agosto de 1999 que antecedeu a forte radiação vinda do espaço no dia 15 de setembro de 2005 inaugurou um período de cataclismos naturais.
No dia 7 desse mesmo mês houve um terremoto de 5.9° (escala Richer) na Grécia, com 218 mortos. Dia 8, inundações catastróficas na China com milhares de mortos. Dia 17, um terremoto de 7,4º na Turquia com 15.000 mortos. Dia 20, um terremoto de 7,6º em Taiwan com 2.000 mortos. Dia 22, uma cadeia de terremotos entre 2º e 5,2º em todo o planeta. Um terremoto em Oaxaca (México), seguido de grandes incêndios devidos a explosões de gás com mais de 100 mortos e dia 10 de outubro as chuvas produziram 300 mortos e 500.000 afetados também no México.
Não se trata de uma lista exaustiva de catástrofes, são somente alguns fenômenos que aconteceram nos dois meses posteriores ao eclipse de agosto.
Esses dados também falam sobre o grande aumento dos sismos, erupções vulcânicas e meteoros violentos. A comparação da intensidade e da quantidade que esses fenômenos aconteceram nos anos anteriores revela que houve um grande crescimento desses fatos no período que os Maias denominaram de "o tempo do não tempo".
Depois a potente e anômala radiação emitida pelo Sol no dia 20 de janeiro de 2004 cresceram o número de erupções vulcânicas. Durante esse ano foi registrado 31 erupções significativas.
Existem outras confirmações
A partir de 1999 se incrementariam as guerras e a destruição. O eclipse teve sua sombra sobre o oriente médio mais precisamente sobre o Irã, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Índia, todas sendo áreas de conflitos sérios. Próximo de 2012 uma onda de calor aumentaria a temperatura do planeta produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais sem precedentes com uma rapidez assombrosa. E estamos dentro dessa dinâmica. O acelerado derretimento da camada glacial em todo o mundo e a aparição de zonas verdes na Antártida é um feito confirmado cientificamente. Os cientistas também anunciaram as mudanças que estão acontecendo no Sol.
As profecias Maias falam da aparição de um cometa com alta probabilidade de impacto com a terra. Curiosamente, também no Apocalipse de São João se profetiza a chegada desse cometa chamado "Ajenjo" como o sinal do "Final dos Tempos". Outra coincidência interessante é que o dia 11 de agosto de 1999, não só teve o eclipse total do milênio, mas teve também a formação de uma configuração astrológica muito rara: A grande luz cósmica formada pelos signos de Touro, Leão, Escorpião e Aquário, pelo Sol, pela Lua e três planetas (ANO/ZERO, 102)
Esta Cruz também é dita no Apocalipse porque evoca os "quatro moradores do Trono"
O primeiro é descrito como "semelhante a um leão (Leo). O segundo semelhante a um touro (Tauro), o terceiro "com semblante humano" (Aquário) e o quarto semelhante com uma águia (Escorpio).
Estamos diante de um simbolismo complexo que encaixa as profecias Maias do começo do "Sexto Sol", uma nova era que segundo sua predição acabará com o "tempo do medo" e uma humanidade renovada pelo cosmo construirá uma civilização superior que a atual.
Com toda essa expectativa é inevitável não lembrar a mestres como o Sri Aurobindo que junto com sua companheira Madre e seu discípulo Satprem promoveram uma transformação fisiológica convencidos de que um ser humano superior deve produzir "o despertar" do corpo das células até o átomo.
Uma evolução programada
Aurobindo ensinou que aconteceria um "pouso de luz superior nas partes mais baixas da natureza" onde favoreceria o acesso do ser humano a um nível de consciência mais elevado do que o atual.
Poderia essa mudança ser ativada ou favorecida por esse grande evento cósmico que foi anunciado pelas profecias Maias? Pode esse salto vibracional do universo, transmitido pelo universo ao Sol e do Sol para a Terra estar impulsionando a "grande transformação" que segundo os Maias chegará definitivamente ao nosso planeta no sábado 23 de dezembro de 2012?
Todas as profecias afirmam veementes a respeito de um salto qualitativo na evolução da consciência humana. A mudança cósmica criará as condições, mas a mudança interior só pode ser feita por uma decisão livre e com um trabalho individual de cada um dos humanos.
No final desse último Katum, o Céu nos coloca ante uma encruzilhada: autodestruição ou transformação.
Encontramos-nos numa espécie de "terra de ninguém". Estamos numa fase definitiva onde já não pertencemos a nenhuma era. E provavelmente daqui a quatro anos, quando "a porta cósmica" se abrir estaremos numa era renovada.
Em qualquer dos casos nos parece evidente que os acontecimentos estão de acordo com as profecias Maias o suficiente para que possamos estudá-las seriamente sem prejudicar tudo o que sabemos do mundo.
A evolução biológica e psicoespiritual respondem a uma programação cósmica inteligente?
Esta é sem dúvida o grande mistério da humanidade.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
"EL PETIZO"- O ESTRANHO SER QUE ATACA NA ARGENTINA
Postado por Kamadon
Fenômenos paranormais são objetos de um estudo para as pessoas que se dedicam a este tipo de investigação, mas também são de interesse para os leitores em geral: a localização em El Duraznito, situada 15 km a sudeste de Rosario de la Frontera, passa a ser um dos os locais onde "El Petizo", um personagem místico descrito como uma sombra que ataca os caminhantes solitários no meio da noite, fez uma reaparição.
Seis créditos já foram documentados no Terminal da Cidade Salta envolvendo pessoas que receberam feridas que foram posteriormente tratados no hospital local. A maneira em que os ataques ocorrem é a mesma em todos os casos. A sombra desaparece quando alguém vem ao resgate da vítima. Estas histórias também coincidem com o fato de "El Petizo" parecer estar imune a feridas de faca, balas também parecem não ter qualquer efeito.
A mais recente vítima de um ataque de "El Petizo" foi a um menino que ia em direção a uma montanha de bicicleta, para visitar amigos e participar de uma caçada. Trazia consigo uma espingarda e uma faca. De acordo com a sua história, depois de adentrar na região, ele foi derrubado de sua bicicleta e descobriu que estava enfrentando uma sombra negra de aparencia visível a um homem em decomposição.
O jovem conseguiu posicionar sua espingarda e disparar dois tiros, mas quando ele viu que este não teve qualquer efeito, prontamente armou-se de sua faca e esfaqueou-o sem causar qualquer dano aparente. Assustado, o jovem tentou fugir. "El Petizo" bateu novamente nele sem dizer uma palavra, arrastando-o pelos cabelos para o lado da estrada. O jovem afirmou que nesse momento ele começou a gritar muito alto , sendo que isso é o que salvou ele: seu choro foi ouvido por um homem que estava próximo e se apressou a prestar assistência. Este homem chegou a ver uma sombra negra arrastando o menino pelo cabelo. A temerosa forma desapareu sem deixar rasto.
Em El Duraznito, o local onde a sombra sinistra aparece é delimitada pela entrada de uma fazenda, uma casa abandonada, e a uns mil metros de distância do local há um lugar conhecido como La Cueva de los Negros - uma formação rochosa ocupada há 800 anos pelos nativos da região.
"Podemos dizer que é uma área mística, uma vez que também houve relatos de luzes estranhas no céu, e muitos não têm dúvidas de que Discos Voadores poderiam estar envolvidos. Esse é o caso de um video foi feito há alguns anos atrás e enviado para a Força Aérea analisar, mas nenhuma resposta oficial foi anunciada pelos orgãos oficiais .Uma cópia deste filme está nas mãos das autoridades locais , explicou José Alvarez, bombeiro voluntário, um residente de Rosario de la Frontera.
sábado, 7 de novembro de 2009
MAGO BRANCO
Postado por Kamadon
O mago é aquele que se sintoniza com a natureza e lhe extrai as essências energéticas e a força com que norteia seu trabalho.
Admirando a natureza, ele procura beijar o sol, a lua e as estrelas.
Logo, mago branco é todo aquele que procura ver em todas as criaturas: o sol, a lua, as estrelas e a natureza.
Por isso, ele beija e admira a todos como emanações da própria natureza.
Quem quiser ser mago branco, que comece a admirar os semelhantes e a ver neles a expressão da natureza, que, por sua vez, é a expressão do próprio Criador.
KAMADON
Postado por Kamadon
“Kamadon” é o anagrama de Adam Kadmon, o nome dado ao nosso corpo de luz, o “arquétipo” ou protótipo da humanidade. É esta forma humana divina que contém a essência de YHWH, Deus.
Kamadon representa a roda da vida eterna e o potencial ilimitado do amor incondicional. Foi-me dito que ele também representava e continha dentro dele o aprendizado superior do corpo de luz divina Adam Kadmon e que também representava a respiração da vida (SO HUM), conhecida como prana, que se move do centro ou fonte dentro da Presença EU SOU.
A estrutura não foi concebida para ser necessariamente manifestada na forma física; ela é melhor percebida como um templo etérico que paira acima da Terra dentro da consciência cósmica divina, permitindo-se ser acessada por aqueles que adotarem o seu propósito. Há muitas estruturas semelhantes de templos como Kamadon residindo nas elevadas dimensões de luz que uma pessoa pode acessar dentro de jornadas meditativas, mas Kamadon foi desenhado com o único propósito de servir à humanidade dentro de sua busca de ascensão. Ele é uma estrutura que, ao adentrar, você a observará como vivente e sem limitações. É como se você pudesse ver ou sentir suas formas, mas ao adentrar você tomará consciência de que ele é uma entrada ou portal para outros mundos de conhecimento e sabedoria.
Atman
Postado por Kamadon
Atman ou Atma é uma palavra em Sânscrito que significa alma ou sopro vital. Na teosofia representa a Mônada, o 7º princípio na constituição setenária do Homem, o mais elevado princípio do ser humano.
Para a teosofia, cada ser humano possui Atman, ou espírito indivídual, que é um reflexo da Alma Universal. O Atman é a idéia abstrata de "eu próprio". Ele não difere de tudo o que está no cosmos, exceto pela auto-consciência.
No Hinduísmo, Atman é o mais elevado princípio humano, a Essência divina, sem forma e indivisível. A expressão também é utilizado no Hinduísmo para expressar Brahman ou Paramatman.
Na filosofia esotérica é considerado uma ligação do ser humano com a hierarquia cósmica.
No Budismo o conceito de Atman é explicitamente negado pelo conceito básico budista de Anatta (em Pali; em Sânscrito, Anatman). Apesar disso o conceito é por vezes usado, geralmente sendo descrito como um obscurecimento ou obstáculo mental.
O Atma ou Atman (sânscrito: आत्म ) é um termo filosófico do hinduísmo, especificamente do Vedanta e usado para identificar a alma individual, ou "verdadeiro eu," traduzido como "Eu" em maiúsculo, para dar um caráter divino à alma individual, pois segundo o Advaita Vedanta o atma é idêntico ao Absoluto, ou Brahman e está além da identificação com a realidade fenomenal da existência mundana.
Essa é a tese defendida por Shankara, o pai do vedanta moderno e fundamentada no conceito védico ancestral, não existindo difenrença qualitativa entre o atma e o Brahman, uma que o aforismo dos upanishads diz: "o Brahman é tudo o que existe e não há nada além do Brahman."
O budismo e o jainismo praticamente defendem a mesma tese de Shankara, com pequenas modificações.
Segundo a tese do Dvaita Vedanta, a escola dualista de Madhva, a alma individual é sempre qualitativamente diferente do Brahman, por ele denominado Parabrahman. Essa versão é mais próxima do conceito teísta de alma defendido pelas seitas semíticas.
A Linguagem das Velas
Postado por Kamadon
A vela é o mais simples e mais poderoso instrumento de trabalho. Ela por si só engloba os 4 elementos: terra, fogo, ar e umidade. É a mensageira de nossos desejos, continua por nós nossa vigília. Ela está presente na alegria e na dor, na fé, na devoção e até na cura. É companheira de todas horas! Saiba mais sobre suas cores, seus significados, compreenda sua linguagem e previsões!
SIGNIFICADO DAS CORES
Amarelo:Intelecto, criatividade, unidade, trazendo o poder da concentração e da imaginação para o ritual; feitiços que envolvam confidências, atração, charme, persuasão, aprendizagem, quebrar bloqueios mentais. Em geral para estimular os estudos. Simboliza também a energia solar, ação, inspiração e mudanças súbitas.
Dia da semana Quarta-Feira.
Dourado:Ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rapidamente. Simboliza a energia solar. Poderes divinos masculinos, feitiços e rituais para renovar a negatividade, encorajar, estabilidade e atrair as influências da Deusa.
Dia da semana Quarta-Feira.
Azul:Espiritual para rituais que necessitam de harmonia, luz, paz, sonhos, saúde, magia que envolva honra, bondade, tranquilidade, verdade, conhecimento, proteção durante o sono, estabilidade, projeção astral, feitiços que envolvam sonhos proféticos, calma, criatividade, paciência, para estabilidade no emprego, sabedoria, poder oculto, proteção, compreensão, fidelidade, harmonia domestica e paciência.
Dia da semana Quinta-Feira.
Índigo:Cor da inércia, para parar pessoas ou situações; use em rituais que requeira um elevado estado de meditação; neutraliza a magia lançada por alguém, quebra maldições, mentira ou competição indesejada. Equilibra o karma. Energia de Saturno. Dia da semana Quinta-feira.
Azul Royal:Promove alegria e jovialidade; use para atrair a energia de Júpiter ou para qualquer energia que você queira potencializar.
Dia da semana Quinta-Feira.
Azul Claro: Cor espiritual; ajuda nas meditações de devoção e inspiração; traz paz tranquilidade para casa. Erradia a energia do signo de Aquário; sintetiza as situações. Dia da semana Quinta-Feira.
Branco: É a mistura de todas as cores; alinhamento espiritual, meditação, divinação exorcismo, feitiços que envolvam cura; paz, pureza, alto astral, consagração, clarividência, verdade, força espiritual, energia lunar, limpeza, saúde, poder, totalidade. Em geral para todos os pedidos e quando você não souber a cor correspondente para o seu pedido.
Dia da semana Quarta-feira.
Laranja:Feitiços para estimular energia, alcançar metas profissionais, justiça e sucesso. Em geral para a criatividade.
Dia da semana Terça-feira.
Marrom:Feitiços para localizar coisas perdidas, para melhorar os poderes de concentração e telepatia, proteção de familiares e animais domésticos, equilíbrio, para rituais de força material; elimina a indecisão, atrai o poder da concentração, estudo, telepatia, sucesso financeiro.
Dia da semana Quarta-feira.
Preta: Para afastar mau-olhado, limpar a negatividade, abre os níveis do inconsciente; usado em rituais para induzir um estado de meditação; simboliza a reversão, desdobramento, discórdia, proteção, libertação, repelindo a magia negra e formas mentais negativas. Atrai a energia de Saturno.
Dia da semana Sábado.
Púrpura ou Roxa:Manifestações psíquicas, cura e feitiços envolvendo poder, idealismo, progresso, quebra de má sorte, proteção, honra, afastar o mal, adivinhação, contato com entidades astrais, energia de Netuno.
Dia da semana Quarta-feira.
Verde:Feitiços que envolvem fertilidade, sucesso, sorte, prosperidade, rejuvenescimento, dinheiro, ambição, saúde, finanças, cura, crescimento, abundancia, generosidade, casamento, equilíbrio e harmonia. Em geral para desejos de cura e sorte.
Dia da semana Sexta-feira.
Verde Esmeralda:Importante componente num ritual venusiano; atrai amor, fertilidade e relação social.
Dia da semana Sexta-feira.
Verde Escuro:Cor ambição, cobiça, inveja e ciúme; coloca as influencias dessas forças em um ritual.
Dia da semana Sexta-feira.
Vermelho:Saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder, aumento do magnetismo em um ritual; energia dos signos de areis e escorpião. Para a conquista do medo, preguiça, vingança, atingir metas.
Dia da semana Quarta-feira.
Cinza:Cor neutra; ajuda a meditação; na magia, esta cor simboliza confusão, mais também neutraliza as forças negativas.
Dia da semana Sábado.
Prateado ou Cinza Claro:Feitiços que atraem o poder de influências cósmicas, rituais de honra à deidades do Sol, remove a negatividade e encoraja a estabilidade; ajuda a desenvolver as habilidades psíquicas. Atrai a energia da Grande Mãe. Vitória, meditação, poderes divino feminino.
Dia da semana Sábado
Lendas Urbanas - "Soldado Vigilante"
Postado por Kamadon
Esse relato não aconteceu comigo, mas com um colega do serviço. Resolvi começar por ele porque foi o que mais me deixou impressionada.
Bem, esse meu colega serviu o exército por vários anos e algumas vezes ele ficava de guarda em alguns locais muito desertos. Numa noite muito chuvosa, o sargento mandou ele montar guarda num local onde os demais soldados mais antigos se recusavam porque era distante de qualquer habitação, civilização e do quartel.
Ao que ele me conta, a área militar era enorme e precisava ser vigiada por todos os lados. Então o sargento e outro soldado o deixaram de carro no local e foram embora, prometendo buscar ele após o término de seu turno. Era uma área descampada com árvores muito distantes umas das outras, o breu era total e como a chuva estava muito forte ele procurou se abrigar na árvore mais próxima. Passado um tempo, ouviu um suspiro, depois uma respiração mais ofegante vindo de cima da árvore. Ele pensou: "O sargento e o soldado não foram embora. Ficaram por aqui para ver se eu cumpria a guarda e aproveitaram para me pregar uma peça." E gritou: "Cara, eu já te vi, desce dessa árvore porque com essa chuva forte você vai acabar caindo". A respiração continuou cada vez mais forte e próxima, e ele já estava irritado, olhava para cima e não via ninguém dos lados, não havia mais nada além do escuro. Ele então um cético (até hoje se recusa um pouco a acreditar nisso), começou a xingar o que ele achava ser o soldado e mais uma vez olhou para cima, mas dessa vez pode perceber algo que lhe arrepiou todos os pêlos do corpo: um vulto envolto numa fumaça estava de cabeça para baixo apoiando-se nos galhos com as mãos e olhava-o fixamente com os olhos vermelhos como em brasa. Mantendo o controle e achando tratar-se de brincadeira, ainda falou por um tempo para que parassem com a brincadeira ao que a criatura não respondia, apenas fitava-lhe o olhar. Quando de longe viu se aproximando os dois faróis do carro e ficou sem entender como eles poderiam fazer a brincadeira alí e estar vindo de um lugar oposto com tanta rapidez...
Quando o sargento com o outro soldado chegaram ele falou: "Cara, tu é muito corajoso ficar em cima dessa árvore fazendo gracinha! Esqueceu que tô armado e podia te dá um tiro?" Os dois sem entender nada replicaram: "Acabamos de chegar, cara! Tá falando de quê?!" Ao que ele responde: "Do cara em cima da árvore. Não eram vocês?" E o sargento já experiente: "Você tbm viu? Não é a primeira vez que um soldado vê ele. Dizem que é o espírito de um soldado que a muito tempo atrás cobriu esse posto e se matou com um tiro de fuzil na cabeça, bem embaixo dessa árvore. Vários outros já viram, por isso tem resistência de virem para cá." Ele respeitou o comentário do superior, ficou encucado com a história, mas preferiu se recusar a acreditar.
Eu, que acredito em tudo até que me provem ao contrário, creio com veemência.
Até a próxima.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Lendas Urbanas -"O Caso dos Irmãos Aragão"
Postado Por Kamadon
:: Não sei se trata de um relato verdadeiro, apenas peço gentilmente que leia esta história de forma neutra, não leia a parte das invocações, eu apenas às coloquei aqui para lhes passar a informação na integra. Caso sinta algum mal estar ou uma sensação ruim, não é necessário prosseguir a leitura, ficará bem claro no início da carta que nem sempre a curiosidade traz um bom resultado. Eu mesmo senti uma espécie de tristeza após ter lido esta carta. Não sei se esta história é real, pois não encontrei muita coisa na internet, apenas sei que se realmente for... Manaus 18 de Junho de 2005, a polícia finalmente localiza os três irmãos Aragão, um fato que apesar de muito divulgado pela imprensa ganhou pouca repercussão nacional. Devido à falta de esclarecimentos das autoridades. Dois dos irmãos foram encontrados mortos, de forma misteriosa, a segunda uma garota que tinha na faixa de dezoito anos, fora encontrada perdida vagando pelas matas, completamente despida. Fora cometida por uma espécie de loucura momentânea e hoje se encontra sob tratamento psiquiátrico. As notícias liberadas pela polícia eram absurdas e muito contraditórias. Nunca ninguém soube, de fato, o que havia realmente ocorrido. Até o ano de 2008, quando uma suposta carta veio aparecer. Na tal carta o irmão mais novo da família Roberval faz uma espécie de reportagem, ele narra um fato, que poderia esclarecer o mistério ocorrido naquela data, mas a polícia nega a veracidade da carta. Na carta eles relatam à existência de um gravador, os investigadores dizem que este gravador jamais existiu, mas muitos afirmam que ele, ainda hoje, encontra-se sob poder da polícia. A Família não confirma os fatos e desde 2006 não aparecem em público e já deixaram bem claro que jamais voltarão a falar sobre tal assunto... Não se sabe ao certo como o conteúdo desta carta chegou à internet, apenas sabemos tratar-se de um relato fascinante. Eis aqui o conteúdo da tal carta: (Manaus 15 de junho de 2005): -19h12min Eu Roberval Aragão dou início ao fato que sem dúvida irá mudar o rumo da humanidade. Eu e meus irmãos estamos a três anos nos preparando para este dia, e hoje iremos mudar o curso da história. Seremos ícones da religião moderna e de toda e qualquer seita ou ordem secreta. -19h54min Estamos nos dirigindo a uma cabana, que fica em uma região bem afastada de Manaus, mas especificamente na zona leste, fica logo após o bairro Jorge Teixeira, não sei ao certo o nome da localidade... Reinaldo foi quem tratou de encontrar o local, disse que ali era a localização perfeita para o ritual, tenho esperanças que tudo dê certo. -20h22min Estamos presos no trânsito, meu irmão está impaciente, Alicia nossa irmã do meio teve que desligar o celular. Meu pai ta enchendo o saco. -23h12min Chegamos! Demorou a beça, mas enfim chegamos... Agora temos que preparar o terreno. -23h15min Fui impedido de ajudar no preparo do local, que fique bem claro que meu irmão é um tirano. Acha que sabe de tudo, sendo que quem encontrou a forma de trazê-lo a nosso mundo fui eu. Que fique bem claro que ele acha que sabe como proceder, mas tudo que ele sabe fui eu quem ensinou. -23h20min O dia esta perfeito, temos uma linda lua nova o que representa o começo de um novo ciclo, a noite é quente e tudo que aqui for feito não morrerá e sim estará somente partindo em busca de um novo e real conceito. -23h22min Desculpa, deixa-me explicar no que consiste o ritual. Hoje iremos trazer a terra o grande Horthembrak, mas antes precisamos invocar um Djinn e por meio dele devemos chamar Horthembrak. É um processo trabalhoso, mas tentarei explicar... Não temos muito tempo, então não irei esclarecer para vocês quem é Horthembrak ou o que é um Djinn, apenas vou explicar como invoca-los. Só espero que não tentem fazer isso sem o devido preparo, fizemos um longo estudo até chegarmos onde estamos: Primeiro você tem que ter em mãos todo o material: Carvão preto, uma garrafa de vidro banhada em água com sal e folhas de pinheiro, quatro velas pretas, um livro da bíblia; este tem que também ter uma capa preta, texto do gênesis, um punhado de pó de carvão e não podemos esquecer da bússola. Após ter o material você deve desenhar com a pedra de carvão uma imensa letra “c” no chão, ele tem que estar quase fechando, ele deve ter apenas uma pequena abertura para que o líder do ritual possa entrar. Não esquecendo que esta entrada deve ficar em oposição a Jerusalém, e pelo mapa vejo que fica a sudoeste, não pise jamais na linha, isso traria conseqüências graves. Temos que localizar com exatidão o norte, o sul, o leste e o oeste e em cada ponto colocamos uma vela. Temos que colocar de pó de carvão na base, já que ele simboliza as cinzas. E antes de entramos no circulo devemos contorná-lo dezoito vezes no sentido anti-horário. Queime a página da bíblia Gênesis 1-6 onde fala sobre a criação do homem. Em seguida a pessoa que ficou dentro do circulo deve colocar os pés voltados para o sudoeste, ela deve ajoelhar-se e encostar a testa no chão e chamar pelo Djin do fogo, isto simboliza submissão. Nos que ficamos fora do circulo principal, ficamos apenas protegidos por um circulo de sal e devemos seguir a invocação. Devemos falar algo em latim: “FIRMAMENTUM IN MEDIO AQUARUM ET SEPARET AQUAS AB AQUIS, QUAE SUPERIUS SICUT INFERIUS, ET QUAE INFERIUS SICUT QUAE SUPERIU, AD PERPETRANDA MIRACULA REI UNIUS. SOL EJUS PATER EST, LUNA MATER ET VENTUS HANC GESTAVIT IN UTERO SUO, ASCENDIT A TERRA AD COELUM ET RURSUS A COELO IN TERRAN DESCENDIT. EXORCISO TE CREATURA AQUAE, UT SIS MIHI SPECULUM DEI VIVI IN OPERIBUS EJUS, ET FONS VITAE, ET ABLUTIO PECCATORUM. AMEN”. Nem sei o que significa, só sei que estudamos um monte para aprender todos os fonemas, não queria falar errado, meu irmão apenas me disse que não se trata de nada satânico, nem mesmo cristão e sim forças elementais, espíritos da vida. Não acreditamos em Deus ou Diabo, apenas nas forças cósmicas, energias da natureza e nos espíritos guardiões. Acredito que esse lance da bíblia e as referencias a Jerusalém, não passam de mero simbolismo. -00h32min -Enfim terminaram a preparação, garanto que se fosse eu, com certeza já teríamos terminado. Eles me chamaram, então, preciso entrar no meu circulo de proteção, mas não largarei meu caderno, muito menos o gravador, quero registrar tudo.
:: -00h37min Meu irmão entrou no circulo e esta dando início ao ritual, Alicia pediu-me que parasse de escrever e me concentrasse no rito. -01h27min Ele esta parado com a testa no chão, não esta esboçando nenhuma reação, fiquei com medo que estivesse passando mal, há alguns minutos eles soltou uns gemidos esquisitos, como que de gravetos sendo quebrados, não estou com medo, apenas ansioso. -01h44min -Incrível, meu irmão está possuído, ele disse se tratar do próprio Horthembrak e não de um Djinn, disse que adoraria que eu escrevesse tudo o que ele falar. Estou me sentindo o homem mais importante do planeta. O que escreverei agora não são palavras do meu irmão e sim do grande Horthembrak: Horthembrak : A vida, bem podemos dizer que ela é apenas uma ilusão. Você vive durante anos, mas do que vale? Se você erra, será condenado ao fogo eterno. É assim que pensam os cristãos. Pura intrujice. Não existe inferno ou mundo das trevas, apenas existem dois pólos, duas escolhas e ambos senhores. Se você não agrada um, segue para servir o outro e se você agrada a este outro, como este poderia lhe fazer mal. Pensem bem, o inferno não é um local de tortura e sim uma nova espécie de paraíso, um lugar de regozijo para aqueles que nos agradam. Eu: O que ocorre quando nossos espíritos ficam na terra atormentando as pessoas o que significa isso?: Horthembrak :(risos) Vocês são muito infantis. Acreditam mesmo que uma moça estuprada bate e atormenta as outras após a morte? Acham mesmo que isso é possível? Se ela estando viva, mal pode defender-se, por que agora depois de morta ela iria desenvolver tal força titânica. Cada alma segue seu rumo, os que ficam são espíritos ilusórios, eles adoram perturbar sua paz, conseguem imitar vozes e até mesmo trejeitos. Tentam através disso entrar em contato com vocês e quando conseguem, eles obtém o livre acesso. Eu: Mas você não disse que demônios não são criaturas más? Horthembrak: Não disse isso, demônios são seres inteligentes, muito mais inteligentes que vocês, pois desafiaram a própria criação. Não vivemos como humanos. Vocês são como animais de estimação. -02h54min Ele disse que para obtermos sucesso e trazermos até nossa realidade, sua principal semente, ele deve fazer sexo com minha irmã, não concordei com isso, isso está passando dos limites, isso é contra a natureza, mas minha irmã concordou e por isso estou aqui fora do quarto aguardando os dois. -03h15min -Eles parecem ter terminado, minha irmã esta com uma cara de total insatisfação, não sei por que mas sinto nojo dele. -03h44min Eu desculad. As letras estão ilegíveis, não consigo escrever, só escrevo para pedir desculpa, desculpa a meu pai, desculpa a todos. Quero que fique claro que sou inocente, Deus sabe que sou. Acabei de cometer uma monstruosidade, mas foi necessário, não tive culpa, não era ele. Meu irmão de uma hora para outra começou a agredir Alicia ela batia violentamente em seu rosto. Tentei evitar, mas não consegui, com apenas um braço ele me atirou do outro lado da sala. Não vi alternativa... Eu estava me defendendo e defendendo a vida da minha irmã. Acertei aquele cano de metal na cabeça dele, entendam foi a única maneira de fazê-lo parar. -..h..min Não sei que horas são, meu relógio simplesmente parou, estou sentado no chão, espero que o dia amanheça, acho que assim essas coisas irão embora, meu irmão esta caído, desfalecido no chão. Minha irmã ainda esta desacordada, a sala esta fria, a pouco senti um medo incrível, um medo tão grande que cheguei a vomitar. Não sei o que esta acontecendo, as coisas fugiram do controle. Apenas protejo a mim e minha irmã, dentro do circulo de sal. -..h...min Desculpa se a tinta da caneta agora está vermelha. Ainda a pouco a caneta que usava flutuou a minha frente e simplesmente explodiu, como se houvesse uma bomba dentro dela. Não sei por que, mas não consigo parar de escrever. Acho que isso tem um real motivo. Acredito que eu talvez sirva de exemplo. Um péssimo exemplo -..h..min Parece maldição... Não amanhece, estou com medo, já pensei diversas vezes em clamar pelo Deus dos cristãos, mas não posso fraquejar, tenho que mostrar para esse ser que sou mais forte. Clamei pelos espíritos guardiões. -..h...min Agora a pouco ouvi um som horrível. Estou apavorado, é como se houvesse uma multidão gritando e chorando do lado de fora da cabana. Não sei estou apavorado -..h..min Há três figuras negras paradas me olhando, eles têm olhos vermelhos, tentarei contata-los, direi a eles que estou aqui a seu serviço -..h..min Agora a pouco senti a pior sensação da minha vida, os seres sumiram, ainda a pouco senti como se diversas larvas geladas tentassem subir em meu corpo, elas tentavam entrar em minha boca, era como se este ser tentasse me possuir. Não posso correr, minhas pernas não me obedecem, agora sei como uma pessoa paralítica se sente. Percebi que posso conter esses espíritos asquerosos, basta eu prender a respiração e eles não entram em mim. -..h..min Estou conseguindo, prendi a respiração por diversas vezes, eles se foram. Me deixaram em paz. Venci! -..h...min Ouço passos, enfim alguém veio em nosso socorro, quem sabe posso até salvar meu irmão... Após três dias de busca foram encontrados os corpos dos dois irmãos. Reinaldo estava deitado na sala, com o corpo em forma de cruz e sobre seus pés havia um crânio de cachorro. Roberval foi encontrado deitado sobre os joelhos, sua face estava roxa, ele morrera de asfixia, a policia disse se tratar de suicídio. Uma forma meio exótica de se matar. Alicia fora encontrada nua correndo pela mata. Estava num avançado estado de desidratação. Até hoje ninguém sabe que fim teve o caso, ninguém sabe se Alicia realmente ficou grávida ou teve sucesso com aquela invocação. Este caso permanece um mistério, muitos o escarnecem, dizem tratar-se apenas de um boato ou mera estória. Já outras pessoas usam este caso como exemplo para outros jovens que um dia possam vir a ter este tipo de curiosidade.
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